O ESTADO NA FOLIA 15.02.17
O Carnaval que nos salva
No Brasil dos absurdos, vale a pena
abrir um parêntese para rir de si mesmo. É assim quando desemboca a folia de
fevereiro, que, entre outras coisas, pulveriza as marchinhas que zombam da vida
política e das figuras públicas, muitas delas agora literalmente fantasiadas de
presidiário. Predominante no Carnaval do Rio de Janeiro entre as décadas de
1920 e 1960, quando perderam espaço para os sambas-enredos, as marchinhas
jamais se furtaram de ironizar os presidentes e políticos nativos. Na festa
deste ano, está permitido usar e abusar, pois com a tenebrosa Lava Jato este
país, mais do que nunca, tornou-se fonte inesgotável de enredos conspurcados.
Uma enciclopédia de nomes levados para o SPC da corrupção. E isto é um prato
cheio para a irreverência. Realmente! No país das injustiças e da impunidade,
quem nos salva é o Carnaval. Pelo menos nos quatro dias de Momo. Sejam
bem-vindos a O Estado na Folia 2017.
Bloco Maçarico
Se depender da disposição do grupo Vamu di Samba, os cortejos serão
infinitos. No comando do Bloco Maçarico, vocalistas (entre eles, Pedrinho -
foto) e músicos estarão neste sábado, às 17h, fazendo a despedida da festa
deste ano, na Rua dos Maçaricos, na Lagoa da Jansen. Os convidados são Jegue
Folia e Feijoada Completa.
Zé Paulo comanda
O tri-campeão maranhense do Festival Maranhense de Música Carnavalesca
celebrará dez carnavais da Feijoada do Zé Paulo. A festa acontecerá neste
sábado, ao meio-dia, no Buffet Visão e Perfil, no bairro Anil, regada ao
ziriguidum dos rapazes do Sindicato do Samba e também do Grupo Magia, bateria
da escola de samba Unidos de Fátima e bloco tradicional Os Feras. O anfitrião
Zé Paulo se apresentará com banda. A Corte de Momo é a convidada especial.
No passado era assim
A folia maranhense já viveu seus tempos de glória. E como tudo é
fantasia, vale recordar passagens inesquecíveis na exposição “Carnaval de todos
os tempos”, que o Centro de Criatividade Odylo Costa, filho, vai inaugurar na
próxima sexta-feira, às 17h, relembrando fantasias, estandartes e personagens.
Tudo com uma ambientação temática, trilha sonora, imagens em vídeo e exibição
de documentário na Sala Nauro Machado. A linha do tempo destacará a experiência
vivida a partir da década de 1960.
Na Baixada
É verdade que em muitas cidades a programação tirou o time de campo,
devido à crise, que inclusive servirá de inspiração para muitos. No Maranhão,
no entanto, a maioria dos municípios vai conseguir botar o bloco na rua. É o
caso de Pinheiro, que exibe lista incrementada de atrações nacionais: Avine
Vinny, Chicabana, Patchanka e Axerife. Os shows acontecerão na Praça José
Sarney.
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