Imprensa estrangeira repercute 'tragédia' do incêndio no Museu Nacional
SÃO PAULO -O
incêndio de grandes proporções que devastou o Museu Nacional, no Rio, foi
destaque da imprensa internacional na manhã desta segunda (3). O acidente
ocupava espaço nas páginas iniciais dos sites dos principais jornais do
mundo.
Para o americano
The New York Times, o incêndio ameaçou "séculos de
história". Em reportagem assinada pelo correspondente do jornal do Rio, a
publicação aponta que a situação do museu havia "decaído em anos recentes,
enquanto o país enfrentava uma economia em frangalhos e instabilidade
política."
Já o britânico The Guardian fala em "perda incalculável".
"Alguns brasileiros veem no incêndio uma metáfora dos traumas do país, que
luta contra níveis alarmantes de crimes violentos e os efeitos de uma recessão
que deixou mais de 12 milhões de desempregados", diz o texto.
A publicação ainda destaca frases da
candidata Marina Silva, que chamou o acidente de "lobotomia à memória
brasileira", e aborda os cortes no investimento à ciência promovidos
durante o governo Temer.
O francês
Le Figaro trouxe um vídeo mostrando cenas do fogo e entrevistas com
funcionários. O conterrâneo Le Monde falou em "200 anos de história
que desapareceram". A Paris Match trouxe galeria de fotos, descritas como
"imagens impressionantes".
No espanhol El País,
destacou-se que a instituição guardava a "maior e mais importantes coleção
indígena e a biblioteca de antropologia mais importante do país". O
italiano "La Repubblica" destaca que o museu conservava o crânio
de Luzia.
O Museu do Louvre, em seu perfil numa rede social, também tratou
do assunto:
"É
com grande comoção que recebemos a notícia do dramático incêndio que atingiu o
Museu Nacional do Rio de Janeiro. O Museu do Louvre manifesta sua mais sincera
solidariedade com o museu e sua equipe. É uma enorme perda para o Brasil e para
o patrimônio mundial"
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