Ramiro Azevedo reune no livro Captive of Time textos escritos desde a decada de 1970 a 2005 e analisa fragmentos de obras de escritores.

java redirecionamento

Tecnologia do Blogger.

Ramiro Azevedo reune no livro Captive of Time textos escritos desde a decada de 1970 a 2005 e analisa fragmentos de obras de escritores.

Livro traz fatos epistemológicos na literatura


ALTERNATIVO - JORNAL O ESTADO DO MA
08/11/2013 00h00
Artigos publicados em revistas universitárias nacionais de 1970 a 2005 são a tônica do livro Captive of Time, de autoria do professor Ramiro Azevedo. A publicação, que chega ao mercado de forma independente, reúne 10 textos que expressam episódios epistemológicos de cada década analisada.
Os textos são nos gêneros crítica literária, análises filológicas e hermenêuticas linguísticas, entre outros. “O objetivo do livro é expressar que, a cada instante cultural, vivemos episódios epistemológicos. Em 1970 era o estruturalismo. Em 1980, a pragmática e em 1990 a teoria do texto”, ressalta Ramiro Azevedo, enfatizando que, para ele, “cada modismo que se entroniza põe o outro no limbo”.
A seleção dos textos, conforme Ramiro Azevedo, foi feita sem traumas. “Deixei de fora muita coisa, a exemplo de ensaios e pesquisas dialetais e artigos dispersos pelos jornais locais e nacionais, bem como prefácios de livros de memórias e poemas”, relata o professor. Ele explica que os textos relacionados no livro são mais aprofundados no sentido epistemológico.
No ensaio, o autor trata de assuntos que vão desde textos bíblicos a obra de autores maranhenses como José Chagas (do qual analisa trechos de Colégio do Vento), José Sarney (em análise de Saraminda), Bandeira Tribuzi (em Pele e Osso), Virgínia Rayol (o autor analisa sua relação com a cidade de São Luís) e Dagmar Desterro (se detém sobre o poema Pedra da Vida). “Nestes ensaios, resgato alguns escritores maranhenses como forma de incentivar as novas gerações de autores locais”, observa o escritor.
Em Captive of Time, Ramiro Azevedo não se detém a obras completas de nenhum dos autores, mas a fragmentos pinçados do que ele considera mais representativo da poética e da prosa dos escritores analisados. “Não tenho fôlego para analisar obras inteiras, pincei, portanto, aspectos poético-prosaico de cada uma”, assinala.
No último texto do livro, que para o professor reflete melhor o momento atual, ele contou com a parceria da professora Vanda Rocha. “O ensaio trata de aspectos culturais de todas as tribos, enfatizando um certo caos social, ético e cultural”, adianta Ramiro Azevedo.
Título – Sobre o título – que em português significa “prisioneiro do tempo” - o professor diz que se inspirou na escritora russa Olga Ivinskaya e em seu livro homônimo no qual ela retrata a personalidade do poeta e romancista russo Bóris Pasternak. “Quero dizer que com o título que estes modismos são fechados em um determinado tempo, sendo prisioneiros dele”.
A iniciativa de escrever o livro nasceu de forma espontânea. “Senti a vontade de reunir alguns textos em uma publicação e como já tinha os escritos organizados, tive apenas de selecioná-los”, relembra.
Ramiro Azevedo é maranhense de São Luís, ex-professor das Universidade Federal do Maranhão (UFMA), do Instituto Federal (quando ainda era Cefet) e da Universidade Estadual do Maranhão. Atualmente, é professor da Universidade Ceuma nas disciplinas de Teoria do Texto, Linguística, Filologia e Língua Portuguesa. É autor dos livros Isotopias em Bandeira Tribuzi (1984), Áreas Dialetais Maranhenses (1975), A Zona dos Cocais (1982) e Antropolinguística Raposa (1970). É também colaborador de O Estado. O livro deverá ser lançado ainda este mês.

Serviço

• O quê
Livro Captive of Time, de Ramiro Azevedo
• Editora
Publicação Independente
• Páginas
132

0 comentários:

Postar um comentário

visualizações!