Fábrica Santa Amélia restaurada é entregue pela Universidade Federal do Maranhão e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e a Universidade Federal do Maranhão entregam, no dia 7 de outubro de 2015às 16 horas, a obra de restauração da Fábrica Santa Amélia. Localizado na Rua Cândido Ribeiro, no Centro Histórico de São Luís (MA), o monumento nacional foi tombado em 1987. A Santa Amélia foi instalada em 1902 no prédio da antiga fábrica da Companhia de Lanifícios Maranhense, fundada em 1892, constituindo um rico testemunho da trajetória do empreendedorismo maranhense, refletindo o poderio da elite enriquecida pelo algodão.
Cândido Ribeiro, considerado o maior expoente desse empreendedorismo
e conhecido como o construtor de fábricas de tecidos, foi quem fundou o
Cotonifício, composto pelas fábricas Santa Amélia e São Luís, que exportava
para diversos estados do Brasil e alguns países da América Latina, empregando
670 operários em 294 teares com a produção de 3.500.000 metros anuais de brins
e riscados.
Encerrando suas atividades em 1966, a Fábrica Santa Amélia
permanece como monumento para a reflexão sobre arquitetura, industrialização,
expansão da cidade e sobre o trabalho, onde azulejos portugueses comungam o
mesmo terreno com estruturas de ferro, explicitando dois tempos: o auge da
cultura do algodão e o sonho de transformar o Maranhão agrícola em industrial.
A restauração deste monumento para abrigar o Campus avançado da Universidade
Federal do Maranhão com os cursos de Turismo e Hotelaria, além do resgate
histórico e da memória, recupera seu papel como elemento dinamizador do centro
da cidade.
A cidade
São Luís reúne o maior conjunto arquitetônico histórico da América Latina. São cerca de 5.600 imóveis dentro da área de tombamento. Desse total, cerca de 1.400 estão dentro da área de preservação considerada Patrimônio da Humanidade, sob a proteção do Iphan. O acervo arquitetônico resulta do período de prosperidade econômica do Estado, entre meados do século XVIII até o século XIX, a partir da criação, por iniciativa do Marquês de Pombal, da Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e Maranhão, que permitiu o enriquecimento do estado com a exportação do algodão e arroz.
A presença da Universidade no Centro Histórico, além de
garantir a reabilitação dos imóveis degradados, criará um polo de
sustentabilidade na área, atraindo novos usos. E estará engajada
fundamentalmente na formação e capacitação de mão de obra especializada na
preservação desse patrimônio.
Mais sobre a Fábrica Santa Amélia
Em 6 de abril de 1987, foi declarado de utilidade pública para fins de desapropriação conforme o Decreto Federal nº 94.191, todo o conjunto arquitetônico da Fábrica Santa Amélia, constituído da quadra formada pelas ruas das Crioulas, da Inveja, do Mocambo e São João, do remanescente da quadra ocupada pela Fonte das Pedras e a pracinha que a cerca; e ainda dos imóveis de nº 223, 251, 261 e terreno de esquina sem número, na Rua das Crioulas. Todos estes fronteiros à fábrica; além desses imóveis, os de nº 192/198 e 208, na mesma rua, totalizando uma área de terreno de 9.686m² e 4.527m² de área construída. A desapropriação pública correu em favor da Universidade Federal do Maranhão, que detém hoje a propriedade da Fábrica Santa Amélia e dos imóveis pertencentes ao seu conjunto.
Em 6 de abril de 1987, foi declarado de utilidade pública para fins de desapropriação conforme o Decreto Federal nº 94.191, todo o conjunto arquitetônico da Fábrica Santa Amélia, constituído da quadra formada pelas ruas das Crioulas, da Inveja, do Mocambo e São João, do remanescente da quadra ocupada pela Fonte das Pedras e a pracinha que a cerca; e ainda dos imóveis de nº 223, 251, 261 e terreno de esquina sem número, na Rua das Crioulas. Todos estes fronteiros à fábrica; além desses imóveis, os de nº 192/198 e 208, na mesma rua, totalizando uma área de terreno de 9.686m² e 4.527m² de área construída. A desapropriação pública correu em favor da Universidade Federal do Maranhão, que detém hoje a propriedade da Fábrica Santa Amélia e dos imóveis pertencentes ao seu conjunto.
O prédio da fábrica Santa Amélia, considerado um marco para
a história econômica e social do Maranhão e do Brasil, foi tombado no livro
histórico do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em 1º de
julho de 1987.
A antiga Fábrica de Tecidos Santa Amélia é um símbolo do
desenvolvimento econômico da antiga São Luís. Construída no século XIX e
tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), as
dependências da antiga fábrica localizada entre as Ruas do Mocambo e da Inveja,
com sua fachada principal na Rua das Crioulas (Cândido Ribeiro), no Centro,
está sob a responsabilidade da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e passou
por um processo de restauração minucioso, no qual traços estão sendo
preservados para que não haja perda de identidade e valor cultural do espaço
para abrigar os dois cursos da UFMA de Turismo e Hotelaria.
O projeto de restauração e adequação da Fábrica Santa Amélia
é uma parceria entre a Universidade Federal do Maranhão e o Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan, responsável pela supervisão
das obras, e também contou com recursos do Ministério do Turismo. Nove mil
metros quadrados foram restaurados e reabilitados ao custo total de
aproximadamente 15 milhões de reais.
Composto por oito prédios, o antigo complexo fabril contará
com uma biblioteca de 467 metros quadrados; um prédio central com 2.470 metros
quadrados; uma unidade hoteleira de 1.415 metros quadrados; uma empresa júnior
de turismo com 2.049 metros quadrados; um auditório com capacidade para 450
pessoas, equipado com cabine de tradução simultânea (5.585 metros quadrados); e
vários laboratórios com 309 metros quadrados. O espaço tem tudo para se tornar
um importante centro de pesquisa na área do turismo e de hotelaria.
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