Cinco livros foram lançados pela EDUFMA na AML
Os livros foram lançados no Dia Nacional da Língua Portuguesa, na Academia Maranhense de Letras
A literatura maranhense se enriquece pelo aumento de publicações de obras literárias e científicas a cada período. No dia em que foi comemorado o Dia Nacional de Língua Portuguesa, a Editora da Universidade Federal do Maranhão (Edufma) lançou, na Academia Maranhense de Letras (AML), cinco livros produzidos por intelectuais maranhenses.
Os cinco livros lançados foram "O Narrador Plural na Obra de José Saramago", "A Questionável Amoralidade de Apolônio Proeza"; "A vez da Caça"; "Cenas de Rua" e "Desafios à Teoria Econômica". De acordo com reitor da UFMA, Natalino Salgado, essas produções enriquecem a cultura maranhense e instigam os jovens a lerem mais. “Essas produções científicas e literárias, feitas pelos professores da nossa universidade e colocadas à disposição da comunidade, estimulam os jovens a mais leitura e contribui para o crescimento do conhecimento e da capital cultural da sociedade maranhense”, frisou.
Para o autor de “Cenas de Rua”, Sebastião Jorge, sua obra foi feita exatamente para distrair o leitor. “Os temas são bem populares e leves, porque a crônica tem que ter leveza, simplicidade e humor, que é para agradar o leitor. O cronista tem que escrever não para si, mas para o leitor”, contou.
Segundo o presidente da Academia Maranhense de Letras (AML), Benedito Buzar, o evento faz parte de uma parceria entre a Universidade Federal do Maranhão e a Academia Maranhense de Letras para fortalecer a produção cientifica e literária. “Nessa parceria a gente se comprometeu a trazer uma série de eventos, e este é um desses eventos, que é o lançamento de cinco livros de autores maranhenses já consagrados, onde nós estamos demonstrando ao Maranhão que nós continuamos a ser uma terra que continua produzindo bons escritores”, enfatizou.
Sobre as obras
O jornalista e professor Sebastião Jorge brindará os seus leitores com sua peculiar linguagem de cronista no lançamento de “Cenas de Rua”. Trata-se de uma obra escrita com a singularidade de quem privilegia o rigoroso tratamento do texto. O autor mescla simplicidade, agilidade e leveza e passeia com desenvoltura por temas do cotidiano que ganham uma visão universal. É o tipo de leitura que prende o leitor de início.
A obra de Waldemiro Viana, A Vez da Caça, é daquelas histórias em que o escritor, por meio de uma envolvente narrativa, leva o leitor a mergulhar em um mundo mágico e a fazer parte de sua retórica. Traço característico do autor. A Vez da Caça comprova, novamente, o talento de Waldemiro Viana em produzir contrapontos. A sua herança literária em O Mau Samaritano e A Questionável Amoralidade de Apolônio Proeza já revelava a sua maestria em fazer esses caminhos acidentados.
O livro de Ceres Costa Fernandes, “O Narrador Plural na Obra de José Saramago”, é o resultado de uma dissertação de mestrado defendida na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, no fim da década de 1980, que virou livro em 1990, com uma segunda edição em 2003. A receptividade da obra e sua importância seminal para a compreensão do estilo e do conjunto da obra de um dos maiores escritores da literatura de língua portuguesa de todos os tempos motivaram essa terceira edição. A acadêmica da AML e ex pró-reitora de Ensino da UFMA, Ceres Costa Fernandes, foi uma das primeiras pessoas no Brasil a publicar um trabalho acadêmico respeitável sobre o homem que anos depois conquistaria o primeiro - e até agora único - Prêmio Nobel para a literatura de língua portuguesa.
O economista Antonio Augusto Ribeiro Brandão autografa na AML o seu postulado “Desafios à Teoria Econômica”. Na obra, o autor confronta as correntes que nortearam os princípios adotados por diversas teóricos da economia ao longo da história. É um livro para quem tem intimidade com o tema, mas está sempre disposto a experimentar uma abordagem diferente.
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