Artesãs se dedicam a fazer máscaras tradicionais de um dos personagens mais marcantes do Carnaval maranhense

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Artesãs se dedicam a fazer máscaras tradicionais de um dos personagens mais marcantes do Carnaval maranhense

CARNAVAL 2016
A artesã Helen Almeida  confecciona máscaras
Caderno Alternativo - Jornal O Estado 
Feio, assustador, engraçado e divertido são alguns dos adjetivos usados para caracterizar o Fofão, um dos principais personagens do Carnaval do Maranhão. A fantasia costuma obedecer a um padrão, ou seja, os brincantes vestem um macacão de chita colorido e usam uma máscara que quanto mais horripilante, melhor. Nas mãos, levam uma boneca e uma varinha. Com o passar do tempo, a fantasia foi sendo adaptada e um dos adornos que mais sofreu com isso foram as máscaras. Se antes eram feitas artesanalmente, agora são mais comuns as industrializadas. Mas, há quem mantenha viva a tradição de fazer as caretas.

É o caso das artesãs Arlen Adriana e Helen Almeida, que aproveitam o período momesco para botar a mão na massa, ou melhor, no papel, soltar a criatividade e dar vida às famosas máscaras de fofão. Para tanto, as artesãs usam a técnica de papietagem, uma técnica artesanal em que se utiliza papel recortado e cola para dar forma a uma escultura ou objeto.
São delas as máscaras que o Bloco Os Tradicionais do Ritmo levará este ano para a Passarela do Samba, para defender o tema “Na minha tradição as duas faces do fofão“. “O problema é que a mão de obra está escassa, poucos artesãos ainda fazem este tipo de máscaras aqui em São Luís, talvez porque dão trabalho ou porque demoram para serem feitas”, diz Helen Almeida, que é carioca, mas que está há 16 anos radicada em São Luís.
No entanto, o que se percebe, segundo Arlen Adriana, é um certo saudosismo em relação ao objeto. “Depois que as pessoas descobrem que fazemos, elas nos procuram, encomendam. Até mesmo porque, além das máscaras, também fazemos fantoches e outros objetos, como porta-cerveja , com o tema Fofão”, conta a artesã.
Antes das máscaras adornarem os rostos dos Fofões, elas percorrem um caminho até ficarem prontas. Primeiro é preciso fabricar um molde, que pode ser de barro ou de gesso para, a partir dele, fabricar as caretas. “Depois fomos sobrepondo as camadas de papel e cola, depois pintamos, botamos os cabelos e o tecido. Este processo demora entre três e quatro dias”, revela Helen Almeida.
Personagem
Durante o Carnaval, o Fofão invade as ruas de São Luís, animando a paisagem e alegrando os foliões. Usam macacões coloridos e folgados, com guizos (que fazem o barulho tradicional que se ouve quando eles passam pelas ruas). Nas mãos, costumam levar uma boneca e uma varinha. Segundo a tradição, quem pegar nas bonequinhas acaba tendo que pagar algum trocado para não ser perseguido durante a folia.
Até pouco tempo, era bem comum, sobretudo nos bairros, encontrar adultos e crianças fantasiados com as roupas que caracterizam essa figura durante o período momesco. Algumas pessoas costumam procurar semelhanças entre o Fofão maranhense e os palhaços da Comédia del’Arte. Outros ainda com o Bufão medieval ou com o Bobo da Corte. Mas, o certo mesmo é que este personagem ainda é uma das figuras mais emblemáticas do Carnaval maranhense. l


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