Poeta de jornalista Herbert de Jesus Santos lança o livro a origem da Festa de São Pedro, na Madre de Deus, na próxima sexta-feira (10 de julho),
,
Com o fim de não haver mais nenhuma
dúvida sobre a origem da Festa de São Pedro,
na Madre de Deus, será lançado, na próxima sexta-feira (10 de julho), com
quase 300 páginas, e fotos marcantes, o livro Tudo a ver com o Peixe de São
Pedro (A Festa do Pedro Santo, O Padroeiro dos Pescadores, no Bairro da Madre
de Deus), o 14.º do jornalista, poeta e prosador Herbert de Jesus Santos. A
noite de autógrafos acontecerá na capela do patrono, para a qual, o autor já está convidando amigos admiradores,
colegas jornalistas e escritores, segmentos universitários, e brincantes e
dirigentes de grupos folclóricos, e autoridades constituídas.
Conforme
Herbert, dentre os equívocos achados nos periódicos, consta que São Pedro é o
padroeiro dos bumba-bois, não São João. Em28.6.2005, foidivulgado: “De acordo
com texto assinado por uma pesquisadora, a festa de São Pedro teve início com
uma programação exclusivamente religiosa, comandada pelos pescadores da Madre
Deus. Com o passar dos anos e a consolidação do festejo, o primeiro batalhão de
bumba-meu-boi compareceu ao evento”. “Há registros de que o Boi de Iguaíba
tenha sido o primeiro grupo a visitar a Capela de São Pedro, seguido, em anos
posteriores, pelos grupos de bumbas-meu-boi da Fé em Deus, Maioba e Vila Passos”,
saiu em texto publicado no folder da Festa de São Pedro em 2000. “O presidente
do Boi de Iguaíba, Carlos Alberto da Silva, o Carrinho, confirmou a informação”:
“Fizemos uma pesquisa em 2000 para sabermos a idade do boi. Foi assim que,
conversando com os mais antigos, soubemos que o batalhão foi o primeiro a
visitar a Capela de São Pedro no dia do santo, em 1930”, salientou. Segundo Herbert, “A Festa de São
Pedro começou na Madre de Deus, em 1940, ficando impossível ao Boi do Iguaíba visitar a
capela dez anos antes, se o evento foi iniciado uma década depois”.Ele citou a
precipitação de outro jornal, em 27.6.2011: “Morando há 23 anos na Madre Deus, a
coordenadora do festejo, que assumiu neste ano,disse que, para ela, esta é uma
festa secular, pois sempre ouviu pessoas, na casa dos 70 a 80 anos, contando o
que ouviram dos pais e avós.Sou de Viana e sempre fui católica praticante.
Quando vim para a Madre Deus, fui aos poucos participando, e agora assumi a
coordenação, que faço com muita devoção”.Contou que as celebrações religiosas
começaram depois que a atual capela foi construída: “Antes, quando a capela era
na parte de baixo, não havia essas celebrações diárias e agora, a festa ficou
completa”, ressaltou. Rezando a missa completa — Herbert ressalvou
que a parte religiosacomeçou já em 1940, antes da primeira capela de alvenaria,
edificada embaixo, em 1949: “Havia, inclusive, atrações que não temos hoje, quanto
leilão de prendas, queima de fogos mais bonitos, quanto os da imagem de São
Pedro, e a ronqueira, um artefato de madeira e um pequeno canhão, que detonava
bucha e pólvora para o Rio Bacanga, e batizados.Entrevistada por um dos nossos
jornais, por não haver nascido nobairro,a devota supracitada não tinha os
conhecimentos de fontes fidedignas, queconvidei,ao templo do santo, em 2007, qualFrancisca
Batista (D. Chica), hoje, com 86 anos, que revelou que se iniciou em 1939, no
Desterro, vindo, em 1940, para a Madre de Deus, onde havia os pescadores, como
Filomeno dos Santos, seu marido, e o pescador aposentado José Raimundo
Carvalho, o Zé de Zuleide, na reunião, com 102 anos, com informações da capela
de alvenaria, em 1949, confirmadas pelo que pesquisei na Biblioteca Benedito Leite: em
O Imparcial, de 28.6. 1949, o presidente e o tesoureiro da Colônia dos
Pescadores Z-1 Almirante Barroso, Severino Godofredo dos Santos e Gregório Tito
de Sena, respectivamente, convidam São Luís para a sua inauguração, no dia 29,
com missa solene, e a procissão marítima da Madre de Deus, indo na frente da
Igreja dos Remédios até à Ponta d´Areia, e dali regressando, e agradecem o
apoio do industrial e político César Aboud.” A História correta: em 2015, com 75 anos
—Consoante ainda Herbert, em 2014, os jornais começaram a seguir um release que
ele mandou para a Redação, em que provava o começo da festa, em 1940, com reza,
no largo de uma capela de taipa e palha:“Em
1945, criaram a comissão organizadora.
Assim, a festa ganhou os noitantes (homenageados em todas as noites de junho,
de pescadores a donas de casas, etc.), leilão de prendas, procissões terrestre
e marítima, além da louvação de bumba-bois, com os de zabumba e os de matraca,
no encontro, atualmente, com grupos de todos os sotaques. A capela foi
reformada três vezes, duas delas pela Prefeitura de São Luís, em 1973 e 1996. A
arquitetura atual data de 1997 e foi feita pelo Governo do Estado, na primeira
gestão da governadora Roseana Sarney.” Fonte de referência — O autor do livro esclarecedor finalizou: “Eu
nasci na Praia da Madre de Deus, extinta, em 1970, com a inauguração da
Barragem do Bacanga, atrás da primeira
capela, filho e sobrinho de alguns dos pescadores, dentre os que originaramo
festejo, ali, e neto da primeira zeladora da igrejinha. O livro tem todas as
informações, fotos, passagens pitorescas, que espero, doravante, servir de
fonte de referência.” Pedro Santo, em 2015, o mais forte dos
últimos anos— Herbert de Jesus Santos enfatizou, eufórico, que assistiu ao fortalecimento
da Festa de São Pedro, na terra como no mar, em 2015, pois o arraial teve apoio
da Secma (Secretaria do Estado da Cultura), quando desde cedo brincaram
cordões, como o da Maioba, e antes só começavam a chegar de madrugada, para a
louvação, no largo da capela. “Gostei muito de ver a revitalização do
evento, que a Minha Avó, a primeira
zeladora da igrejinha original, e Meu Pai, com seus colegas pescadores,
ajudaram a criar!”—otimizou.
Foto (1): Arquivo pessoal
Entre D. Chica eIsabel (Bela),
Gervásio e João Batista dos Santos, seus primos, Herbert, ouvindo o centenário
Zé de Zuleide, registrou a origem da Festa de São Pedro
Foto (2): Laura Lima
legenda: Amigos de infância, Herbert (E)
e César Lima, desde 1964, no Rio, na Festa de São Pedro(2015) e com livros
recentes deste autor
0 comentários:
Postar um comentário