SINOPSE DO ENREDO DA FLOR DO SAMBA - 2017

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SINOPSE DO ENREDO DA FLOR DO SAMBA - 2017

“Do carnaval ao teatro, do Itaqui ao Bacanga; Grita minha Flor e dá voz para o Anjo da esperança.”



Ao raiar o sol de mais um solstício de verão, os primeiros sopros da primavera anunciam o período de consagração e libertação, surge ao longe uma embarcação com rodas acompanhada de ninfas, sátiros, em balsamos de vinho e prazer, é a chegada do carrum navalis anunciando o carnaval. Nela esta Dionísio, figura emblemática da mutação das festas pagã sendo o núncio das representações teatrais, com cenas orgiasticas que já estão empreguinadas no inconsciente coletivo dos povos. Do principio grego destas cenas nasce a necessidade de novas formas de expressões, traduzidas em comédia e tragédia, retratando uma critica dos governados aos mandos e desmandos de seus governantes no cotidiano daquela sociedade.

Desta nascente, o teatro ramificou-se como uma fértil arte, regada de inúmeras influencias onde o erudito da espaço ao popular, ao improviso e a versatilidade de seus artistas revelados pela comedia Dell'arte limitando ainda mais o espaço entre arte e vida, onde ruas viram palcos e o artista vai onde o povo esta.

No Brasil, a arte de interpretar em hora servira como catequização e educação e em outrora servira como forma de expressão em momento de efervescente repressão política. Neste clima de renovação cênica e de brasilidade, com uma proposta de ação que não se limita somente a expressão das artes cênicas, mas a um projeto de educação através da arte, nasce o GRITA que jamais pensou em se calar diante dos berros impostos pela sociedade.

De pedras miúdas se fez crescente a arte a beira de um rio de mazelas, do artista com o pires na mão nasce o ITAPICURAIBA, feito do barro que fez o homem, do homem que fez a arte, da arte que fez essa forma de se expressar que GRITA no anseio “ de percorrer o caminho das pedras, aplainar arestas e emergir com o discurso verdadeiro no meio do marasmo e da indiferença” a qual se deixou de herança a aquela comunidade. Como um Anjo da Guarda, segue em tropas prontas para guerrear pelos menos favorecidos, usando sua maior arma, a arte de educar sem rasuras.

A real vitória desta batalha se ver nos palcos ao abrir a cortina de novos mundos, novas possibilidades, novos questionamentos guiados por um guerreiro timbira, que festeja com os três bois em ladainhas de folguedos populares, e sobe com Zé de Riba em Arvore de Mamulengos provando que O Bom Malandro Nunca Morre. Mas para onde se olha vê-se rostos apaixonados por Vilela, mas afinal, quem pariu Mateus? Não se sabe! Contudo não encontramos o Preto Fugido que De Volta ao Madeireiro esconde-se na face daquele Cristo lavrador, o mesmo que segue em Via Sacra de paixão e dor, mas que nunca deixa de avistar o horizonte de esperança, afinal o espetáculo jamais encerra, a cortina nunca fecha.

“Do teatro que temos ao teatro que queremos”.
Autoria da sinopse:
Gil G Fonseca(Vadinho) & Italo Fonseca.

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