Pesquisas apontam eleição sem favoritos em São Luís
ELEIÇÕES 2016
JORNAL O ESTADO DO MARANHÃO - Institutos mostram um inédito acirramento das
intenções de votos entre os três principais candidatos, o que torna impossível
estabelecer quem chegará ao segundo turno
As três últimas pesquisas de intenção de votos nas
eleições de São Luís mostram uma forte disputa entre os três principais
candidatos a prefeito – Eliziane Gama (PPS), Edivaldo Júnior (PDT) e Wellington
do Curso (PP) - que torna quase impossível afirmar quais deles seguirão a um
segundo turno, uma questão que parece já resolvida na disputa na capital
maranhense.
Os números dos institutos Econométrica, Exata e
Prever são praticamente idênticos para todos os candidatos, com diferenças
mínimas entre um e outro. Apesar da posição nominal de cada um, é possível
afirmar – aplicando os pontos das margens de erro de cada instituto – que tanto
Eliziane quanto Edivaldo e Wellington podem estar em primeiro lugar; ou em
terceiro, ficando fora da segunda rodada de votações.
A pesquisa Econométrica, divulgada por O Estado no
final de semana dos dias 11 e 12 de junho aponta, no principal cenário,
Eliziane Gama à frente, com 24,3% das intenções de voto, seguida por Edivaldo
Júnior, com 20% e Wellington em terceiro lugar, com 16,9%.
Uma semana depois, a TV Guará divulgou pesquisa do
Instituto Exata, que apontou, no principal cenário, empate rigoroso entre
Eliziane Gama e Edivaldo Júnior, na casa dos 23%, com Wellington do Curso logo
atrás, com 18%.
Esta semana foi a vez do Instituto Prever, cuja
pesquisa foi divulgada pela TV Difusora e pelo blog do Neto Ferreira. Na
metodologia do instituto, Eliziane aparece com 20,6%, Edivaldo com 19% e
Wellington com 18,2%.
Margem de erro
A margem de erro das três pesquisas também é
parecida. Apenas na pesquisa Exata, esta margem chega a 4 pontos percentuais.
Significa que, qualquer um dos candidatos, pode ter membros quatro ou mais
quatro em relação ao índice nominal divulgado.
Um exemplo: Eliziane Gama que registrou 23%, pode
ter, na verdade, apenas 20%; ou pode estar com 27%. O mesmo vale para Edivaldo
Júnior. No caso de Wellington, que registrou 18% das intenções de voto, pode
ser que ele tenha apenas 15%; ou pode estar com 21%. Significa, portanto, num
dos cruzamentos da margem de erro, que ele possa estar á frente, tanto de
Edivaldo quanto de Eliziane Gama.
A mesma regra pode ser aplicada nos levantamentos
da Econométricva, que registrou margem de erro de 3,1 pontos percentuais; e na
pesquisa Prever, cuja margem de erro é, também de 3,1 pontos percentuais, para
mais ou para menos.
É diante deste quadro que se pode chegar à
conclusão de que nenhum dos candidatos pode, hoje, considerar-se favorito na
disputa. E qualquer um destes três, pode ficar fora de um eventual segundo
turno. Este sim, já garantido em todos os levantamentos já realizados e
registrados no Tribunal Regional Eleitoral.
O SOBE E DESCE DE
CADA PESQUISA
Econométrica Índice
nominal Margem para mais Margem para menos
Eliziane Gama 24,3% 27,4% 21,2%
Edivaldo Júnior 20% 23,1% 16,9%
Wellington 16,9% 20% 13,8%
Instituto Exata Índice nominal Margem para mais
Margem para menos
Eliziane Gama 23% 27% 19%
Edivaldo Júnior 23% 27% 19%
Wellington 18% 22% 14%
Instituto Prever Índice nominal Margem para mais
Margem para menos
Eliziane Gama 20,6% ¨23,7% 17,5%
Edivaldo Júnior 19% 22,1% 15,9%
Wellington 18,2% 21,3% 15,1%
Mais
Os números das pesquisas já registradas em São Luís
também definem quem pode e quem já perdeu o timming para chegar ao mesmo
patamar de disputa dos três principais candidatos. Neste time estão nomes como
Rose Sales (PMB), Fábio Câmara (PMDB), Bentivi (PHS) e Eduardo Braide (PMN). De
todos, o que mais apresentou potencial de alcançar os dois dígitos foi Braide,
que, incluído em apenas duas pesquisas, já registrou índices de quase 5% nas
intenções de voto. O parlamentar espera chegar aos índices registrados por Bira
antes da propaganda na TV. Por que,m entende ele, é a parir dali que as coisas
começam a se reacomodar.
Votos de Castelo
favorecem Wellington
Ausência do
deputado federal tucano, que aparecia terceiro lugar, favoreceu o candidato do
PP, que agora tem praticamente os seus índices
Castelod eixou a
disputa em favor de Eliziane, mas seus votos não foram apra ela, e sim apra
Wellington
A deputada Eliziane
Gama comemorou fortemente a adesão do PSDB à sua candidatura, no mês de maio.
Entendida a parlamentar que, sem a presença do deputado federal João Castelo,
que polarizava a segunda colocação com o prefeito Edivaldo Júnior, na casa dos
17% de intenção de votos, iria favorecê-la a ponto de se distanciar ainda mais
do adversário pedetista.
Os números das
últimas três pesquisas registradas mostram o contrário: realizados já após a
definição do PSDB pela candidatura de Eliziane, os levantamentos mostram que o
principal beneficiário da saída de Castelo foi o deputado estadual Wellington
do Curso.
Citado pela
primeira vez em abril, em pesquisa do Instituto Escutec, também divulgada por O
Estado, Wellington apareceu com mais de 8%, no mesmo patamar do ex-candidato
Bira do Pindaré (PSB), num cenário em que Castelo tinha 12% e Eliziane Gama
26%.
Na primeira
pesquisa sem Castelo, Wellington, a da Econométrica, Wellington chegou a quase
17%, enquanto que Eliziane caiu, ainda que de forma residual, para a casa dos
24%.
Aí vieram os
levantamentos da Exata e da Prever, e consolidaram a presença de Wellington
como principal adversário de Edivaldo Júnior pela segunda posição, substituindo
João castelo.
A explicação
estaria no fato de que os eleitores que optavam por Castelo – mesmo tendo ele
deixado a prefeitura, em 2012, com alto índice de desgaste - estão naquela
faixa que não querem nem Edivaldo e muito menos Eliziane.
Optaram então por
uma terceira via sem tradição política, sem rejeição e com histórico de sucesso
empresarial.
É possível que a
ascensão de Wellington seja uma bolha, pronta para ser estourada durante a
propaganda na TV, a partir de agosto. Mas pode ser que La se transforme em
onda, levando o deputado a patamares ainda mais altos.
Resta aos demais
candidatos tentar estourar a bolha ou barrar a onda, missões difíceis a esta
altura da disputa.
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