Centro de Cultura Popular realiza exposição sobre casas descendentes do Terreiro do Egito

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Centro de Cultura Popular realiza exposição sobre casas descendentes do Terreiro do Egito


O Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho, espaço ligado à Secretaria de Estado da Cultura e Turismo (Sectur), realizou a exposição “O passado que faz conexão com o presente: Casas descendentes do Terreiro do Egito”. O evento integra a programação da 14ª Semana Nacional de Museus, realizada no período de 15 a 21 de maio, e tem o apoio da Casa da Festa e Museu Afro Digital.
A abertura da exposição aconteceu nesta última quarta-feira (18), com a roda de conversa “Para identificação dos filhos, netos e bisnetos do Terreiro do Egito”, seguido de um jantar típico de terreiro oferecido pela comunidade do Cajueiro.

A exposição pode ser visitada na galeria Zelinda Lima do Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho até o dia 10 de junho,tendo como temática a comunidade do Cajueiro e as suas crenças religiosas, focando principalmente no terreiro do Egito. O terreiro do Egito foi responsável por formar vários pais e mães de santo como por exemplo o Pai Jorge Babalaô, que formou o Terreiro de Iemanjá, Mãe Pia, da Casa de Nagô, assim como em outros terreiros.
Durante a exposição o visitante terá a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre o surgimento do terreiro do Egito, através de fotos, banners, apetrechos como guias e os rosários, que são diferentes em relação ao candomblé e a umbanda; plantas que são encontradas na região do Cajueiro e outros objetos. A mostra apresenta, ainda, um pouco mais sobre as figuras ilustres que passaram pela comunidade e o surgimento de alguns terreiros como o do Engenho, localizado no Tirirical, Terreiro da Verônica, no Bairro de Fátima, e Casa Fanti Ashanti, do Pai Euclides de Menezes.
As fotografias em exposição são de algumas casas no momento que realizavam oferendas, imagens do começo do século XX que compõem o acervo do Museu Afro Digital, contando de forma resumida sobre a tradição de Mina do Maranhão. Estão também em exposição alguns abatas (tambores) que foram doados pela comunidade do Cajueiro para o Centro de Cultura Popular.
Para a diretora do Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho, Ana Claudia Damacena, a exposição valoriza a nossa cultura e turismo. “Queremos incentivar a população e os nossos turistas a visitarem os museus, principalmente neste período da 14ª Semana Nacional de Museus. Estamos muito empolgados, pois recebemos muitos visitantes nesses primeiros dias e é um prazer falar um pouco sobre a tradição Mina do Maranhão”, relata a diretora.
Na comunidade do Cajueiro, localizado nas proximidades do porto do Itaqui fica o Terreiro do Egito, lugar sagrado para as religiões afro-brasileiras, cujas narrativas remontam ao Século XIX. O terreiro do Egito foi ocupado pela população negra maranhense desde o tempo do cativeiro, onde abrigou escravos fugidos e, durante mais de um século, foi local de reunião e de realização de rituais religiosos de grande número de pessoas ligadas a diversos terreiros de São Luís e de outros municípios maranhenses.

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