ÓPERA PELOS 199 ANOS DO TEATRO ARTHUR AZEVEDO
Em comemoração ao aniversário de 199 anos do Teatro Arthur Azevedo, o encerramento, neste domingo, terá vasta programação, tendo como ponto alto a apresentação da ópera cômica Bastien & Bastienne, de Wolfgang Amadeus Mozart, com regência do maestro Wendel
Um dos mais famosos trabalhos do
compositor Wolfgang Amadeus Mozart será apresentado, na noite deste domingo, 5,
no encerramento da programação alusiva ao aniversário de 199 anos do Teatro
Arthur Azevedo (Rua do Sol), que teve início no primeiro dia deste mês.
Trata-se da ópera cômica “Bastien & Bastienne”, na regência do maestro
Wendell Kettle, com a soprano Mariana Pires de Oliveira (Bastienne), o tenor
Victor Fonseca Alberto (Bastien) e o baixo Gustavo Murrins Müller (Colas). A
direção cênica e concepção é de Henrique Passine. A programação começa às 16h
com poesia, apresentações de dança e música. A ópera será apresentada às 18h30.
“Bastien & Bastienne” é uma das
primeiras obras de Mozart, que a compôs aos 12 anos de idade, baseada na peça
de Jean Jaques Rousseau: “Le Devin Du Village”. É um Singspiel em um ato com
libreto de F. W. Weiskern, J. H. Müller e J. A. Schachtner, inspirado em M.
Favarat e H. de Guerville.
A história se passa em uma pequena
vila de pastores de ovelhas. Bastienne, uma linda pastorinha, teme que seu
“querido amigo” Bastien a tenha abandonado por outro “rostinho bonito”.
Pensando assim, ela vai desolada para o campo para se consolar cuidando de seu
rebanho de cordeirinhos. Ela tem uma ideia e corre para se aconselhar e pedir
ajuda a Colas, o adivinho da aldeia. Bastienne quer a ajuda de seus poderes
mágicos para ajudá-la a reconquistar seu Bastien. Colas sabe tudo sobre o
problema, e conforta-a dizendo que Bastien não a abandonou. Seu conselho é agir
com frieza para com Bastien. Isso fará com que ele volte para ela. Ouve-se
Bastien, que se aproxima. Bastienne se esconde rapidamente para que ele não a
veja. Ele canta efusivamente, proclamando o quanto ele ama Bastienne.
Direção
O diretor Henrique Passini tem atuado
nas áreas de criação e direção cênica de espetáculos líricos desde 2001, tendo
trabalhado como assistente de renomados diretores brasileiros, como Juarez
Cabello, Francisco Mayrink, Carla Camuratti, José Possi Neto e Cleber Papa. Em
2004, ele foi convidado para assumir a remontagem da ópera “Il Barbiere di
Siviglia”, de Rossini, no Festival de Ópera do Theatro da Paz, em Belém do
Pará. Entre as direções assinadas por Passini estão as óperas “La Serva
Padrona”, de Pergolesi; “Gianni Schicchi”, de Giacomo Puccini; “Um Homem Só”,
de Camargo Guarnieri; “Bastien e Bastienne”; “O Empresário”; “A Flauta Mágica”;
“Apollo et Hyacinthus” e “Così fan Tutte”, de Mozart; e “L’Elisir d’Amore”, de
Donizetti.
O regente Wendell Kettle é doutor em
Regência Sinfônica e Operística pelo Conservatório Estatal “RimskyKorsakov” de
São Petersburgo (Rússia), onde recebeu a orientação do maestro Aleksander
Polischuk (performance) e do doutor Vladimir Goryachyr (tese), com bolsa do
Programa de Doutorado Pleno no Exterior da Capes. É mestre em Regência pela
Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde teve
como orientador o maestro Henrique Morelenbaum, e bacharel em Música com
habilitação em Composição e Regência pelo Instituto de Artes da Universidade
Estadual Paulista, onde estudou regência com os maestros Samuel Kerr, Jorge
Salim Filho e Ronaldo Bologna, e composição com Villani-Côrtes, Edson Zampronha
e Eduardo Escalante. Ele é também bacharel em Piano pela Escola de Música da
UFRJ, tendo recebido orientação de Sônia Goulart.
Destacam-se em sua carreira a
montagem de “La Serva e L ‘Ussero”, de Luigi Ricci, em premiére brasileira,
marcando o início da Companhia de Ópera Buffa, dirigida pelo baixo-barítono
Stephen Bronk, com apresentações em São Paulo, Belo Horizonte e Ipatinga, sempre
com grande sucesso de público e crítica. Também dirigiu “Aida”, de Verdi, de
2008, no Palácio das Artes, trabalho que recebeu aclamação por parte da
imprensa especializada, montagem indicada ao XII Prêmio Carlos Gomes como
melhor produção de 2008.
Assinou a direção em “Rita”, de
Donizetti, no Theatro São Pedro em São Paulo, trabalho pelo qual foi indicado
ao XIII Prêmio Carlos Gomes como melhor diretor cênico de 2009. Em 2011, ele
assinou a direção da ópera “La Bohéme”, de Giacomo Puccini,no Palácio das
Artes, e, em maio de 2012, de “Madama Butterfly”, do mesmo compositor, em uma
montagem no jardim japonês da fundação zoo botânica de Belo Horizonte. Em 2013,
nas comemorações de 200 anos de nascimento de Verdi, dirigiu em Montevidéu, a
ópera “Aida”, em remontagem do espetáculo de 2008, em parceria entre o Palácio
das Artes e o Sodrè.
Celebração
O elenco da ópera chegou a São Luís
no meio da semana para os ensaios. Segundo o diretor do Teatro Arthur Azevedo,
Celso Brandão, além da ópera, a programação incluirá apresentação musical e
recital de poesia, comandado pelaAcademia Ludovicense de Letras e participação
de músicos convidados do Núcleo de Choro da Escola de Música do Maranhão Lilah
Lisboa de Araújo, e uma intervenção com o grupo de teatro Núcleo Atmosfera. A
recepção ficará aos cuidados de atores da Vertu Cia. de Teatro (“A Bela e a
Fera”).
Está confirmada ainda a presença da
Orquestra de Violões da Escola de Música Lilah Lisboa de Araújo e as
participações do pianista Willame Belfort, que apresentará o “Romance op. 58 nº
05”, “Paixão por uma cubana”, um tango de salão, com o violinista Neilan
Saelle. A Orquestra de Câmara da Escola de Música do Estado do Maranhão se
apresentará com o maestro Joseleno Moura. O encerramento será com o Balé Olinda
Saul. l
Serviço
O
quê
Ópera Bastien e Bastienn e vasta
programação
Quando
Neste domingo
Onde
Teatro Arthur Azevedo (Rua do Sol)
Programação
gratuita, com entrega de ingressos 1 hora antes do início da programação
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