Chega ao fim mais uma edição do Festival Guarnicê de Cinema, neste sábado, no Cine Praia Grande

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Chega ao fim mais uma edição do Festival Guarnicê de Cinema, neste sábado, no Cine Praia Grande

Chega ao fim mais uma edição do Festival Guarnicê de Cinema. A solenidade de encerramento acontece hoje, às 19h, no Cine Praia Grande, com o anúncio dos filmes vencedores e a participação do ator maranhense Rômulo Estrela. Este ano, 36 produções, sendo 15 delas maranhenses, concorrerão ao prêmio de melhor longa e melhor curta-metragem.

O evento é uma realização da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), por meio do Departamento de Assuntos Culturais (DAC) da Pró-Reitoria de Extensão (Proex) e Fundação Sousândrade (FSADU) e é patrocinado pelo Banco do Nordeste, Petrobras e Vale.


Este ano, o festival terá três premiações alternativas, concedidas por uma Resolução Legislativa da Assembleia Legislativa do Maranhão. A resolução 546/2008, intitulada de Prêmio Cinematográfico Assembleia Legislativa do Maranhão, atesta que a Assembleia destinará aos trabalhos audiovisuais, realizados no Maranhão ou sobre o estado do Maranhão e por maranhenses, vencedores do Festival Guarnicê de Cinema, prêmios divididos em três categorias. O Prêmio Mauro Bezerra destina-se ao melhor documentário em curta-metragem; o Prêmio Bernardo Almeida para o melhor vídeo em curta-metragem e o Prêmio Erasmo Dias para o melhor filme em curta-metragem. Em cada premiação, será dado ao vencedor o valor de 10 salários mínimos.

"Foi uma grata surpresa para nós, da comissão organizadora do Guarnicê, a notícia dessa premiação paralela de incentivo à produção audiovisual local. Fomos informados de que a resolução legislativa já existe desde 2008 e até então não sabíamos. É mais um estímulo para que o Maranhão possa produzir cada vez mais cinema", conta Gersino dos Santos, diretor do Departamento de Assuntos Culturais da Universidade Federal do Maranhão e coordenador geral do Festival Guarnicê de Cinema.

Um dos curtas exibidos durante o Festival Guarnicê de Cinema, Ruas, é dirigido por Nayra Albuquerque. "O Ruas fala um pouco sobre a tradição oral. Sobre a contação de histórias que encontramos com muita facilidade pelas ruas e becos do centro da cidade. Partindo da curiosidade pelos nomes de algumas destas ruas, eu fui buscar isso: a lenda, a invenção que paira em torno de nomes como Rua da Inveja, por exemplo. E essa riqueza de linguagem é patrimônio nosso também. Então, o vídeo vai por este caminho: o rumo da brincadeira, da imaginação e da invenção", ressalta Albuquerque.

Integrante do novo cenário audiovisual maranhense, a diretora diz que o aumento quantitativo na produção cinematográfica local se dá pela facilidade de acesso aos equipamentos básicos e pela maior possibilidade de veiculação. "Mesmo sem um curso de formação, sem um mercado nesta área, têm surgido produções maravilhosas aqui. Tenho aprendido muito com o que vejo dos maranhenses. E talvez até esteja se formando um movimento, tenho a impressão de que quase todos querem falar a mesma coisa, só que por diferentes vieses", analisa Nayra Albuquerque.

Durante a semana, várias atividades culturais e socioeducativas foram realizadas. Na UFMA, foram promovidas oficinas de cinema; no Teatro Cidade de São Luís (Centro) foram conferidas atividades culturais para alunos da rede pública de ensino, como a exibição de filmes educativos e no Cine Praia Grande, aconteceu a exibição de filmes da mostra competitiva, mostra francesa e mostra Cenário Brasil, além de um bat- papo com o ator Rômulo Estrela sobre a profissão de ator e o mercado de trabalho.

Sucesso - Para Gersino Santos, a edição deste ano superou em muito as expectativas em relação a edição do evento no ano passado. "Como havia assumido a coordenação do DAC pouco antes do início do Guarnicê 2013, o festival foi realizado no Campus da UFMA e não teve uma grande programação. Este ano, com um pouco de experiência à frente do DAC, houve uma progressiva melhora. É perceptível que este ano o festival superou todas as nossas expectativas", descreve.

Sucesso de público, o 37º Festival Guarnicê de Cinema mobilizou cerca de 4 mil pessoas desde sua solenidade de abertura, que aconteceu na segunda-feira (21), em que foi exibido o longa-metragem Tatuagem, do diretor pernambucano Hilton Lacerda. "Realizar um festival como o Guarnicê exige muito trabalho, muita organização. Ter uma história como ele tem exige mais trabalho ainda", comenta o estudante de Jornalismo, Arlan Azevedo.
Saiba Mais

Inicialmente chamado de Jornada Maranhense de Super 8, o Festival Guarnicê de Cinema completa quase quatro décadas de história e é o quarto festival mais antigo do país e o segundo mais antigo promovido por universidades públicas brasileiras e tem como público-alvo, além da comunidade universitária, todos os interessados na linguagem cinematográfica.

O evento possibilita a difusão de expressões culturais por meio da mostra de filmes franqueadas ao público e nos últimos trinta e seis anos conseguiu reunir e exibir significativo número de filmes e congregar realizadores audiovisuais de diversas procedências numa troca de experiências enriquecedoras no âmbito da realização da arte cinematográfica.

Ao longo dos anos, o Festival Guarnicê de Cinema acompanhou a transição dos formatos e suportes da realização fílmica: a película super 8, 16mm e 35mm, a fita VHS, Betacam e o digital, ao mesmo tempo em que ganhava, na sua execução, a abrangência nacional e internacional.

Guarnicê se refere a um momento que antecede a preparação do bumba meu boi, em que os brincantes se reúnem em torno da fogueira para esquentar os seus tambores e pandeirões, cantando a toada que anuncia a chegada do boi.
Serviço

• O quê

Encerramento do 37º Festival Guarnicê de Cinema

• Quando

Hoje, a partir das 19h

• Onde

Cine Praia Grande

• Entrada gratuita
Fonte: Caderno Alternativo - Jornal O Estado do Maranhão , de 26 de julho de 2014.

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