Rufam os tambores em homenagem a São Luís

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Rufam os tambores em homenagem a São Luís

Tambores e pungadas animam segunda noite de festa pelos 399 anos de São Luís



Nesta terça-feira (06), em comemoração ao Dia Municipal do Tambor de Crioula, a Prefeitura de São Luís, por meio da Fundação Municipal de Cultura (Func) e em parceira com a Secretaria Municipal de Planejamento (Seplan), dedica uma noite especial aos grupos de Tambor de Crioula, como parte das comemorações dos 399 anos da capital maranhense.

Para agraciar a homenagem a estes ícones da cultura popular maranhense e Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro, a partir das 19 horas, 25 grupos de Tambor de Crioula se apresentarão, simultaneamente, em diversos pontos da Praça Maria Aragão.

Dois mestres da cultura popular também receberão homenagens pela Prefeitura, mestre Canuto Santos, responsável pelo Tambor de Crioula Milagre de São Benedit, e a coreira Hildenêr Barbosa, responsável pelo Tambor de Crioula Coração de São Benedito.

Na sequência, a partir das 21h, subirão ao palco da Maria Aragão a banda Mákina do Tempo, Eugênia Miranda e, para encerrar a noite, Anderson Fayon.


Os homenageados


Hildenêr Barbosa- Nascida em Guimarães, no interior do Maranhão, em 23 de abril de 1929, onde teve os seus primeiros contatos com a cultura popular por meio da paixão do pai e da mãe pelo Bumba-meu boi, Hildenêr veio para São Luís aos 12 anos de idade.


Ao chegar à capital, Dona Hildenêr começou a dançar no Boi de Nelson Correa. Mas foi aos 20 anos que ela encontrou a sua maior paixão: o Tambor de Crioula. A coreira começou sua trajetória dançando em brincadeiras alheias, até que o seu marido fundou o Bumba-meu-boi Caprinho de Oliveira, de sotaque de zabumba.

Com o falecimento do seu marido, Hildenêr decidiu, em 24 de janeiro de 1974, fundar o seu próprio Tambor de Crioula que, em 2011, passou a ser chamado Tambor de Crioula Coração de São Benedito.

Hildenêr fala com muito orgulho do papel de mestre da cultura popular. “Tenho a maior satisfação em dizer que dediquei 62 anos da minha vida ao Tambor de Crioula”. E completa: “Fico muito feliz pela homenagem, pois é muito importante o reconhecimento do dom que a gente tem”.

Canuto Santos - Também nascido em Guimarães, no dia 19 de janeiro de 1925, mestre Canuto, como é conhecido, tem o seu amor pela cultura popular como uma herança deixada pelos seus pais que, ainda no interior, o levava para as brincadeiras de Bumba-meu-boi.

Quando tinha sete anos, ele veio para capital com a família e aos 19 anos começou a sua trajetória cultural como brincante de Bumba-meu-boi. No ano de 1956, ele fez uma promessa de organizar o seu próprio Bumba-meu-boi que teria sede na sua cidade natal. Foi quando Raimundo Hemetério, conhecido como Misico, lhe convidou para fazer parte do Bumba-meu-boi de Vila Passos, fundado em 1920.



Com o falecimento de Misico, em 1969, Canuto deu continuidade ao seu trabalho e, em 22 de fevereiro de 1988, fundou o Tambor de Crioula Milagre de São Benedito que, até hoje, promove o ritmo e a beleza da manifestação pela Maranhão e pelo mundo. Mestre Canuto, além de confeccionar instrumentos e indumentárias, tem grande paixão em tocar tambor.



“No Tambor de Crioula eu sei fazer de tudo um pouco, mais o que mais me realiza é pôr o tambor pra tocar”. Ele fala com orgulhoso sobre as diversas homenagens feitas ao seu trabalho: “Mesmo após 80 anos dedicados à cultura, ainda posso ter o prazer de ser homenageado. É muito gratificante ter o trabalho reconhecido”, finalizou.

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