Greve de professores de universidade federais completa dois meses
Na UFMA, os docentes aderiram à greve nacional um pouco mais
tarde.
SÃO LUÍS - Após dois
meses em greve, completados nesta terça-feira (28), os docentes das
Instituições Federais de Ensino (IFE) continuam mobilizados e pretendem
intensificar ainda mais a luta no mês de agosto, para avançar nas negociações
com o governo e alcançar conquistas reais para a categoria. Na pauta de
reivindicações dos docentes, entre outros, está a defesa do caráter público da
universidade, melhores condições de trabalho e ensino, garantia da autonomia
universitária, reestruturação da carreira docente e valorização salarial de
ativos e aposentados.
Na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), os docentes aderiram à greve nacional no dia 10 de junho.
Nesta quarta-feira (29), realizam assembleia para avaliar a mobilização
nacional e discutir medidas administrativas e judiciais sobre o calendário
acadêmico e a Resolução Consad 161, que segundo os docentes modificou todos os
critérios para progressão e promoção na carreira docente do Magistério Superior
na UFMA.
Na
última assembleia da Apruma - Seção Sindical do Andes – Sindicato Nacional,
realizada no dia 23 de julho, os docentes reiteraram a rejeição à proposta salarial
do governo e apresentaram uma contraposta sobre o item de reajuste salarial. Os
docentes repudiaram, ainda, a não apresentação de propostas aos outros itens da
pauta e por isso decidiram manter a greve na UFMA.
A
contraproposta com base em análises apresentadas pelo Comando Local de Greve da
Apruma, para ser apreciada pelo Comando Nacional de Greve do Andes e demais
seções sindicais, considera que apesar da reposição de 15,8% (distribuída em
2013, 2014 e 2015) os servidores federais, até julho deste ano, acumulam uma
defasagem de 23,07% de acordo com o ICV-Dieese e de 20,43%, de acordo com o
IPCA-IBGE. Neste sentido propõem ao governo: em janeiro de 2016: 20,43% +
auxílio alimentação igual ao do Poder Legislativo atual (R$ 784,75) + reajustes
do auxílio creche e do auxílio saúde conforme IPCA apurado até julho de 2015;
em 2017: IPCA de agosto de 2015 a julho de 2016 + aumento real de 2% +
reajustes de auxílios de acordo com o IPCA do período.
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