Segundo as novas
regras eleitorais, incluídas numa minirreforma aprovada pela Câmara e
sancionada em partes pela presidente afastada Dilma Rousseff (PT), os partidos
agora têm de 20 de julho a 5 de agosto para promover suas convenções.
Na capital maranhense,
apenas um partido já tem definidos pré-candidatos a prefeito e vice. O PPL terá
chapa formada pelo médico Zeluís Lago e pela jornalista Sirlan Souza. Todos os
demais ainda trabalham pela montagem de coligações fortes e, por isso, devem
esperar o fim do prazo para tomar uma decisão.
“Estamos lutando pelo
PSB, mas não é essa a razão principal do não agendamento. Acho que faremos no
final do prazo”, revelou a O Estado a deputada federal Eliziane Gama,
pré-candidata pelo PPS.
O partido dela já tem
garantido apoio do PSDB, mas avalia como imprescindível a sua eleição uma
composição com os socialistas.
O próprio PSB, por
outro lado, além da possibilidade de composição com Gama, segue mantendo viva a
pré-candidatura do deputado estadual Bira do Pindaré – além de não descartar
até uma volta à base aliada do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT), que
tentará a reeleição.
Até o início do ano o
partido compunha a equipe do pedetista, mas acabou sendo posto para fora após
revelar-se que o senador Roberto Rocha trabalhava por uma aliança com Eliziane.
“Não está definida a
data ainda [da convenção]. Definiremos nos próximos dias”, pontuou Roberto
Rocha Júnior, presidente municipal da sigla.
Ainda definindo – Quem também deve deixar para a última hora as suas convenções
são o PMN e o Partido Progressista, que têm como pré-candidatos,
respectivamente, os deputados estaduais Eduardo Braide e Wellington do Curso, e
o PMDB, do vereador Fábio Câmara.
“Realizaremos a
convenção provavelmente dia 30 [de julho]”, explicou Braide, que tem se saído
bem nos debates pré-eleitorais, mas carece de estrutura partidária e foca na
garantia de apoios, por mais tempo de TV.
No caso do PP, o
presidente estadual, deputado federal André Fufuca (PP), tem-se articulado com
partidos menores, principalmente na tentativa de angariar o apoio de algumas
legendas já apalavradas com o prefeito Edivaldo Júnior e a deputada Eliziane
Gama, os dois principais concorrentes do deputado Wellington.
MAIS
Procurado pela
reportagem de O Estado, o médico, advogado e jornalista João Bentivi,
pré-candidato a prefeito pelo PHS, não deu retorno sobre a data da convenção da
legenda.
PDT quer organizar evento único com partidos
Partido do prefeito de
São Luís, Edivaldo Holanda Júnior, pré-candidato à reeleição, o PDT estuda a
possibilidade de realizar uma única convenção com todos os partidos aliados.
Oficialmente, os
pedetistas contabilizam 15 partidos na base de sustentação do prefeito. Mas adversários
garantem que apenas 13 estão efetivamente fechados atualmente e acrescentam que
ainda pode haver defecções.
O presidente estadual
da legenda, deputado federal Weverton Rocha, também faz mistério sobre a data
da convenção. “Estamos fechando a data ainda”, afirmou, durante a semana, a O
Estado.
Ele revelou, contudo,
a intenção de promover um único grande ato com todas siglas que integrarão a
coligação governista. E ressaltou que a direção do PDT vai conversar com os
comandos partidários aliados.
“A intenção é essa
[fazer uma grande convenção com todos os partidos da coligação]. Iremos
consultar os partidos”, destacou;
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O que diz a lei
QUARTA-FEIRA, 20.7.2016
- Data a partir da qual é permitida a realização de convenções
destinadas a deliberar sobre coligações e escolher candidatos a prefeito, a
vice-prefeito e a vereador (Lei nº 9.504/1997, art. 8º, caput).
- Data a partir da qual, considerada a data efetiva da realização da
respectiva convenção partidária, é permitida a formalização de contratos que
gerem despesas e gastos com a instalação física e virtual de comitês de
candidatos e de partidos políticos, desde que só haja o efetivo desembolso
financeiro após a obtenção do número de registro de CNPJ do candidato e a
abertura de conta bancária específica para a movimentação financeira de
campanha e emissão de recibos eleitorais.
SEXTA-FEIRA, 5.8.2016
- Último dia para a realização de convenções destinadas a deliberar
sobre coligações e escolher candidatos a prefeito, a vice-prefeito e a vereador
(Lei nº 9.504/1997, art. 8º, caput).
Discussão de vice também
dificulta definições
Além dos problemas
para se fechar questão em torno das alianças, o que também contribui para que
os partidos protelem as convenções são as conversas sobre os candidatos a vice.
Dos três principais
pré-candidatos a prefeito, por exemplo, nenhum conseguiu avançar no tema nos
últimos meses.
No caso de Edivaldo
Holanda Júnior (PDT) há um acordo velado segundo o qual a indicação caberia ao
PCdoB – despontam pelo menos quatro nomes do partido, mas nenhum de forma
oficial.
Depois de garantir o
apoio do PSDB, Eliziane Gama (PPS) pode ter um vice tucano – Pinto Itamaraty e
José Joaquim são os mais citados -, mas nada impede que a vaga seja usada como
moeda de troca para a atração de mais aliados, como o PSB, por exemplo.
No PP, a expectativa é
pela definição de apoios a Wellington do Curso para, então, discutir-se o nome
do vice. No entanto, já foram ventiladas composições com a vereadora Rose Sales
(PMB) e, mais recentemente, com o também vereador Fábio Câmara (PMDB).
Nesse último caso, a
possibilidade de aliança conta com o apoio de próceres peemedebistas, como o
presidente estadual do partido, senador João Alberto, e a ex-governadora
Roseana Sarney, que chegou até a sugerir ao próprio Câmara, diante das mais
recentes pesquisas, que ele abdicasse da pré-candidatura em favor de uma
composição com os progressistas. O vereador não topou.
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