Entenda a importância do acervo do Museu Nacional, destruído pelas chamas no RJ

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Entenda a importância do acervo do Museu Nacional, destruído pelas chamas no RJ


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Já é possível ter uma ideia bastante clara da escala da devastação causada pelo fogo no Museu Nacional da UFRJ. Do vasto acervo que a instituição tinha, as áreas correspondentes a arqueologia, paleontologia, antropologia e invertebrados (no caso dessa última, cerca de 5 milhões de insetos) foram total ou quase totalmente perdidas. O mesmo vale para laboratórios e salas de aula.


As coleções de vertebrados e botânica, bem como a biblioteca, já tinham sido transferidas para um prédio novo, relativamente distante do antigo palácio imperial; por isso, ficaram a salvo.

Conheça abaixo alguns dos principais itens que faziam do museu um dos mais importantes da América Latina, a maioria provavelmente destruída pelo incêndio.

ESQUIFE DA DAMA SHA-AMUN-EM-SU


Caixão de egípcia que viveu entre os séculos 9º a.C. e 8º a.C., foi presenteado ao imperador Dom Pedro 2º quando ele visitou o Egito em 1876. Ricamente decorado com a simbologia típica dos mitos egípcios, pertencia a uma mulher que tinha o título de cantora do santuário do deus Amun na antiga cidade de Tebas.


LUZIA
O esqueleto humano mais antigo do Brasil, e um dos mais antigos de todo o continente americano, com 12 mil anos de idade, correspondente a uma mulher jovem. Encontrada nos anos 1970, numa gruta em Pedro Leopoldo (MG), região metropolitana de Minas Gerais, ela tinha feições peculiares, semelhantes às dos aborígines australianos atuais e diversas das dos indígenas modernos. Há crânios similares em coleções da USP e da Dinamarca, mas nenhum tão antigo quanto o dela.
A reconstituição do rosto de Luzia, feita a partir do fóssil considerado o mais antigo de um ser humano nas Américas, apresentada no Museu Nacional, no Rio, observada pelo professor Ricardo Santos - Patrícia Santos/Folhapress


MAXAKALISAURUS TOPAI
Descrito originalmente em 2006 por pesquisadores do museu, era um dinossauro quadrúpede e herbívoro de pescoço longo, pertencente ao grupo dos titanossauros, que viveu há cerca de 80 milhões de anos e media cerca de 13 m. Os titanossauros, cujo couro era adornado por “calombos” ósseos, eram os grandes herbívoros dominantes do Brasil durante a fase final da Era dos Dinossauros. Os fósseis da espécie foram descobertos em Prata (MG).


METEORITO DO BENDEGÓ
Descoberto no sertão da Bahia no fim do século 18, objeto vindo do espaço foi levado para o Rio de Janeiro em 1888 e adornava a entrada do museu, sendo a primeira peça do acervo a ser vista pelos visitantes. Por ser resistente a altas temperaturas, o meteorito em si não parece ter sido afetado.


MÚMIA DO ATACAMA
Cadáver mumificado de um homem que morreu há cerca de 4.000 anos no deserto do Atacama (Chile). Sua morte pode ter sido causada por uma fratura nos ossos da face.
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OXALAIA QUILOMBENSIS
Maior dinossauro carnívoro já descoberto no Brasil, com até 14 metros de comprimento (comparável ao célebre Tyrannosaurus rex), focinho semelhante ao de um jacaré e hábitos semiaquáticos. Oriundo do Maranhão, foi descrito por pesquisadores do museu em 2011. Fora do museu, não havia outros fósseis da espécie.


PRÉDIO HISTÓRICO
O Palácio de São Cristóvão, prédio principal do museu, era ele mesmo um patrimônio de valor incalculável para a história do Brasil. Abrigou a família real portuguesa de 1808 a 1821, a família imperial brasileira de 1822 a 1889 e a primeira Assembleia Constituinte do Brasil republicano de 1889 a 1891. Passou a abrigar o museu no ano seguinte e estava tombado desde 1938.


TRONO DE DAOMÉ
Bela peça em madeira, doada ao então príncipe-regente Dom João 6º em 1811, estava no acervo do museu desde 1818. O presente veio dos embaixadores do rei Adandozan de Daomé (1718-1818), que governava o território com esse nome na África Ocidental, hoje correspondente, grosso modo, à República de Benin.


TROPEOGNATHUS MESEMBRINUS
Pterossauro (réptil voador) que viveu no Nordeste brasileiro durante a Era dos Dinossauros, pode ter medido mais de 8 m de uma ponta à outra de suas asas. O espécime de maior porte foi estudado por pesquisadores do museu. Outros espécimes valiosos de pterossauros também estavam na instituição, já que um dos principais especialistas do mundo nesse grupo de animais, o paleontólogo Alexander Kellner, trabalha no Museu Nacional e é seu atual diretor.

A reconstituição do rosto de Luzia, feita a partir do fóssil considerado o mais antigo de um ser humano nas Américas, apresentada no Museu Nacional, no Rio, observada pelo professor Ricardo Santos





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