Caetano e Gil visitam região palestina

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Caetano e Gil visitam região palestina

ONG recebe Gil e Caetano em Susiya, no sul da Cisjordânia

"Bom dia Telaviv, domingão de praia linda", tuitou a produtora Flora Gil neste domingo (26), pouco depois de desembarcar em Israel com a equipe da turnê "Dois Amigos, um Século de Música", que celebra 50 anos de amizade musical entre Caetano Veloso e Gilberto Gil.

Os dois artistas já se apresentaram em sete países europeus, e ainda irão a mais dois. Mas o show em Tel Aviv, previsto para esta terça (28), criou controvérsia depois que ativistas contrários ao tratamento dispensado pelo governo aos palestinos pediram seu cancelamento.


Por causa da polêmica, Gil e Caetano decidiram ver com os próprios olhos o que acontece na região. No domingo (26), os dois visitaram um vilarejo de Susiya, no sul da Cisjordânia com a ONG Breaking the Silence, fundada por ex-militares israelenses que mostram a realidade palestina para seus conterrâneos.

Segundo o guia, Yehuda Shaul, os dois artistas se interessaram muito e foram muito simpáticos. "Acreditam que o militarismo israelense deve ser usado como defesa, nunca como forma de ataque e opressão ao povo palestino", escreveu Caetano em sua conta no Instagram.
Nesta segunda (27), os dois serão recebidos pelo ex-primeiro-ministro e presidente de Israel, Shimon Peres, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1994.
Também vão participar de um encontro com ONGs israelenses e palestinas. A intenção é mostrar que, apesar de terem mantido o show, apoiam uma solução pacífica para o conflito.
A apresentação, anunciada em abril, teve os ingressos (com preços entre US$ 50 e US$ 160) esgotados rapidamente. Muitos dos cerca de 12 mil brasileiros que vivem em Israel correram para assegurar lugares.
BRASILEIROS
"É um privilégio e uma emoção ver Gil e Caetano juntos. É muito importante para a disseminação da cultura brasileira por aqui", diz a mineira Raquel Teles Yehezkel, diretora do Centro Cultural Brasileiro em Tel Aviv.
A designer de interiores Eti Dentes, 45, também está animada. Há 24 anos morando em Israel, ela combinou de ir com amigas brasileiras. "Vai ser como me sentir em casa", diz a paulista.
Fãs israelenses também esperam com ansiedade pelo show. É o caso do engenheiro e piloto aposentado Guiora Hezberg, 72, um músico autodidata que toca até chorinho. "Amamos a música brasileira. Caetano e Gil não deveriam dar bola para política. Na época da ditadura no Brasil e na Argentina ninguém boicotou os dois países", diz Hezberg.
Desde que o show foi anunciado, o movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções contra Israel (BDS), criado em 2005, fez uma intensa campanha pelo cancelamento. O grupo já conseguiu que artistas como Carlos Santana e Coldplay boicotassem Israel. Mas falhou em convencer outros, como Madonna.
O auge da campanha foi quando Roger Waters, ex-baixista e cantor do Pink Floyd, escreveu, em maio, uma carta aberta a Gil e Caetano pedindo o cancelamento e comparando a presença israelense na Cisjordânia e Jerusalém Oriental com o apartheid na África do Sul (1948-1994).
Caetano disse não ver semelhança entre o apartheid e a situação em Israel e afirmou que, apesar de não apreciar as políticas do governo Benjamin Netanyahu, não prega o boicote a países inteiros.
Gil, por sua vez, considerou que punir todos os fãs israelenses por causa de "políticas duvidosas" do governo não seria justo. 

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