José Chagas visita a Feira do Livro de São Luís

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José Chagas visita a Feira do Livro de São Luís


Patrono do evento, o escritor atraiu a atenção dos visitantes

Quem esteve na 5ª Feira do Livro de São Luís, na tarde dessa sexta-feira (02), pode ver de perto o escritor, poeta e patrono do evento José Chagas, que circulou pelos corredores e estandes, seguido de perto por outros escritores, livreiros e estudantes, que não queriam perder a oportunidade de conhecer um dos mais emblemáticos literatos do Maranhão.

Logo ao chegar, José Chagas foi até o Café Literário. Lá, o poeta conversou com os organizadores da Feira e com jornalistas e admiradores da poesia do escritor. Todos muito atentos a cada palavra de Chagas.

Sobre a escolha dele para ser patrono dessa 5ª edição da Feira, José Chagas foi enfático: “Nunca fui patrono de coisa alguma. E, agora que estão me homenageando, sinto que não estou cumprindo meu papel”, disse ele. Por fazer parte do mundo das letras, e ser esse seu maior prazer, Chagas acha que deveria estar presente todos os dias, em todos os eventos programados pela Feira. “Mas não tenho mais condições físicas para isso”, justificou.

A saúde de José Chagas, inclusive, é tida pelo poeta como a responsável pelo que ele chama de aposentadoria da arte de escrever. Não que ele já tenha abandonado a poesia, pois a escrita ainda faz parte da rotina do poeta, mesmo que de forma espaçada, o que significa não estar com o bloco de anotações permanentemente, como era hábito dele. “Ainda escrevo, mas depois não entendo mais o que escrevi. Leio muito, mas não retenho o que li. Tudo isso por conta das crises de labirintite. É por isso que acho estranho estar recebendo essa homenagem nessa altura da minha vida”, contou.

Alma ludovicense – Para muitos, José Chagas é o poeta que mais profundamente traduziu o espírito de São Luís. As ruas, os becos, os casarões e até os telhados foram eternizados nos versos de Chagas, que, ao longo de seus 88 anos de idade, já escreveu cerca de 30 livros, a maioria deles dedicados à São Luís. Todos estão disponíveis nos estandes de vendas da Feira.

Essa facilidade em mergulhar na alma de São Luís, diz Chagas, deve-se ao fato de ele ter estudado muito os autores do Maranhão. “Sou o paraibano mais maranhense que existe. Quando ainda era estudante na Paraíba, eu lia muito sobre os grandes artistas e, por isso, quando me mudei para cá, eu sabia muito mais do que todos os meus colegas estudantes”, revela.

Entretanto, apesar de admitir que entenda de literatura maranhense, José Chagas não se julga um grande poeta. “Escrevo uma poesia vagabunda, mas que, mesmo assim, tem mais importância que eu”, diz ele, com a simplicidade que caracteriza quem não precisa exaltar a própria imagem.

Grato por tudo o que a literatura proporcionou à sua vida, José Chagas faz questão de agradecer a oportunidade que a vida proporcionou a ele. “Mas devo minha vida aos livros e aos livreiros”, finaliza o poeta.

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