Banda Bandida se apresenta no Bloco da Imprensa
Bandida de volta à Beira-Mar
Bloco carnavalesco retorna aos cortejos no Centro Histórico, hoje, às 17h30, depois de ter feito prévias em locais como Avenida Litorânea.
ALTERNATIVO / O ESTADO DO MARANHÃO
O ditado popular “o bom filho à casa torna” vem bem a calhar quando o assunto é a temporada pré-carnavalesca da banda Bandida. É que o grupo, cujo símbolo é uma boneca gigante que arrasta foliões por onde passa, retorna, em 2013, ao seu berço: o percurso Beira-Mar/Centro Histórico de São Luís.
Hoje, a banda de palco do grupo faz uma participação no Bloco da Imprensa, que começa às 17h30 na Praça dos Catraeiros (Praia Grande). Além da banda da Bandida, o Bloco da Imprensa, que este ano tem como tema “Imprensa Q Muda”, terá ainda a presença do bloco tradicional Os Feras, bateria da Turma do Quinto, Bicicletinha do Samba e Turma do Vandico.
Para um dos organizadores da Bandida, o jornalista Raimundo Garrone, a grande novidade para este ano é mesmo a volta do bloco ao seu local de origem, fazendo jus a um dos grandes sucessos bloco, a música Hino, que embala os foliões desde os primeiros anos da manifestação. “Pacotilha, João Lisboa/ Praia Grande/ Ela vem da Beira-Mar/ Pode quem vai/ Pode quem Vem/ Vem de avião/ Que eu vou/ Pegar o trem”, diz a letra cuja autoria é de Erivaldo Gomes e que foi composta durante a primeira reunião da Bandida, antes mesmo da banda estrear nas ruas.
Ano passado, o grupo realizou a temporada pré-Carnaval na Península da Ponta D’Areia. “Resolvemos retornar ao Centro Histórico de São Luís porque entendemos que muitas pessoas de bem deixaram de frequentar o local. A volta da Bandida para lá é uma forma de brigarmos pelo Centro Histórico de São Luís”, diz Garrone.
Mesmo fazendo hoje uma participação no bloco da Imprensa, a Bandida fará, oficialmente, três cortejos carnavalescos com concentração na Avenida Beira-Mar a partir das 16h. A festa será nos próximos três sábados (19 e 26 de janeiro e 2 de fevereiro). “Nossa intenção é promover a alegria, fazer com que o folião se sinta em casa”, diz Garrone.
Para tanto, os organizadores da Bandida tiveram uma reunião com o Secretário de Estado de Segurança Pública, Aluísio Mendes que garantiu a segurança para a realização das prévias carnavalescas no Centro Histórico. Durante o cortejo, os foliões puxados pela boneca percorrerão as ruas do Centro Histórico ladeadas pelos casarões tombados patrimônio cultural da humanidade. Diferente do que ocorreu ano passado, quando os cortejos encerravam com festas em ambiente fechado, este ano o bloco optou por não fazer desta forma e permanecerá apenas com os cortejos.
Os fãs da Bandida em São Luís poderão curtir a banda apenas no pré-Carnaval, já que nos dias oficiais da folia o bloco se apresentará nas cidades de Caxias e Pinheiro. Neste último, haverá um encontro que promete ser memorável. “Vamos fazer apresentações ao lado de um dos blocos tradicionais de lá, que são As Patifas”, adianta Garrone.
Bloco – A Banda Bandida existe há 13 anos e ao longo deste tempo arrasta foliões de todos os cantos da cidade. O grupo, que começou a desfilar pelas ruas históricas em 2000, mudou algumas vezes de cenário. A banda, que nasceu da vontade de um grupo de amigos em fazer um Carnaval de rua livre de convenções, percorria, nos primeiros anos da década passada, as ruas do Centro Histórico de São Luís.
Com o tempo e o sucesso cada vez maior da banda, o número de foliões aumentou significativamente e o Centro da Cidade ficou pequeno para acomodar a multidão de fãs da boneca. Isto fez com que a comissão organizadora aceitasse o convite feito pelo Governo do Estado que propôs a mudança para a Avenida Litorânea.
Em 2010, em vez de percorrer as ruas do Centro da cidade, a Bandida optou para fazer o cortejo à beira das praias de Calhau, São Marcos e Caolho. O grupo permaneceu na Litorânea até 2011, quando nasceu a ideia de fazer incursões pela Ponta d’Areia.
Boneca – Símbolo do bloco, a Bandida ainda é a mesma do começo do bloco. Criação da artista plástica Marlene Barros, a cada Carnaval a boneca passa por uma espécie de banho de beleza, uma recauchutagem. “Dizemos que ela para o ateliê da Marlene Barros para dar uma revigorada no silicone, na maquiagem e na fantasia”, brinca Garrone.
Um aspecto que chama a atenção no bloco é o repertório. Além das músicas dos dois CDs da banda, lançados respectivamente em 2003 e 2010, os foliões são embalados por marchinhas antigas, frevo e música maranhense em geral. Compõe o primeiro disco músicas de compositores como Alê Muniz, Joãozinho Ribeiro, João Fares e Erivaldo Gomes. O segundo álbum traz nomes como Gerude, Luciana Simões e Alê Muniz e Zeca Baleiro, em parceria com Erivaldo Gomes. Para o Carnaval 2013 o bloco promete o lançamento de uma música composta por Luís Lima.
Para embalar os amantes da folia de Momo, foram montadas duas bandas. A de chão é composta por instrumentos de sopro, enquanto que a de palco tem uma formação mais tradicional. A banda de chão é a que acompanha o cortejo, já a de palco é uma banda montada para shows. “A Bandida reúne 32 músicos, sendo 20 destinados aos cortejos e 12 para a banda de palco”, salienta Garrone.
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