Natalino Salgado lancará livro sobre obra e vida de Tarquinio Lopes Filho
Na próxima quinta-feira, 12 de novembro, o reitor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Natalino Salgado Filho, lançará o livro Tarquinio Lopes Filho: médico, político, jornalista, administrador que virou mito. O lançamento acontecerá às 19h na Academia Maranhense de Letras situada na rua da Paz, 84, Centro.
O autor é membro da Academia Maranhense de Letras e ocupante da cadeira de número 16, que tem como patrono Raimundo da Mota d’Azevedo Correia. O imortal ocupa a vaga que antes pertenceu a Domingos Vieira Filho, Paulo Nascimento Moraes e Neiva Moreira.
Saiba mais sobre Tarquinio Lopes Filho:
Nascido em 1885, em São Luís, o médico Tarquinio Lopes Filho foi um cirurgião, clínico geral, ginecologista e sanitarista, que marcou várias gerações de médicos no Maranhão.
Filho de uma família de médicos, Tarquinio Lopes Filho, foi aos 11 anos para o Rio de Janeiro fazer o curso secundário e depois estudar medicina na Santa Casa de Misericórdia, onde obteve muitos dos conhecimentos que trouxe para o Maranhão.
Médico bastante respeitado, idealizou vários projetos sobre saúde pública, como o de Reestruturação da Rede Pública de Saúde da região; o da criação do Hospital Operário em 1923; o da criação da Faculdade de Medicina e o de ações sanitárias de cuidados extras em áreas próximas aos cemitérios, colônia dos leprosos e outros locais inóspitos. Também como médico, realizou vários procedimentos considerados complexos para a sua época como a retirada de um tumor de 12 quilos de uma mulher; a primeira cesariana ou o trabalho que realizou sobre a medicina legal na faculdade de direito de São Luís.
Já como político deixou o seu nome marcado na história. Deputado, em 1915, e aliado do governador Herculano Parga, fez oposição ao grupo de Urbano Santos e, em 1922, liderou um golpe que derrubou o governo até ser preso e depois tornar-se governador por um curto período de tempo. Ao mesmo tempo em que lutava por seus ideais, o médico tornou-se jornalista, criou o jornal Folha do Povo para escrever sobre os temas sociais que defendia e participou ativamente da coluna Prestes.
Durante a República Velha, ele foi trabalhar na região amazônica como tenente e, posteriormente, voltou para São Luís, onde continuou a atuar nas várias áreas e a lutar para reduzir as desigualdades sociais. Quando morreu, Tarquínio Lopes foi homenageado como um homem culto e sábio e o seu nome foi colocado em várias instituições públicas como escolas da capital e do continente, e no Hospital Geral, que até hoje guarda a sua memória, como o médico do bisturi de ouro.
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