Festa do Divino Espirito Santo e aberta em Sao Luis e Alcantara

java redirecionamento

Tecnologia do Blogger.

Festa do Divino Espirito Santo e aberta em Sao Luis e Alcantara



A Festa do Divino Espírito Santo, um dos eventos religiosos mais tradicionais do Maranhão, foi aberta oficialmente na noite de ontem em São Luís e também na cidade de Alcântara. O início da festa foi marcado pelo levantamento do mastro - um tronco decorado com comidas e bebidas - que é levado pela população pelas ruas até o local do evento. O mastro é hasteado com a bandeira do Divino.
Na capital maranhense, a programação do evento está sendo realizada, principalmente, na Casa de Nagô (Rua Candido Ribeiro) e na Casa das Minas (Rua de São Pantaleão), ambas localizadas no bairro Madre Deus, no centro da cidade. Na noite de ontem, nesses dois locais de culto afro, foi realizado o levantamento do mastro, marcando o início das comemorações e, após o ato, foram iniciadas as visitas ao império, bem como as missas, ladainhas e cerimônias.
Na Casa das Minas, que é o terreiro de tambor de mina mais antigo de São Luís, serão desenvolvidas atividades especiais em alusão aos 150 anos de Festa do Divino da casa. No local, as atividades foram iniciadas no dia 25 deste mês, com a abertura da tribuna e a busca do mastro. Nos próximos dias, serão realizados cortejos, visitas aos impérios, ladainhas, alvoradas, entre outras atividades. "A expectativa é muito boa e desejamos que o Espírito Santo ilumine todos nós", disse Euzébio Pinto, huntó-chefe da Casa das Minas.
Alcântara - Na cidade de Alcântara, acontece a Festa do Divino mais tradicional do estado, que é destaque no Maranhão e referência no Brasil, atraindo turistas de diversos locais. As comemorações foram iniciadas ontem e seguirão até o dia 8 de junho. Ao longo dos próximos dias, acontecerão as visitas ao império, missas, ladainhas e cerimônias, encerrando com o derrubamento do mastro e o fechamento da tribuna, com o carimbó de caixeiras.
A festa acontece em frente à tribuna, em salão que representa o palácio real, especialmente decorado para este fim. A abertura e o fechamento desse espaço marcam o começo e o fim do festejo e, durante esse período, desenvolvem-se várias etapas, formando um conjunto de simbologias que completam o ritual religioso, que dura até 15 dias. O trono está sob a guarda da senhora Kátia Maria dos Anjos Pereira, representada pela menina Lívia Maria Amorim Santos.
Significado - Conforme a tradição, toda a festa do Divino gira em torno do império ou reinado. Crianças representando a corte imperial usam trajes de nobres e são tratadas como tais durante os dias da festa. O império do Divino se estrutura de acordo com a hierarquia, no topo da qual estão o imperador ou a imperatriz. Abaixo se posicionam os mordomos-régios e as mordomas-régias e o mordomo-mor e a mordoma-mor.
O culto ao Divino Espírito Santo iniciou-se na cidade de Alenquer (Portugal), no século XIII, por iniciativa da rainha Dona Isabel, devota do Espírito Santo. No Brasil, essa tradição começou no século XVI. No Maranhão, teve início por volta do século XVIII. A tradição da festa do Divino está firmemente enraizada entre a população da cidade de Alcântara, de onde teria se espalhado para o resto do estado, tornando-se muito popular entre as diversas camadas da sociedade.
A cada ano, ao final da festa, imperador e imperatriz repassam seus cargos aos mordomos que os ocuparão no ano seguinte, recomeçando o ciclo. No Maranhão, entre os elementos mais importantes da festa do Divino estão as caixeiras: senhoras devotas que cantam e tocam caixa acompanhando todas as etapas da cerimônia. As caixeiras no Maranhão são, em sua maioria, mulheres negras com mais de 50 anos. Elas são portadoras de uma rica tradição, que se expressa nas cantigas que pontuam cada uma das etapas da festa.

Mais

A Festa do Divino Espírito Santo é realizada via Lei Estadual de Incentivo á Cultura. Neste ano, o Projeto Divino Maranhão alcançará 32 municípios dando apoio a 200 festas em todo o estado. A festa em São Luís está associada não só ao Espírito Santo, mas também a outros santos católicos e de casas de culto afro-maranhenses. O culto é marcado pelo sincretismo religioso. A tradição trazida pelos portugueses recebeu contribuições das culturas indígenas e, principalmente, africanas.
http://imirante.globo.com/oestadoma/noticias/2014/05/29/pagina268641.asp

0 comentários:

Postar um comentário

visualizações!