Evaristo de Macedo: ‘Acreditar no hexa não é nenhuma loucura’

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Evaristo de Macedo: ‘Acreditar no hexa não é nenhuma loucura’


Evaristo de Macedo - Foto: Fernando Maia - O Globo
Evaristo de Macedo - Foto: Fernando Maia - O Globo
RIO - Apesar de tudo, acho que o futebol brasileiro segue o caminho dele. Não adianta buscar ideia no exterior. Cada país tem seus costumes e o futebol brasileiro é isso. O público gosta da nossa maneira de jogar, de nossos jogadores e clubes. O Brasil é muito grande, não tem como comparar com a Europa, onde há apenas um ou dois times fortes por cidade.
A força do futebol da Europa é da ordem financeira e, mesmo assim, se restringe a algumas equipes. Tem muito time falindo. Mesmo Barcelona e Real Madrid têm dívidas enormes. Então, acredito que temos de seguir nossa maneira de ser e de agir. O Brasil é um país continental. A Alemanha é do tamanho de um estado nosso. Claro que devemos evoluir sempre em estrutura, marketing e organização, mas, dentro do campo, o Brasil não tem que mudar nada.
Há muita expectativa para a decisão da Liga, mas os grandes clássicos do nosso futebol também são ótimos jogos. A maioria dos jogadores que se destaca aqui tem condições de jogar lá. Em termos de organização, o nosso grande problema são as federações. Os dirigentes se preocupam mais em se eternizar do que ajudar os clubes a crescer. É tudo política. É gostoso ser presidente de federação.
Na seleção, o excesso de jogadores cria problemas. Cada clube quer que a seleção seja vitrine para valorizar seu jogador. Mesmo assim, acreditar no hexa não é nenhuma loucura. Até lá, o time estará montado e o povo vai ajudar. Temos uma boa geração. O problema vem das eternas comparações. Não adianta dizer que o atacante de hoje não chega aos pés do Garrincha, porque o Garrincha não joga mais. Agora, é outra realidade.
Futebol não é circo nem os jogadores são malabaristas. O Brasil não é melhor sempre, mas deve estar sempre entre os melhores. Quem jogou sabe o quanto é difícil. O treinador vice cercado, mas ninguém quer assumir a responsabilidade. A vitória é dividida pelo grupo todo, mas a derrota fica só para o treinador. Então, deixa ele trabalhar do seu jeito.
Sou de um tempo em que havia sete campos oficiais no Jacarezinho. Quando já não se faziam mais tantos jogos entre os times de bairros, veio o futebol de salão. Com a falta de campos, os clubes passaram a trazer o jogador mais cedo, mas futebol não se ensina, apenas se aprimora. Claro que hoje só resta desenvolver os fundamentos na base, porém, é preciso bons técnicos. Em vez de preparar um jogador para o futuro, os profissionais estão mais preocupados com seu próprio futuro.


 


















http://oglobo.globo.com/esportes/evaristo-de-macedo-acreditar-no-hexa-nao-nenhuma-loucura-8448889#ixzz2TxAN83l7 

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