Jefferson Portela diz que pode haver novas prisões de envolvidos com quadrilha de contrabandistas
O
secretário de Estado da Segurança Pública do Maranhão, Jefferson Portela,
voltou a se manifestar, nesta segunda-feira (26), sobre o inquérito policial
que investiga a quadrilha de contrabandistas desarticulada na última
quarta-feira (22). Ele disse que o inquérito estará concluído até a próxima
sexta-feira (02/03), prazo final estabelecido pelo CPP. Por isso, várias
pessoas prestaram depoimento no fim de semana. Nesta segunda-feira (26), outras
pessoas estão sendo ouvidas na Superintendência de Prevenção e Combate à
Corrupção (Seccor).
“Isso
é para deixar bem claro o conteúdo que queremos alcançar sobre a participação
de servidores de segurança pública e de polícia com práticas ilícitas e
criminosas. Portanto, se for o caso de abrir investigações complementares, isso
será feito”, disse o secretário.
Sobre
novas prisões, ele disse que certamente ocorrerão. Portela não descarta a
possibilidade de outras pessoas da segurança estarem envolvidas com a
quadrilha. “Agora é buscar a conexão com a participação de outras pessoas. Isso
será feito. Nosso papel é trabalhar fortemente contra qualquer desvio de
conduta”, ressaltou.
O
delegado Tiago Bardal, investigado por participação na organização criminosa,
já está afastado de suas funções na Superintendência de Investigação Criminais
(Seic) e teria se apresentado nesta segunda-feira (26) ao delegado-geral para
ter sua situação administrativa definida. Segundo Portela, o delegado será o
último a ser ouvido.
“A
investigação criminal tem uma lógica. A pessoa que está sob investigação, nunca
é a primeira a ser ouvida. Há uma sequência de atos anteriores para subsidiar
as perguntas que serão feitas. A lógica é o investigado ser ouvido depois, fora
do momento de prisão em flagrante”, acrescenta.
Sobre
a prisão do delegado Tiago Bardal, Portela disse que é uma questão judicial.
“Foi pedida a prisão dele. Essa avaliação é do parecer de um Promotor e a
decisão de um juiz”, finalizou o secretário.
Portela
informou que, nos últimos quinze dias, a quadrilha fez dez descargas de
mercadorias de um barco no porto clandestino na localidade Arraial, no bairro
Quebra Pote, em São Luís.
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