Cinema para falar sobre superação

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Cinema para falar sobre superação

Filme A Estrada será rodado em comunidade quilombola maranhense

  • Carla Melo - ALTERNATIVO - Filme “A estrada”, de Milena Carvalho, terá elenco totalmente formado por atores negros e será gravado em comunidade quilombola de Cururupu; os atores Antônio Pitanga, Lea Garcia, Ana Carbatti e José Araújo estão no elenco.

  • A cineasta maranhense Milena Carvalho prepara sua estreia em longa-metragem com o filme de ficção “A Estrada”. Atualmente em fase de captação de recursos, o trabalho terá como locação uma comunidade quilombola de Cururupu e, embora não faça nenhuma menção a questões raciais, terá um elenco composto apenas por atores negros do Maranhão e do Rio de Janeiro, já que o filme é uma coprodução entre a maranhense WW Filmes e a carioca Dynamis Cultural.

    Estão confirmados no elenco principal os atores Antônio Pitanga, Lea Garcia, Ana Carbatti e José Araújo. Aprovado na Lei Estadual de Incentivo à Cultura e com a chancela da Ancine por meio da Lei do Audiovisual, a diretora de “A Estrada” trabalha, atualmente, na captação de recursos. “O primeiro patrocinador é a empresa Mateus que investiu 25% do orçamento total do filme, que segue em fase de captação de recursos para as próximas fases”, diz a cineasta.
    De acordo com Juliana Domingos, produtora do filme, o elenco terá cerca de 60 pessoas entre elenco principal e figurantes. “Mas a maioria serão pessoas que selecionaremos na própria comunidade, inclusive os dois meninos que serão os protagonistas”, adianta a produtora.
    Tanto a diretora quanto a produtora retornaram de uma viagem a Cururpu. O objetivo da ida à cidade foi conhecer as comunidades quilombolas locais e também já começar a preparar o terreno para as filmagens, previstas para novembro. A previsão é que esta etapa dure sete semanas e a estreia está prevista para o segundo semestre do ano que vem.
    Sobre a escolha da comunidade, Milena Carvalho adianta que está recendo o apoio da Secretaria Estadual de Igualdade Racial que trabalha com a equipe no sentido de escolher uma entre as 20 comunidades quilombolas do município.
    O filme, que é uma contará a história de dois meninos que para frequentar a escola, têm de sair de seu povoado para ir à cidade. “Esta cidade, embora fictícia, será localizada no Maranhão. Queremos mostrar para o Brasil um Nordeste diferente no qual não existe apenas a seca e o Maranhão é assim, um estado rico e diverso”, diz Milena Carvalho que é arquiteta formada pela Universidade Estadual do Maranhão (Uema) e Cineasta pela Escuela Profesional de Cine de Eliseo Subiela, na Argentina. Ela tem no currículo alguns curtas-metragens.
    Roteiro
    Filme contará a história dos meninos Pedro e João, que vivem em um pequeno povoado afastado da cidade, no interior do Maranhão. Suas famílias são analfabetas e vivem da agricultura familiar e seu grande desafio é vencer a distância entre o povoado e a escola mais próxima.
    Milena Carvalho explica que a ideia é abordar a dificuldade do acesso à escola, do ponto de vista de duas crianças. “O filme tem um caráter lúdico, alegre e colorido embora seja um drama. Neste contexto a proposta estética é apresentar um filme com cores vibrantes, cheio de vida, apesar de estarmos no Nordeste, não falamos de seca. Queremos mostrar o Maranhão naturalmente e culturalmente fértil”, reforça a diretora.
    Sobre a escolha da locação, Milena Carvalho explica que a escolha se deu pelo fato de o Maranhão ter uma grande concentração de comunidades quilombolas que vivem nas circunstâncias dos personagens abordados no filme. “Nossa perspectiva é de contribuir efetivamente no fortalecimento da identidade étnica e cultural daquelas comunidades ao apresentar um filme não temático - no que se refere à etnia - onde todos os atores são negros, sem que o filme aborde questões raciais”, observa.
    Para tanto, a diretora optou por trabalhar com atores negros de grande importância no cinema nacional e unir a eles os moradores da comunidade quilombola. “Acreditamos que Antônio Pitanga, José Araújo, Léa Garcia e Ana Carbatti tem a força dessa negritude para levar esse Maranhão para as telas de cinema no Brasil e Exterior”, diz Milena Carvalho.
    Elenco
    Para falar sobre o filme a diretora e a produtora reuniram os quatro artistas em uma bate-papo que foi gravado no Rio de Janeiro e que fará parte da divulgação do trabalho. Na ocasião os quatro atores emitiram sua opinião e impressão em relação ao roteiro. “Essas crianças que serão escolhidas tem a alma maranhense, a musicalidade, são sortudas, evidentemente, mas assumem um papel, nesta história, já que são elas que vão contar a história”, diz, no vídeo, Antônio Pitanga.
    O longa-metragem “A Estrada” tem apoio do Governo do Estado por intermédio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo do Maranhão (Sectur), Secretaria Municipal de Cultura de São Luís (Setur), e também os apoios institucionais da Secretaria de Estado de Igualdade Racial (SEIR), Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro por intermédio da Superintendência do Audiovisual (SEC/RJ).


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