Ex-ministro Antonio Palocci é preso em nova fase da Operação Lava Jato

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Ex-ministro Antonio Palocci é preso em nova fase da Operação Lava Jato

O ex-ministro Antonio Palocci (PT) foi preso em São Paulo nesta segunda-feira (26) durante a 35ª fase da Operação Lava Jato, batizada de "Omertà". Segundo a Polícia Federal (PF), ele "atuou de forma direta para propiciar vantagens" para a empreiteira Odebrecht quando estava no governo federal, recebendo propina por isso. A força-tarefa também investiga a compra de um terreno que seria destinado ao Instituto Lula.
Palocci foi ministro da Fazenda (2003-2006) do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da Casa Civil (2011) do governo Dilma Rousseff. Em 2010, quando a petista se elegeu pela primeira vez presidente, ele foi o coordenador de campanha.

A prisão de Palocci é temporária e tem duração inicial de cinco dias. Ele será levado para Curitiba, onde estão concentradas as investigações da Lava Jato. Dois ex-assessores de Palocci também foram presos (Juscelino Dourado e Branislav Kontic).
De acordo com a PF, o ex-ministro e "personagens de seu grupo político" foram beneficiados com vultosos valores ilícitos. "A atuação de Palocci se deu inclusive no período em que exerceu relevantes funções públicas, envolvendo constante interlocução e diversos encontros", declarou o Ministério Público Federal do Paraná (MPF-PR).
Alan Marques/Folhapress
Palocci foi ministro de Lula e de Dilma
Para a PF, foram identificadas negociações quando Palocci era ministro que acabaram por beneficiar a empreiteira. "Foi possível delinear as tratativas entre o Grupo Odebrecht e o ex-ministro para a tentativa de aprovação do projeto de lei de conversão da MP 460/2009 (que resultaria em imensos benefícios fiscais), aumento da linha de crédito junto ao BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] para país africano [Angola] --com a qual a empresa tinha relações comerciais--, além de interferência no procedimento licitatório da Petrobras para aquisição de 21 navios sonda para exploração da camada pré-sal."
Segundo o MPF-PR, análise detalhada de e-mails e anotações registradas em celulares apreendidos em outras fases da Lava Jato comprovam a atuação de Palocci no esquema.
Os investigadores alegam que e-mails e anotações indicam que os acertos de pagamentos das propinas eram tratados em reuniões com a presença de Palocci realizadas por diversas vezes nos endereços residencial e profissional do ex-ministro.
O criminalista José Roberto Batochio, advogado de Palocci, negou que seu cliente tenha recebido e acusou a força-tarefa da Lava Jato de "arbitrariedade" e "autoritarismo". Para Batochio, que também representa o ex-ministro Guido Mantega, a ação da Polícia Federal contra seu cliente corresponde ao "melhor estilo da ditadura militar". Procurada pelo UOL, a Odebrecht disse que não iria se manifestar.

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