Trajetória de Jomar Moraes documentada em livro
Livro “Jomar,
o encantador de palavras”, de Benedito Buzar, Sebastião Moreira Duarte e Félix
Alberto Lima, será lançada neste sábado, às 18h30, na livraria AMEI, no São
Luís Shopping
Homenagem
a um escritor e cronista maranhense que deixou um legado para a literatura
brasileira, o livro “Jomar, o encantador de palavras” será lançado neste
sábado, às 18h30, na livraria AMEI (São Luís Shopping), um dia antes do
aniversário de nascimento do homenageado. A obra, de autoria de Benedito Buzar,
Sebastião Moreira Duarte, da Academia Maranhense de Letras (AML), e do
jornalista e escritor Félix Alberto Lima, é uma narrativa que delineia a
trajetória de Jomar desde a descoberta da leitura e da escrita até sua chegada
à Casa de Antônio Lobo.
“Jomar aprendeu a ler
sozinho e só chegou a obter os primeiros títulos de formação escolar depois dos
20 anos. Antes, adulterou a própria idade para ingressar na carreira de
sargento da polícia, a contragosto do pai, músico de alma cigana e boêmio
incorrigível. Na verdade, em vida, Jomar chegou a sugerir que eu fizesse uma
série de entrevistas com ele, as quais seriam reunidas em um livro, que acabou
não saindo. Mas como ele teve sua vida abreviada, infelizmente não chegou a ver
o resultado”, conta Félix Alberto Lima.
Jomar estreou na
literatura em 1963, com o livro de poemas “Seara em flor”, de forte inspiração
evangélica, numa época em que José Alípio havia convertido toda a família à
Assembleia de Deus. Essas e muitas outras histórias fazem parte do inventário
de uma série de entrevistas com o cronista nos anos de 2009 e 2010. Benedito
Buzar, presidente da AML, por exemplo, faz um retrospecto da passagem do
escritor pela instituição, especialmente a disputada eleição de 1969.
Buzar conta que
abraçou a candidatura de Jomar por meio da coluna “Roda Vida”, que editava no
antigo “Jornal do Dia”, assinando com o pseudônimo de J. Amparo, em
contraposição a Erasmo Dias, que com entusiasmo defendia a candidatura do poeta
Fernando Braga. “Jomar e eu construímos uma sólida amizade, que começou na
atividade jornalística. Depois, ele me incentivaria a disputar uma Cadeira na
AML”, relembra.
Sebastião Moreira
Duarte discorre sobre os desafios impostos a Jomar Moraes ao longo de sua
trajetória, dos importantes cargos públicos a pesquisas de vulto e ousados
projetos literários e editoriais. “Ele doía-se de que o criticassem por ter
sido diretor da Biblioteca Pública sem ser bibliotecário, de escrever em
jornais sem ser bacharel em Jornalismo, de ser historiador, de absoluta
confiabilidade documental, sem ter feito nenhum curso de História. Resolveu dar
a devida lição aos que o criticavam à socapa: calado, tirou diploma em todas
essas áreas (o de História, em nível de M. A.), causando constrangimento, não
poucas vezes, aos seus professores”, relata Moreira Duarte.
O livro traz ainda
depoimentos raros de Jomar Moraes sobre sua relação com a AML, o gosto pela
literatura, o início na poesia, amigos, a Pousada do Mordomo Régio, em
Alcântara, e o convite que lhe fora feito pelo então governador Nunes Freire
para disputar um mandato de deputado estadual. Jomar revela também que deixou
um livro inédito de ficção, com oito contos sobre temas variados.
“Jomar Moraes sempre
foi original, até no prenome. Pessoa de grande persistência, ele encantou a
todos de quem se aproximou por sua capacidade de realizar o impossível:
produziu centenas de livros num país sem leitores”, argumenta Luiza Lobo na
apresentação da obra, que tem o selo da Clara Editora e Edições AML.
Serviço
O quê
Lançamento do livro
“Jomar, o encantador de palavras”
Quando
Hoje, às 18h30
Onde
Na livraria AMEI (São
Luís Shopping)
Entrada franca
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