Eleicoes na Camara de Vereadores de Sao Luis
Quatro se articulam para a eleicaoo antecipada da Mesa Diretora da Camara em SL
Astro de Ogum, Honorato Fernandes, Ricardo Diniz e Pedro Lucas Fernandes são os candidatos à presidência da Casa.
Gilberto Léda
Da editoria de Política
Da editoria de Política
16/01/2014
Pelo menos quatro vereadores estão se articulando e tentando formar grupos para viabilizar candidaturas à presidência da Câmara Municipal de São Luís. O presidente em exercício, Astro de Ogum (PMN); o líder do governo na Casa, Honorato Fernandes (PT), e, ainda, os vereadores Pedro Lucas Fernandes (PTB) e Ricardo Diniz (PHS) são os que mais se movimentam pela sucessão de Isaías Pereirinha (PSL), de licença médica desde o fim do ano passado.
Principal interessado no posto, Ogum não apenas busca os votos dos aliados - principalmente dos 19 que ajudaram a eleger Pereirinha em janeiro de 2013 -, como também costura uma tentativa de antecipar a eleição para os cargos da Mesa Diretora. Fala-se em novo pleito, para o biênio 2015/2016, em abril ou junho de 2014. A nova Mesa assumiria apenas em janeiro do ano que vem.
A antecipação seria uma forma de minar as possibilidades de eleição de adversários. Como mantém contato com possíveis eleitores há mais tempo, o presidente em exercício sairia na frente dos concorrentes. Ele conta com o apoio do
atual presidente.
O líder do governo na Casa, Honorato Fernandes, admite a possibilidade antecipação do pleito. "Se não acontecer em abril, será em junho", disse. Ele nega, no entanto, que haja articulação em torno do seu nome para ser o candidato, apesar de revelar que conversará "com os colegas vereadores".
"Todos os 31 vereadores da Casa têm legitimidade para postular o cargo, e meu nome está ente esses 31. Agora, não existe nada definido, não coloquei meu nome como candidato. Estou aguardando como vai ser. Vou conversar ainda com os colegas vereadores", declarou.
Liderança - Apesar de figurar entre os possíveis candidatos, o petista precisa, ainda, garantir-se como líder governista. O vereador Pavão Filho (PDT) aproximou-se do comando municipal nos últimos meses e tem sido apontado nos bastidores como provável novo representante do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) na Câmara a partir de fevereiro.
Honorato garante que seguirá na liderança e aponta os motivos que fizeram o prefeito convidá-lo para permanecer no posto. "Não tem isso não [de entrega da liderança para o pedetista]. Dia 23 [de dezembro] eu estive com o prefeito. Nós fizemos um balanço da gestão e da nossa atuação na Câmara. Nós conseguimos aprovar quase todos os projetos de interesse do Executivo com 23, 24 votos, e ele me fez o convite para permanecer na liderança", comentou.
Pedro Lucas Fernandes tenta se articular com dissidentes do grupo do Pereirinha e Astro de Ogum e, ainda, com membros da base do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC), onde tem bom trânsito. Procurado para falar sobre o assunto, contudo, ele não se pronunciou.
Já Ricardo Diniz, segundo apurou O Estado, tem articulado um grupo com o apoio do qual anunciará a candidatura à presidência. Entretanto, ele mira, na verdade, a vice-presidência do Legislativo municipal.
Fábio Câmara critica antecipação de pleito
O líder da Oposição na Câmara Municipal, vereador Fábio Câmara (PMDB), segue criticando o debate sobre antecipação da eleição da Mesa Diretora. Segundo ele, há "interesses outros" por trás da manobra.
"Seria muita ingenuidade ou pouquíssima inteligência achar que, por trás de uma ação dessas, não existam interesses outros que não apenas a própria sucessão", declarou.
O peemedebista, no entanto, não arrisca afirmar de onde pode ter partido a ideia de antecipar a escolha. "Eu seria injusto e até leviano se acusasse a quem quer que seja de qualquer coisa ou intenção. Porém, não é normal que um presidente, no caso aqui, o Pereirinha, que dos 8 meses de sua gestão só exerceu o poder 4 meses - foram três meses de afastamento e mais um mês de recesso -, possa cogitar antecipar uma outra eleição", destacou.
Para o vereador está claro que o objetivo é garantir poder a dois presidentes - um empossado e um eleito - no ano das disputas para o Governo do Estado. "Antecipar as eleições da Mesa Diretora tem ao menos uma finalidade clara: dar poder, num ano eleitoral e com eleições gerais, praticamente dois presidentes de um só Poder. Ou seja: o presidente em exercício e aquele já eleito para sucedê-lo", comentou.
Câmara declarou-se contra a antecipação, mas lançou-se candidato caso seja efetivada a manobra "como forma de contestação desse tipo de prática e por acreditar que renovação de verdade passa por adotar princípios e posturas que se diferenciem de tudo o que aí está sendo condenado pelo povo”, disse.
0 comentários:
Postar um comentário