Joaquim Itapary lançará livro em São Bento

java redirecionamento

Tecnologia do Blogger.

Joaquim Itapary lançará livro em São Bento


Joaquim Itapary lançará hoje, às 20h, em São Bento, seu mais recente livro, Onde andará Willy Ronis?, dentro da programação da Reunião Anual 2014.

Um dos mais destacados e talentosos escritores maranhenses, cujos textos ilustram a página de crônicas semanais em O Estado, marcará presença na Reunião Anual 2014 da Academia Sambentuense de Letras, que acontecerá hoje e amanhã, no município de São Bento. O maranhense, como parte integrante da programação do evento, lançará seu mais recente livro, intitulado Onde andará Willy Ronis? O encontro literário em São Bento reunirá diversos conferencistas e outros escritores que lançarão obras. Além disso, haverá conferências e o tema central será Academia e Cultura.

Joaquim Itapary, que nasceu em São Bento, fará o lançamento de Onde andará Willy Ronis às 20h, na escola estadual Dom Francisco. A obra é, na verdade, uma coletânea de crônicas que ele escreveu entre os anos de 2000 a 2007, as quais foram todas publicadas em edições de O Estado. Uma das crônicas intitula o livro e está na página 116.


“Essa crônica que escrevi inspirado por um quadro que contemplei em um restaurante de São Luís de autoria do fotógrafo francês Willy Ronis, que registrava os fatos com muita sensibilidade, razão pela qual foi bastante premiado, inclusive tendo recebido medalha de ouro na Bienal de Veneza. O quadro retratava uma criança e me perguntei: o que teria acontecido com a vida dessa criança?”, detalhou Joaquim Itapary, afirmando que tem mais crônicas publicadas em O Estado de 2007 a 2014, que renderão outro livro, ainda sem previsão de lançamento.

Quadro – Em Onde andará Willy Ronis?, com 249 páginas, Joaquim Itapary apresenta fatos do dia a dia da cidade de São Luís, o cotidiano das pessoas, a vida política, entre outros elementos, inspirados na emoção que sentiu ao ver o quadro de Ronis, que é um dos representantes mais ilustres do movimento humanista francês do pós-guerra e que morreu aos 99 anos, em 2009. Grande parte da obra dele é composta por retratos de amantes e por cenas de Paris, assim como a cena contemplada pelo escritor no restaurante, tendo como protagonista uma criança.

São 88 crônicas no total. Em Gonçalves Dias: Enfim Sós, nas páginas 26 e 27, por exemplo, o autor faz sua crítica ao descaso dos poderes públicos para com o estado de conservação das palmeiras na Praça Gonçalves Dias, homenageadas pelo poeta na literatura. “Desde quando Gonçalves Dias cantou as palmeiras do Maranhão quase todo poeta passou a se apresentar como um palmeiro de procissão do Dia de Ramos, também carregando a sua palma. Aquele que não cantou a sua palmeira, certamente haverá cantado qualquer outro vegetal, trazendo-o sobraçado, a modo de escudo, para os torneios poéticos”.

E mais: “Quem olha parece que dissimula, faz de conta que não vê o estado de calamidade em que se acha aquele patrimônio cultural nosso. Mais grave: se gasta dinheiro público para construir praça nova, logo abaixo, que sem dúvida terá fim idêntico. E vereadores assentem e concordam, coonestam e aprovam tudo, lábios e gestos trancados nos gabinetes. É incrível, mas as palmeiras vão morrer todas!”.

O autor também analisa as mazelas sociais, tais como a violência, e a impunidade. Em Crônica Segunda do Carnaval, ele escreve: “Enfim, perdemos o trem da história. Somos uma nação desigual, perversa, dual, exatamente por causa disso. De que adiantará, agora, depois de termos jogado pelas largas janelas desse enorme trem do tempo tantas oportunidades históricas de construirmos uma nação justa, solidária e pacífica, editarem leis reduzindo a idade penal?”.

O escritor, em sua viagem a São Bento, leva na bagagem 60 exemplares de seu livro, os quais serão doados a escolas públicas e particulares do município. A obra é a 15ª editada com a chancela da Academia Sambentuense de Letras, fundada em 18 de abril de 2002, e na qual o escritor ocupa a Cadeira de número 5, do Quadro de Sócios Efetivos. O presidente atual da Academia Sambentuense de Letras é Sanatiel de Jesus Pereira. Joaquim Itapary é autor de outras obras, entre elas Do Incerto Ócio (1989), A Falência do Ilusório: Memória da Companhia de Fiação e Tecidos do Rio Anil (1995), Sob o Sol (2000), Crônicas Tapuiranas (2007), e muitas outras.
Serviço

• O quê

Lançamento do livro Onde andará Willy Ronis? de Joaquim Itapary

• Quando

Hoje, das 20h

• Onde

Escola Dom Francisco, em São Bento

• Entrada franca

0 comentários:

Postar um comentário

visualizações!