MEC confirma: corte de verbas no orçamento da UFMA será mantido
Reitor Natalino Salgado confirmou a O Estado que, durante reunião com o Governo Federal, ficou acertado apenas o repasse de R$ 4 milhões
O Ministério da Educação (MEC), em reunião realizada na tarde desta
quarta-feira em Brasília com o deputado federal Pedro Fernandes (PTB) -
coordenador da bancada maranhense no Congresso Nacional - informou que por
enquanto não há como repassar novos recursos para a manutenção do funcionamento
da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). De acordo com o reitor da UFMA,
Natalino Salgado, entrevistado por O Estado e que esteve presente ao encontro
com o secretário-executivo do MEC, Luiz Cláudio Costa, ficou acertado apenas o
repasse de R$ 4 milhões dos R$ 9 milhões prometidos à instituição antes do
agravamento da crise na universidade.
Segundo ele, os R$ 4 milhões serão “imprescindíveis” para a manutenção
das obras ainda vigentes nos campi da instituição em São Luís e no interior do
estado. Ainda conforme o dirigente, o MEC solicitou um prazo até o próximo mês
para que a pasta viabilize novas verbas para a instituição federal no Maranhão.
“Acertamos um novo encontro entre a UFMA e o Governo Federal para setembro
deste ano. Até lá, o Ministério da Educação se prontificou a conseguir recursos
para manter o custeio da instituição que, ainda neste momento, está inviável”,
disse.
Hospital - Ainda de
acordo com o reitor, as dificuldades de manutenção da atual estrutura da
instituição se estendem ao hospital universitário. “Além dos cortes feitos pelo
MEC, o Ministério da Saúde limitou o repasse para a viabilização dos projetos
no hospital mantido pela UFMA. Nos próximos dias, vamos buscar estreitar os
contatos com a pasta da saúde para também resolver esta situação”, disse
Natalino Salgado.
Em entrevista a O Estado publicada dia 18 deste mês, o reitor Natalino
Salgado informou que a UFMA “vive uma crise sem precedentes”, em virtude do
corte – autorizado pelo Governo Federal - de mais de R$ 28 milhões da verba
destinada à instituição. Ele confirmou, na ocasião, que pouco mais de 140
trabalhadores terceirizados da universidade e que prestavam serviços em
diferentes setores, entre eles assessoria de comunicação, foram demitidos.
Considerando o que deixou de receber em 2014, pouco mais de R$ 34
milhões, e o corte de 50% no orçamento previsto inicialmente na Lei
Orçamentária Anual (LOA), o déficit financeiro da UFMA é atualmente de R$ 109
milhões. Além disso, a UFMA também não recebeu os R$ 18 milhões previstos no
orçamento e que seriam oriundos de emendas parlamentares.
MAIS
Ainda segundo o reitor, além dos danos administrativos e no andamento
das obras, os cortes no orçamento da UFMA afetarão o funcionamento de serviços
essenciais, como o restaurante universitário, a assistência estudantil e
atividades de pesquisa, de extensão e programas especiais.
"Acertamos um
novo encontro entre a UFMA e o Governo Federal para setembro deste ano. Até lá,
o Ministério da Educação se prontificou a conseguir recursos para manter o
custeio da instituição que, ainda neste momento, está inviável”Natalino, reitor da
UFMA
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