Monumentos de praças de São Luís estão em museu
Na Praça Pedro II, um obelisco foi colocado no centro da fonte, que está suja e danificada
IMIRANTE 23.JUL.16
Sem segurança e necessitando de manutenção, os
bustos da Praça do Pantheon e agora a Mãe d’Água, que ficava em uma fonte na
Praça Pedro II, foram removidos dos logradouros
Assim como os bustos de escritores
maranhenses, que por muitos anos permaneceram na Praça do Pantheon, a escultura
da Mãe d’Água Amazonense, que antes ficava na Praça Pedro II, foi removida de
seu local de exposição e encaminhada para o Museu Artístico e Histórico do
Maranhão. Os bustos foram retirados da praça em 2005 e nunca retornaram ao
logradouro. Já a Mãe d’Água foi removida da Praça Pedro II há exatos 10 meses.
Na última quarta-feira, 20, a fonte da Praça Pedro II foi alvo de muitos comentários. Isso porque no local onde ficava a estátua da Mãe d’Água Amazonense agora há um obelisco de gesso.
No dia 22 de setembro de 2015, a Subprefeitura do Centro Histórico de São Luís fez a remoção temporária da estátua de bronze, localizada em frente à Igreja da Sé, para que fossem iniciados reparos na fonte. Na ocasião, foi informado que a retirada se deu também para que o monumento recebesse polimento, o que deve ser feito a cada cinco anos.
Nada ainda
Passados 10 meses, a escultura não retornou ao local e a fonte continua danificada em vários pontos. A única mudança realizada foi por obra de um guardador de carros do entorno da praça, que colocou um obelisco de gesso na base onde antes ficava a estátua. A mudança chamou a atenção e rapidamente provocou comentários nas redes sociais.
Indignados com o estado de abandono da fonte e de toda a praça, alguns usuários de redes socialis compartilharam a foto do obelisco, questionando o ocorrido. Foi o caso de Marcos Ferreira, que escreveu: “Em São Luís algumas coisas absurdas acontecem. Substituíram a escultura da Mãe d'Água por este obelisco chinfrim”.
Passados 10 meses, a escultura não retornou ao local e a fonte continua danificada em vários pontos. A única mudança realizada foi por obra de um guardador de carros do entorno da praça, que colocou um obelisco de gesso na base onde antes ficava a estátua. A mudança chamou a atenção e rapidamente provocou comentários nas redes sociais.
Indignados com o estado de abandono da fonte e de toda a praça, alguns usuários de redes socialis compartilharam a foto do obelisco, questionando o ocorrido. Foi o caso de Marcos Ferreira, que escreveu: “Em São Luís algumas coisas absurdas acontecem. Substituíram a escultura da Mãe d'Água por este obelisco chinfrim”.
Abandono
O Estado esteve na Praça Pedro II para apurar o ocorrido. Segundo guardadores de carros, um deles pegou a peça de gesso que sobrou em uma obra vizinha e colocou no centro da fonte, numa tentativa de chamar a atenção para a ausência da estátua e os demais problemas da praça.
Além da falta da Mãe d’Água, pode-se observar que a fonte está muito danificada. Há lajotas quebradas, muitas pedras da borda estão soltas, a água está suja. O calçamento da praça está se desmanchando. As pedras estão soltas, podendo causar um acidente com crianças ou idosos e uma das luminárias foi alvo de vândalos.
O Estado esteve na Praça Pedro II para apurar o ocorrido. Segundo guardadores de carros, um deles pegou a peça de gesso que sobrou em uma obra vizinha e colocou no centro da fonte, numa tentativa de chamar a atenção para a ausência da estátua e os demais problemas da praça.
Além da falta da Mãe d’Água, pode-se observar que a fonte está muito danificada. Há lajotas quebradas, muitas pedras da borda estão soltas, a água está suja. O calçamento da praça está se desmanchando. As pedras estão soltas, podendo causar um acidente com crianças ou idosos e uma das luminárias foi alvo de vândalos.
