Grupo de operarios em Pereira Barreto nega retorno ao Maranhao

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Grupo de operarios em Pereira Barreto nega retorno ao Maranhao





Por  G1 | Para: CBN Foz
Continua a polêmica entre operários do Maranhão que trabalharam em uma
obra em Pereira Barreto (SP) e a empresa que os contratou para a construção de
casas populares. Alguns operários já retornaram para o Nordeste com a ajuda da
prefeitura, mas a maioria dos trabalhadores não aceitou a oferta e continua
hospedada em um hotel da cidade. Eles disseram que só vão embora quando
receberem todos os direitos prometidos pela empresa.
A solução para o impasse envolvendo os operários do Maranhão pode estar
nas obras paralisadas da CDHU em Pereira Barreto. O Ministério Público do
Trabalho de Bauru (SP) vai fazer um cálculo de tudo o que foi construído até
agora e converter o valor em dinheiro para saber quanto a empresa responsável
pelas obras teria a receber da CDHU. Dinheiro que poderá ser usado no pagamento
dos trabalhadores. “Estamos pedindo para a Justiça retenha o dinheiro para
pagarmos o mínimo para o trabalhador voltar para a cidade de origem”, afirma
Guiomar Guimarães, procuradora do Trabalho.
Ao todo, 65 homens chegaram a Pereira Barreto no último dia 10
contratados para atuar na construção de casas da CDHU com a promessa de
salário, alimentação e hospedagem, mas o combinado não foi cumprido. Por falta
de pagamento, alguns deles chegaram a dormir na rua e um homem de 58 anos
passou mal e morreu. “Estou muito decepcionado de vir do Maranhão para cá para
trabalhar e acabar dormindo na rua”, diz o azulejista Francivaldo Silva.
Segundo os operários, o dono da construtora disse que não teria como
pagar ninguém porque a empresa estava falida. No dia seguinte, em reunião com o
Ministério Público do Trabalho o empresário mudou a versão e evitou tocar no
assunto. Mas até hoje nenhum pagamento foi feito. “No primeiro momento, o
acordo extrajudicial previa o mínimo para eles voltarem para o Maranhão, daí 30
dias para entrar com a ação principal e pedir o registro na carteira, o fundo
de garantia, tudo que o trabalhador tem direito”, afirma a procuradora.
Segundo o engenheiro responsável pelas obras, a empresa está tentando
providenciar o dinheiro para pagar os trabalhadores, mas não deu um prazo.

 SP: levados
do MA, 64 operários são mantidos como escravos
·        
 
Chico Siqueira
Direto de Araçatuba

Sessenta e quatro operários,
aliciados no interior do Maranhão e levados para trabalhar em condições de
escravidão em Pereira Barreto, no interior de São Paulo, ameaçam fazer
quebra-quebra, inclusive incendiar o canteiro de obras, se empregadores não pagarem
seus salários e os levarem de volta para suas cidades. O clima é de tensão.

Os operários, que trabalhavam na
construção de 150 casas populares da Companhia de Desenvolvimento Habitacional
e Urbano (CDHU), em Pereira Barreto (SP), chegaram dia 9 de maio, mas no dia 18
foram despejados de hotéis por falta de pagamento; um deles, João Lopes da
Silva, 58 anos, morreu enquanto passava a noite na rua.
Eles não receberam salários e não
tiveram as carteiras assinadas. O Ministério Público do Trabalho (MPT) diz que
vai processar os empregadores, a prefeitura e a Companhia de Desenvolvimento
Habitacional e Urbano (CDHU), do governo estadual paulista, por trabalho
escravo. 
Silva morreu na madrugada de
terça-feira e no dia seguinte a Landa Engenharia - empresa que venceu
a concorrência da CDHU para a construção das casas e responsável pela contratação
dos trabalhadores -, assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o
Ministério Público do Trabalho (MPT) se comprometendo a pagar os direitos
trabalhistas e o transporte dos trabalhadores para suas cidades de origem até
sexta-feira, assim como a alimentação e hospedagem dos operários enquanto eles
permanecerem em Pereira Barreto. O acordo não foi cumprido, o que revoltou
os operários.
“O pessoal aqui está muito nervoso,
temos mulheres e filhos que estão esperando nosso dinheiro”, disse o operário
Diego Inácio, que mora em Porto Franco (MA). "Eles nos prometeram pagar R$
4 mil de salários, pegaram nossas carteiras e depois nos deixaram aqui, sem
nada. Sem carteira, sem trabalho e sem salário", diz. “Depois, prometeram
nos pagar e nos mandar de volta até sexta-feira e até agora nada. Não
podemos ficar aqui parados, sendo enganados desse jeito", afirmou.
"O pessoal está revoltado e pode
acabar tendo confusão. Vão quebrar tudo se forem para o canteiro de
obras”, afirmou.
Na tarde desta segunda-feira, um
grupo de operários hostilizou um dos sindicalistas que tentava intermediar um
acordo entre os trabalhadores e empregadores. “Eles me empurraram e ameaçaram
virar meu carro, achando que o sindicato é o culpado por eles não terem recebido
os seus direitos. Eles estão tão revoltados e não entendem que o sindicato só
quer ajudar. Eu estou saindo da negociação, que será entregue ao Ministério
Público do Trabalho”, disse Antônio Carlos Sobrinho, diretor do Sindicato dos
Trabalhadores na Indústria da Construção e Mobiliário da Região de Araçatuba.
No final da tarde, a procuradora
Guiomar Guimarães, do MPT, disse que tentaria convencer os trabalhadores a
esperar até terça-feira para que pudesse entrar com uma ação cautelar tendo o
sindicato como assistente. “Trata-se de um procedimento para garantirmos os
direitos deles e para postularmos uma ação principal”, disse. Guiomar pretendia
ainda nesta segunda-feira se reunir com os trabalhadores para tentar
acalmá-los. “Vamos tentar esclarecê-los de que a violência não vai levar à
nada”, disse. 




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