Proliferação de pombos aumenta risco de transmissão de doenças

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Proliferação de pombos aumenta risco de transmissão de doenças


Pombos voam por entre as pessoas na Praça do Pantheon, no centro da capital
JOCK DEAN / DA EQUIPE DE O ESTADO
Praças Maria Aragão, do Pantheon e João Lisboa são alguns dos logradouros do centro de São Luís onde tem crescido a quantidade dessas aves, atraídas pela sujeira e o perigoso hábito da população de alimentá-las

A falta de educação ambiental do ludovicense aliada à coleta precária do lixo produzido em São Luís tem ajudado na proliferação dos pombos que circulam nas áreas comuns da capital. Os pássaros em geral estão em busca de restos de alimentos que são deixados nos logradouros da cidade. Mas não só isso. Em alguns locais eles são alimentados por diversas pessoas, o que faz com que eles encontrem ambientes propícios para se proliferar na cidade. Mas apesar de parecerem inofensivos, os pombos são pragas que estão se proliferando pela cidade devido a esse comportamento simpatizante ou negligente da população. E é preciso ter atenção, pois eles podem ser transmissores de doenças como histoplasmose, salmonella, criptococose, meningite, e também de alergias, como asma, rinite e dermatites.
O centro de São Luís, em áreas como as praças Maria Aragão, Deodoro e João Lisboa são alguns dos pontos onde é possível perceber o aumento da presença dos pombos. Os logradouros estão entre os mais movimentados da cidade e não são raros os dias em que a quantidade de pombos chama a atenção de quem passa pelo local. Mas não são apenas nesses locais que as aves tem se abrigado e alimentado.
Novos espaços
Segundo o professor do curso de Veterinária da Universidade Estadual do Maranhão (Uema) Nordman Wall, a população de pombos na cidade vem aumentando com o passar do tempo. Um local onde também já é possível notar a presença cada vez maior das aves é a Avenida Litorânea e as regiões da orla da cidade. “Esses eram locais nos quais antes essas aves não eram vistas e atualmente elas passaram a frequentar”, alerta. Segundo ele, o desmatamento das áreas verdes vem causando essa situação.
Como eles passaram a fazer parte do ambiente urbano não apenas de São Luís, mas também de grandes cidades brasileiras, muitas pessoas adotaram a prática de alimentar essas aves, atitude que, além de errada, é reprovada pelo professor da Uema. “Se as pessoas não derem alimento, elas vão buscá­los em outros locais e voltarão para o ambiente natural delas. Dessa forma, elas vão até servir melhor todos nós porque são importantes transportadoras de sementes”, disse o professor Nordman Wall.
Acontece que a oferta fácil de alimentos – na Praça João Lisboa é muito comum ver, sobretudo idosos jogando milho para as aves - faz com que elas se acomodem e deixem de fazer seu papel na natureza, buscando alimentação e servindo para o controle de outras pragas, como insetos, além da distribuição de sementes, que também é um papel natural do pombo. Outro problema é o abrigo. O Centro Histórico de São Luís é repleto de casarões que servem de abrigo para os animais.
Transtornos
E quanto maior a quantidade de pombos na cidade, maiores também são os transtornos causados por eles. Na Praça João Lisboa, onde é grande a concentração dessas aves, as pessoas que andam pelo local estão sujeitas a passarem por uma situação desagradável que é ser atingida na cabeça ou outra parte do corpo pelas fezes desses animais, que ficam sobrevoando a região. Os motoristas também estão sujeitos a situações semelhantes, mas desta vez envolvendo os seus automóveis. Não são raras as vezes em que os condutores deixam os seus carros estacionados nas proximidades do logradouro e, quando voltam, são surpreendidos com fezes em seus veículos.
E são justamente as fezes dos pombos que representam os maiores riscos para a saúde das pessoas. Até recentemente, 57 doenças eram catalogadas como transmitidas pelos pombos, tais como histoplasmose, salmonella, criptococose, meningite, e também de alergias, como asma, rinite e dermatites.
O ar contaminado com os dejetos dessas aves pode provocar doenças, como a criptococose, uma inflamação no cérebro, que no início tem os sintomas de uma gripe; a histoplasmose, que causa infecção nos pulmões; e ainda uma série de outras alergias.
Contudo, o professor da Uema advertiu que apenas em locais fechados é mais provável a inalação do ar contaminado pelos fungos existentes das fezes dos pombos e que podem causar doenças. Em locais abertos, como nas praças, a contaminação torna­se mais difícil.
Mais
Micro­organismos nas penas

Os pombos também podem transportar alguns micro­organismos nas penas. Por causa disso, podem causar dermatites caso entrem em contato com os seres humanos. As dermatites provocam muita coceira, infecções e até se transformam em alergias que afetam o sistema respiratório. Os pombos não devem ser mortos, apenas controlados, já que têm importância ambiental assim como outras aves. A melhor forma de evitar a contaminação de doenças transmitidas pelos pombos é não criar condições para a proliferação da ave perto de residências, não dando alimento e água. Manter forros, calhas e telhas sempre limpos também ajuda muito quando o objetivo é afastar essas aves de sua casa



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