Enquanto isso, a Mãe d’Água Amazonense
permanece no Museu Histórico de São Luís
(Foto: Divulgação)
Apesar de a estátua não ter sido trocada pelo obelisco pela Prefeitura, como muitas pessoas julgaram ter acontecido, ainda permanece a dúvida: a Mãe d’Água retornará à fonte?
Na Justiça
Em sentença assinada em junho deste ano, o titular da Vara de Interesses Difusos e Coletivos, juiz Douglas de Melo Martins, condenou o Hotel Vila Rica (CTH Hotéis) e Município de São Luís a procederem os serviços de restauração da estátua da Mãe d’Água Amazonense, obra de autoria do artista plástico maranhense Newton Sá.
Cabe ao hotel remeter a estátua ao fundidor original ou outra entidade, bem como custear todas as despesas com remoção e transporte da obra, e com o acompanhamento do trabalho de restauração da estátua. Já o Município deve proceder a restauração específica da parte da estátua quebrada por terceiros em 2001, bem como garantir medidas de vigilância ao monumento. A multa diária para o não cumprimento das determinações é de R$ 5 mil.
Questionada sobre o retorno do monumento ao seu local de exposição, a Prefeitura informou apenas que a estátua foi encaminhada ao Museu por recomendação do Ministério Público Federal (MPF) e com a autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Foi informado ainda que a estátua permanecerá no museu, até a conclusão do projeto de revitalização da Praça Pedro II.
Em sentença assinada em junho deste ano, o titular da Vara de Interesses Difusos e Coletivos, juiz Douglas de Melo Martins, condenou o Hotel Vila Rica (CTH Hotéis) e Município de São Luís a procederem os serviços de restauração da estátua da Mãe d’Água Amazonense, obra de autoria do artista plástico maranhense Newton Sá.
Cabe ao hotel remeter a estátua ao fundidor original ou outra entidade, bem como custear todas as despesas com remoção e transporte da obra, e com o acompanhamento do trabalho de restauração da estátua. Já o Município deve proceder a restauração específica da parte da estátua quebrada por terceiros em 2001, bem como garantir medidas de vigilância ao monumento. A multa diária para o não cumprimento das determinações é de R$ 5 mil.
Questionada sobre o retorno do monumento ao seu local de exposição, a Prefeitura informou apenas que a estátua foi encaminhada ao Museu por recomendação do Ministério Público Federal (MPF) e com a autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Foi informado ainda que a estátua permanecerá no museu, até a conclusão do projeto de revitalização da Praça Pedro II.
Bustos
Assim como a Mãe d’Água, os 16 bustos de escritores maranhenses que também ficavam em praça pública foram transferidos para o Museu Artístico e Histórico do Maranhão.
Retirados da Praça do Pantheon após a ação de vândalos, as esculturas foram restauradas e não mais voltaram ao local depois da reforma da praça. No logradouro, as bases que um dia sustentaram os bustos estão pichadas e hoje servem de lixeira e até mesmo de banco para alguns frequentadores.
Assim como a Mãe d’Água, os 16 bustos de escritores maranhenses que também ficavam em praça pública foram transferidos para o Museu Artístico e Histórico do Maranhão.
Retirados da Praça do Pantheon após a ação de vândalos, as esculturas foram restauradas e não mais voltaram ao local depois da reforma da praça. No logradouro, as bases que um dia sustentaram os bustos estão pichadas e hoje servem de lixeira e até mesmo de banco para alguns frequentadores.
SAIBA MAIS
A sentença do juiz atende à Ação Civil Pública
interposta pelo Ministério Público em desfavor dos réus. Segundo o autor da
ação, prepostos do antigo Hotel Vila Rica, a pretexto de limparem a estátua,
causaram danos à obra, em razão da utilização de material inadequado que
retirou a camada de patina protetora de bronze, expondo-o à oxidação. Já o
município de São Luís foi denunciado por omissão, pois em 14 de dezembro de
2001 vândalos teriam causado dano à estátua, quebrando uma de suas partes.
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