Com o intuito de apresentar leituras diferenciadas de peculiaridades do Carnaval ludovicense e, por consequência, da cultura maranhense, as obras em exposição retratam personagens como o fofão, o pierrot e a colombina, a tradição dos carnavais de rua e dos blocos tradicionais, entre outros aspectos de brincadeiras realizadas no período carnavalesco de São Luís.

"Essa é a primeira de muitas que virão. Vamos fechar um calendário anual com essa mostra, que tem como objetivo divulgar as tradicionais brincadeiras da cultura maranhense e retratar o cotidiano do nosso Carnaval e a nossas brincadeiras da cultura popular," destaca o artista plástico Waldemar Barros, coordenador da mostra.

As 16 telas que estão em exposição têm dimensões variadas e são um passeio por técnicas, visões e estilos diferentes, do figurativo ao abstrato, passando pelo realismo, expressionismo e impressionismo. Nesta edição, apenas a linguagem da pintura está representada, mas, segundo Waldemar Barros, a ideia é integrar outras formas de expressão artística nas próximas edições, como esculturas e instalaçoes. "Nesta só trouxemos a pintura em óleo sobre tela e acrílico sobre tela. Mas, a ideia é integrar outras linguagens para as próximas edições", assinala o coordenador.

Artistas - Entre os artistas que participam da mostra estão os artistas plásticos Waldemar Barros, José das Graças, Américo, Vitor Rego, Rogério Martins, Beto Lima, Sônia Muniz, Thiago Azevedo, Luziney, Betto Pereira, Eduardo Nascimento, Cadu, Wender Joy, Claudionor Pereira, José Fernando e Maria Rosineide.

A obra do artista Rogério Martins é uma homenagem póstuma a Joãosinho Trinta, o maranhense que ganhou fama nacional como um dos maiores e mais respeitados carnavalescos do país. Nas pinceladas de Rogério, Joãosinho expressa a alegria e o jeito despojado com que sempre conduziu escolas de samba.

Já o carioca Thiago Azevedo lança mão de uma de suas conhecidas figuras femininas, temática recorrente em sua trajetória artística, para mostrar uma típica foliona dos bailes de Carnaval. O artista plástico Américo mostra a leveza e o gingado dos dançarinos do tambor de crioula. Sônia Muniz, por sua vez, leva para a apreciação pública o detalhe da batida do tambor.

Beto Lima, numa linguagem abstrata, utiliza traços e cores para criar um cenário onde os fofões comandam a festa momesca. Luzinei e Eduardo Nascimento, cada um ao seu estilo, também representam o fofão. Esse que é um dos personagens mais representativos do Carnaval maranhense, com seus trajes coloridos e máscaras assustadoras.