Favela do Samba "dá banho" em escolas rivais, na Passarela
Escola veio com tudo para ser campeã do Carnaval mais uma vez.
IMIRANTE
SÃO LUÍS – Na segunda noite de
desfile de Escolas de Samba de São Luís teve anjos, água, e, claro, muito
samba. Mais cinco agremiações coloriram a avenida, no Anel Viário, nessa
segunda-feira (8). Como sempre, as baterias só silenciaram na madrugada desta
terça-feira (9).
A Mocidade Independente da Ilha entrou na Passarela com uma hora de
atraso. A escola do bairro da Cohab, que escolheu falar dos 100 anos do samba,
alegou que faltava um equipamento para levar os destaques até seus lugares no
topo dos dois carros. Porém, a organização do desfile negou que o equipamento
estivesse em falta. Quando cronômetro disparou, a agremiação ainda não estava
pronta. Foram mais de dez minutos perdidos na concentração.
Ainda em busca da primeira vitória, a Acadêmicos do Túnel do Sacavém
levou à Passarela o enredo “Terra Adorada”. A comissão de frente retratou uma
espécie de origem do mundo, como contada na bíblia. Bailarinos vestidos de
anjos e Deus fizeram o abre-alas.
Em seguida, entrou a Turma de Mangueira com tema em homenagem ao
carnavalesco maranhense Enoque Silva. A verde e rosa foi a primeira a animar o
público que, até então, parecia entediado. No destaque da comissão de frente,
estava o ator e diretos Domingos Tourinho. Alegorias luxuosas deram um tom mais
empolgante à avenida.
Por falar em empolgação, a Turma do Quinto levantou a arquibancada ao
viajar pela história do cantor maranhense Gabriel Melônio. Para isso, recorreu
à figura do anjo Gabriel, personagem bíblico, para exaltar a personalidade que
dá voz aos sambas da escola há décadas. Neste ano, no entanto, Melônio desfilou
acima de todos: no último carro da escola, entre os cinco, envolto por uma
espécie de névoa. Ao fim, foi preciso ter pressa para não ultrapassar o tempo
regulamentar.
Uma das mais esperadas da noite, a Favela do Samba, atual campeã, fechou
a noite lavando a avenida ao propor o enredo "Se não chover?... Se a fonte
do Rio não brotar?... E se o Mar secar?... O que de nós será?". Mas a
ideia era poupar, apenas, água mesmo. As alegorias e fantasias estavam
luxuosas, mostrando que a escola veio com sede de permanecer em primeiro lugar.
A bateria voraz fez até dança de chuva, ao lado da rainha Adélia
Nascimento. Uma super parada, com gingado malemolente, transformou o desfile em
um verdadeiro espetáculo.Tudo indica que deve continuar chovendo na horta da
escola.
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