Rafaela Silva usou o trauma de Londres como combustível

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Rafaela Silva usou o trauma de Londres como combustível



A judoca brasileira Rafaela Silva conquista a medalha de ouro no judô após vencer Sumiya Dorjsuren da Mongólia na categoria até 57Kg

Quem revela o segredo é Leandro Guilheiro, medalhista olímpico em Atenas-2004 e que acompanhou a campanha dourada de Rafaela Silva, a primeira medalhista de ouro do Brasil na Rio-2016. “Já na área de aquecimento dava para ver que seria o dia dela.” E o que dava para ver? Cara fechada, absorta nos próprios pensamentos, praticamente em transe. Rafaela cruzou o caminho das cinco lutas do torneio olímpico com a mesma expressão compenetrada. Enquanto a Arena Carioca 2 ia abaixo com a vibração da torcida, Rafaela praticamente não esboçava reação.

Ao final do enfrentamento decisivo com a judoca da Mongólia Sumiya Dorjsurena, Rafaela finalmente extravasou. Pulou na direção das arquibancadas, onde estava a irmã Raquel e outros amigos. Na sequência, ainda aos prantos, Rafaela desabafou. “Não queria ter aquele sofrimento de novo. Depois da minha derrota, quando todo mundo me criticou, que judô não era para mim, que eu era a vergonha pra minha família, agora eu sou campeã olímpica na minha casa.”
A derrota a qual Rafaela se referiu foi a eliminação nos Jogos de Londres, há quatro anos, quando ela foi punida sumariamente depois de aplicar um golpe ilegal na adversária, a húngara Hedvig Karakas. Não fosse apenas a frustração pela derrota, a judoca carioca teve de enfrentar uma enxurrada de críticas que extrapolaram a fronteira do aceitável. Demonstrações de puro preconceito que, pelo desabafo reproduzido acima, ainda hoje ecoa na cabeça do judoca.
Raquel diz que não foi apenas o trauma londrino que a preparou para este momento. Foi toda uma vida. “Eu que cresci e vivi com ela sei de tudo o que ela passou, de tudo que teve abdicar para chegar a esse momento. Foram muitos anos de dedicação, de esforço. Nós é que vemos quando tem uma lesão, quando não vai bem numa competição.”


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