DOCUMENTÁRIO "SAMBA & JAZZ"
Filme sobre samba e jazz trabalha bem suas diferenças e semelhanças
Autor do livro "Os Caminhos do Jazz", publicado em 2005, o fotógrafo Jefferson Mello aprofunda investigação sobre o tema em seu primeiro longa. A partir de uma pesquisa meticulosa, o filme explora a relação entre o jazz e o samba.
Mello dirige o olhar para Nova Orleans, berço do jazz, e para o Rio de Janeiro, cidade natal do samba, que fazem os carnavais mais tradicionais do planeta.
Logo no começo, o compositor e estudioso Nei Lopes dá uma informação fundamental: o cortejo, o desfile —característica central dos carnavais das duas cidades—, é algo arraigado na tradição africana.
O documentário traz depoimentos de personalidades do meio musical das duas cidades, que falam sobre a herança africana, sobre suas associações —como a escola de samba Império Serrano e a veneranda Young Men Olympians, uma sociedade beneficente com 130 anos de história e uma das melhores "brass bands" da cidade— e sobre festas como o Mardi Grass Indians, o carnaval de Nova Orleans com elementos da cultura indígena, que no universo do samba tem seu correspondente no bloco Cacique de Ramos.
FÚNEBRE
Além dos aspectos propriamente musicais, como o ritmo e a relação com o corpo, o documentário também mostra o samba e o jazz como elementos definidores da identidade cultural.
Exemplos disso são a presença da música em cortejos fúnebres —como o gurufim no Rio e os "jazz funerals" em Nova Orleans— e a transmissão dessa cultura por meio de escolas de samba mirins e "brass bands" infantis.
O filme também examina a descaracterização elitista de lugares importantes para a vida musical de Nova Orleans após a passagem do furacão Katrina, em 2005.
Apesar das diferenças entre os dois universos, o documentário trabalha muito bem suas inúmeras semelhanças, enfatizando a autenticidade e a paixão pela música.
Mello dirige o olhar para Nova Orleans, berço do jazz, e para o Rio de Janeiro, cidade natal do samba, que fazem os carnavais mais tradicionais do planeta.
Logo no começo, o compositor e estudioso Nei Lopes dá uma informação fundamental: o cortejo, o desfile —característica central dos carnavais das duas cidades—, é algo arraigado na tradição africana.
O documentário traz depoimentos de personalidades do meio musical das duas cidades, que falam sobre a herança africana, sobre suas associações —como a escola de samba Império Serrano e a veneranda Young Men Olympians, uma sociedade beneficente com 130 anos de história e uma das melhores "brass bands" da cidade— e sobre festas como o Mardi Grass Indians, o carnaval de Nova Orleans com elementos da cultura indígena, que no universo do samba tem seu correspondente no bloco Cacique de Ramos.
FÚNEBRE
Além dos aspectos propriamente musicais, como o ritmo e a relação com o corpo, o documentário também mostra o samba e o jazz como elementos definidores da identidade cultural.
Divulgação | ||
O trompetista norte-americano Leroy Jones em cena de "Samba & Jazz" |
O filme também examina a descaracterização elitista de lugares importantes para a vida musical de Nova Orleans após a passagem do furacão Katrina, em 2005.
Apesar das diferenças entre os dois universos, o documentário trabalha muito bem suas inúmeras semelhanças, enfatizando a autenticidade e a paixão pela música.
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