Blocos Tradicionais do Grupo 'A' driblam a crise e realizam grandes desfiles
Segunda noite de desfile do Carnaval tem encanto
dos Blocos Tradicionais do Grupo A
Catirina e Pai Francisco, no desfile dos Reis da Liberdade'
GUSTAVO SAMPAIO E LUCAS VIEIRA/NA MIRA
Vinte blocos desfilaram na noite desse sábado (6), na Passarela do
Samba, no Anel Viário.
SÃO
LUÍS - Encantar. Este verbo foi a intenção de todos os blocos que passaram pela
Passarela do Samba, no Anel Viário, em São Luís, no segundo dia da programação
dos desfiles do Carnaval 2016.
A
abertura da última sexta-feira (5)registrou a diversidade de ritmos dos blocos do grupo B. Já
nesse sábado (6), foi a vez dos blocos tradicionais do Grupo A mostrar que
merecem estar onde chegaram - e que não devem sair tão cedo.
Abrindo
os desfiles, dois blocos que não participam da competição: o bloco da Apae; e o
bloco Boemios do Ritmo. Enquanto o primeiro entoava sobre O
Boi Mimoso no Reinado de Momo, o segundo versava sobre Os
Boemios de Todos Os Carnavais.
Abrindo a
disputa de melhor bloco tradicional do Grupo A, o bloco Os Gladiadores já
mostrava que a competição seria bem disputada - e não pouparam recursos. De
inúmeros pulos a fogos de artifícios, os brincantes levaram a sério o tema Pierrot,
da Comedia Dell'Arte A Imortal do Carnaval. Entretanto, a
utilização de recursos não foi exclusiva deste bloco. Em seguida, o Fênix
abusava do verde e dos papéis picados para falar do enredo Nós
e o Tempo.
E foi
falando de São Miguel Arcanjo, O Príncipe
da Paz, que o bloco Os Fenomenais adentraram a avenida. Propondo
paz nos tempos de festa, aproveitou o enredo para reforçar as cores marcantes
para a passarela: azul e branco. O momento era de paz, mas não de calmaria: o
bloco seguinte, Kambalacho do Ritmo, acelerava os passos abordando o próprio Kambalacho,
o Anjo Guerreiro, no desfile. Um ponto interessante do segundo dia
de apresentações dos blocos foi, inclusive, a sequência de homenagens. O sétimo
bloco do segundo dia, Reis da Liberdade, não fariam diferente. Em seu enredo, No
Terreiro Maranhão, O Fidalgo é Pai Francisco, o bloco saía da
avenida como forte candidata ao título.
Também em
alta entre o público da Passarela do Samba foi a apresentação do bloco Os
Vampiros. Mostrando que um verdadeiro vampiro não tem medo de luz, eles
vibraram no circuito com uma claridade impactante do verde vibrante do bloco,
no tema No Crepúsculo da Folia, Sou
Elfo Guerreiro da Alegria. Da Pensilvânia para o Egito: o bloco Os
Feras falou de terras egípcias no enredo De Ramsés à Passarela, a Grande
Festa dos Feras. Com trajes distintos entre os mais de 100
integrantes do grupo, o bloco aproveitou o tema para criar um clima de festejo
em seu trajeto.
Se os dois
blocos anteriores mostravam que o nível do Carnaval 2016 estava alto entre os
blocos, as palmas que o bloco Os Apaixonados receberam eram de abalar qualquer
paixão. Com o enredo Do Ser ao Renascer, o Voo da
Eternidade, o grupo mostrava que a noite era da paixão. Já para o
Príncipe de Roma, com seus trajes de palha e muito verde misturado, a noite era
de conquista - eles abordaram o temaDe
Braços Abertos: Príncipe de Roma, o Espantalho da Ilusão. Se em um
era promessa, e em outro já existia paixão, o bloco Originais do Ritmo chegava
à passarela mostrando que o amor já estava em chamas no enredo Do Princípio ao
Fim, o Elemento é Fogo.
Direto do
bairro da Ivar Saldanha, Os Diplomáticos arrebatavam a plateia com promessas de
alegria e enaltecendo a tradição. Em seguida, La Boêmios de Fátima usava o mar
para abusar do azul entre os brincantes, no tema A
Mágica História de Orfeu e Seu Eterno Amor. Do mar ao império, Os
Foliões buscaram na avenida dar o tom de majestades, por meio do enredo Sonho
Equinocial, a Descoberta do Paraíso. Com composição do cantor Roberto
Ricci - e tendo o mesmo como interprete na Passarela do Samba, Os Brasinhas
homenageavam Luís Gonzaga no tema Puxa o Fole Sanfoneiro, Chegou
o Rei do Baião.
Indo para a
reta final do segundo dia de desfiles, o público nem pensava em dispersar. Pelo
contrário, as atenção voltaram com tudo para a passarela com a entrada do bloco
Os Tremendões. Com o tema Os
Mistérios das Águas, no que dependesse da euforia do público, o
bloco se mostrava como forte candidato de 2016. Em seguida, Os Especialistas do
Ritmo retomavam as abordagens africanas dos blocos do Grupo B do dia anterior,
com o enredo O Encanto e a Magia das
Máscaras Africanas no Reinado da Folia.
Com a
desclassificação do bloco Os Indomáveis no Carnaval 2016, o caminho se tornou
mais fácil para os dois últimos blocos encerrarem, em grande estilo, o último
dia de desfiles para os Blocos Tradicionais. Os Fanáticos, direto do bairro da
Liberdade, bradavam a garra e versavam sobre o destino no tema Fanáticos,
Um Centurião na Corte de Momo. Mas foi em tom de celebração ao
Nordeste que o bloco Tropicais do Ritmo marcavam a Passarela do Samba. Com o
tema Maria Bonita e Lampião - O Amor no Cangaço, o bloco
deixava claro que o amor era a fórmula de sucesso para desfilar. Sem ele, nem
haveria Carnaval.
Terceiro
dia do Carnaval 2016
Neste domingo (7), desfilam na passarela os grupos
não-concorrentes de turmas de samba; às 19h, desfilam os grupos que concorrem
ao grupo de blocos organizados. Às 21h, será a vez da primeira noite do desfile
das escolas de samba.
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