Um olhar do bairro Desterro em registros fotográficos

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Um olhar do bairro Desterro em registros fotográficos



Um olhar do bairro Desterro em registros fotográficos
Imagens do fotógrafo Vicente Júnior estão em exposição na sede da Fundação da Memória Republicana Brasileira, no Convento das Mercês.

02/11/2014 00h00

O cotidiano dos moradores do bairro Desterro

Este ano, a Feira do Livro de São Luís está sendo realizada na sede da Fundação da Memória Republicana Brasileira, o Convento das Mercês, e em outros espaços do Desterro, um dos mais antigos bairros da capital. E para homenageá-lo, o fotógrafo Vicente Júnior apresenta ao público sua primeira exposição fotográfica, Desterro: a cara da comunidade, que ficará em cartaz durante todo o evento, até o dia 9 deste mês.

Segundo o fotógrafo, foram as ruas, os casarões malconservados e as pessoas desse lugar que o motivaram a produzir as fotografias durante sua andança pelo bairro. Primeiramente, as fotografias eram apenas registros sem grandes pretensões, mas com o convite da organização da FeliS para expor as imagens, que já circulavam pela internet através de suas redes sociais, o olhar para as fotografias ganhou tom mais artístico e profissional. 


“Tive a oportunidade de adentrar alguns dos prédios decadentes, hoje cortiços onde pessoas vivem de maneira improvisada, e conversar com seus moradores, que passaram a se acostumar com minha presença por ali, a ponto de compartilharem comigo cafés e histórias sobre o presente e o passado, bem como suas expectativas para o futuro”, contou Vicente Júnior.

Radiografia - As fotografias de Vicente Júnior mostram um Desterro delineado por ruas estreitas e célebres, que outrora abrigaramgrandes bancos, armazéns e as melhores casas noturnas da cidade, sendo endereço da boemia e das mais refinadas casas de tolerância ludovicenses. Dentre tantos logradouros, um em particular, a Travessa Feliz, que trespassa o coração do bairro, chamou-lhe a atenção. 

“Ela tem uma atmosfera surreal. É excessivamente estreita. Os casarões ali estão muito decadentes, contudo, há moradores neles. Existem gatos abandonados e lixo por toda a parte. Há galpões com placa de ‘aluga-se’, outrora estes foram ocupados fábricas de gelo, muito comuns no bairro, assim como as gráficas. Há ainda uma hospedaria chamada Pousada Feliz no número 31, onde muitas vezes pude observar casais, convencionais, ou não, a entrar ou sair”, relatou.

O fotógrafo explica ainda que, apesar de todos os estigmas atribuídos ao bairro, como o do tráfico de drogas, violência e prostituição que caracterizam outro desterro, um desterro social, foi edificante essa convivência com a população. Para ele, é ao mesmo tempo impressionante o sentimento de comunidade que emana de seus habitantes. 

“Para mim, foi instintivo realizar este projeto ainda em andamento. Espero que a comunidade do Desterro possa se reconhecer nessas fotografias que nada mais são do que uma forma de evidenciar o bairro onde vivem, um lugar tão autêntico e pitoresco que tem o poder de nos transportar para um tempo onde a história do bairro conflui com a da cidade”, afirmou Vicente Júnior.

Mais
• O quê
Exposição Desterro: a cara da comunidade
• Quando
Até o dia 9 deste mês
• Onde
Fundação da Memória Republicana Brasileira (Convento das Mercês)

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