Racismo com ginasta repercute no governo

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Racismo com ginasta repercute no governo

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GINÁSTICA Caso de vídeo com injúrias entre atletas da seleção já é acompanhado por secretaria ligada à Presidência 

DE SÃO PAULO
 
Angelo Assumpção nem sequer competiria na etapa de São Paulo da Copa do Mundo, no início de maio. Mas a contusão do titular da seleção, Arthur Nory, 21, abriu espaço para a revelação de 18 anos ganhar ouro no solo, sua primeira medalha em um torneio de alto nível.

Duas semanas depois, o mesmo Nory levou novamente Assumpção do anonimato à notoriedade. Desta vez, o expôs negativamente.

Companheiro de clube Pinheiros e seleção, Nory --junto com outros dois ginastas (Felipe Arakawa e Henrique Flores)-- gravou e publicou um vídeo no aplicativo Snapchat em que faz injúrias raciais contra Assumpção, único negro da equipe.


No vídeo, divulgado pelo jornal "O Globo", os ginastas riem de comparações entre negros e a cor da tela de celular quebrada ou de sacos de lixo. "Seu celular quebrou: a tela quando funciona é branca... quando ele estraga é de que cor? (risos)", diz Nory. "Preto!", dizem outros atletas. E eles seguem: O saquinho do supermercado é branco... e o do lixo? É preto!".

Após repercussão negativa, os três (ao lado de Assumpção) publicaram pedido de desculpas e disseram que o vídeo era "brincadeira".

O governo federal disse à Folha que está acompanhando o caso. De acordo com a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, os ginastas cometeram dois crimes: injúria racial na esfera privada e incitação ao racismo, em razão da publicação do vídeo na internet.

A Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) afirmou que vai instaurar inquérito para encaminhar ao STJD da ginástica para definir eventuais punições aos atletas.

Em nota, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) disse que "não tolera racismo, preconceito e atitudes do gênero". Mas lembrou que "os atletas já se manifestaram arrependidos e a comissão técnica da seleção também já chamou a atenção deles". O COB ainda disse que apoia a CBG no trabalho educativo com eles.

Diego Hypolito, 28, defendeu os colegas de seleção em texto nas redes sociais.

"Sei o quanto nossa seleção é unida, não existe intolerância de nenhuma forma. Espero que esta fatalidade não interfira no sonho da classificação olímpica. Uma infeliz atitude que não é o reflexo interno. Conheço o Arthur Nory faz muito tempo e todos os meninos são do bem."

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