Brasil esta na lista de paises mais mortais para jornalistas
Portal Comunique-se
Treze dias depois de o Brasil ser reconhecido como o quarto país em número de jornalistas assassinados (leia mais aqui), o Comitê de Proteção a Jornalistas (CPJ) publicou o estudo "Índice de Impunidade" em que o país figura como 11º mais mortal para profissionais da imprensa.
"O governo brasileiro se comprometeu a abordar seu elevado índice de impunidade e apoiar novas medidas, tais como a lei que outorga à polícia federal a jurisdição para investigar os crimes contra jornalistas quando existam indícios de falhas ou incompetência por parte das autoridades estaduais. O grau de adoção e implementação destas medidas durante os próximos 12 meses será uma prova de fogo da vontade política do governo para reforçar a luta pela justiça que vá além da retórica", diz o texto do estudo.
O estudo
De acordo com o CPJ, 96% das vítimas são jornalistas nacionais e a maioria se dedicava à cobertura de política, corrupção e guerra em seus respectivos países; as ameaças frequentemente antecedem os assassinatos e, pelo menos 40% dos homicídios de jornalistas, as vítimas informaram ter recebido ameaças; os assassinos têm a intenção de transmitir uma arrepiante mensagem a todos os meios de comunicação de imprensa, já que quase 33% dos jornalistas assassinados foram ou capturados ou torturados antes de sua morte; os grupos com objetivos políticos, entre eles as facções armadas, são suspeitos de serem os autores materiais em mais de 40% dos homicídios.
De acordo com o CPJ, 96% das vítimas são jornalistas nacionais e a maioria se dedicava à cobertura de política, corrupção e guerra em seus respectivos países; as ameaças frequentemente antecedem os assassinatos e, pelo menos 40% dos homicídios de jornalistas, as vítimas informaram ter recebido ameaças; os assassinos têm a intenção de transmitir uma arrepiante mensagem a todos os meios de comunicação de imprensa, já que quase 33% dos jornalistas assassinados foram ou capturados ou torturados antes de sua morte; os grupos com objetivos políticos, entre eles as facções armadas, são suspeitos de serem os autores materiais em mais de 40% dos homicídios.
O que precisa ser feito para combater a violência contra jornalistas?
No início deste ano, diante de um quadro tão grave, o Comunique-se entrou em contato com entidades jornalísticas e fez a pergunta que não quer calar: O que precisa ser feito? Como as organizações se movimentam para combater a violência e como cobram ações das autoridades?
No início deste ano, diante de um quadro tão grave, o Comunique-se entrou em contato com entidades jornalísticas e fez a pergunta que não quer calar: O que precisa ser feito? Como as organizações se movimentam para combater a violência e como cobram ações das autoridades?
Para a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), combater a impunidade é um excelente começo. De acordo com o secretário-executivo da instituição, Guilherme Alpendre, o trabalho da entidade é “manter aceso o debate sobre questões de segurança tanto na imprensa quanto em instâncias governamentais que têm mandato para obrigar ao cumprimento de medidas de proteção”.
A vice-presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Maria José Braga, defende a criação de uma política pública específica para garantir a integridade física dos jornalistas e demais trabalhadores da comunicação. Como exemplo, ela cita o “estabelecimento de normas para a atuação das polícias em manifestações públicas”. No mesmo âmbito, tem trabalhado a Associação Nacional dos Jornais (ANJ), segundo seu diretor, Ricardo Pedreira, que estuda a possibilidade da criação, junto ao Congresso, de um protocolo padrão de atuação para os agentes em atos públicos.
Com o objetivo de promover práticas para colaborar com a segurança de seus associados, a Abraji já apoiou treinamentos de jornalistas, assim como a ANJ cogita a recomendação de cursos para os veículos que representa, que somam mais de 90 por cento da circulação brasileira de jornais.
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