Obras para reforma da Rua Grande voltam a ser adiadas e ficam para março
Última previsão de início, anunciada
pelo Iphan, era para este mês
Projeto estaria passando por avaliação
final, o que levou ao novo adiamento
LUCIENE VIEIRA –
JORNAL PEQUENO
A reforma da Rua Grande deve ser iniciada no mês de março
deste ano, segundo o superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional (Iphan) no Maranhão, Maurício Abreu Itapary. A obra de
requalificação urbanística, cuja ordem de serviço foi assinada e licitada por
Regime Diferenciado de Contratação Integrado (RDCI), em 2015, já teve várias
datas para início adiadas, sendo as últimas junho de 2016 e este mês de
janeiro. O programa tem como objetivo revitalizar o centro comercial de São
Luís e, atualmente, o projeto executivo, que é a etapa final de planejamento
antes de dar início à obra de revitalização, já teria sido entregue e
aguarda apenas ser aprovado pelo Iphan.
Na manhã de ontem (11), em entrevista ao JP,
Maurício Itapary disse que o consórcio de empresas responsável pela
revitalização da Rua Grande demorou entregar o projeto executivo ao Iphan,
tendo sido encaminhado ao órgão há apenas 20 dias. “As empresas demoraram a nos
entregar o projeto executivo da Rua Grande. Estamos analisando-o e, numa
perspectiva otimista, primeiro trimestre de 2017; até março, ele será colocado
em prática”, disse. Ele afirmou que nessa fase está sendo analisada a
compatibilidade do projeto executivo com os complementares, estes já aprovados.
Pelo modelo do RDCI, a Vitral – empresa genuinamente
maranhense, que atua no mercado de construção civil – e a empresa pernambucana
ABI, ambas vencedoras do processo de licitação, são responsáveis não apenas
pela execução da obra, mas também pela elaboração do projeto executivo, etapa
que no modelo antigo de licitação era feito pelo poder público, encurtando o
tempo entre a publicação do edital de licitação e a homologação.
O investimento previsto é de R$ 28.589.157,91, e faz parte do PAC
Cidades Históricas, que tem o objetivo de revitalizar ainda as praças Deodoro e
do Pantheon. De
acordo com Maurício Itapary, as obras devem durar cerca de um ano e meio, e
serão feitas em dez etapas, para que o comércio na área não tenha que fechar as
portas durante os trabalhos.
Conforme o superintendente do Iphan, ainda não está
determinado em qual sentido da Rua Grande a obra começará. Ele informou que
alguns detalhes devem ser acertados com a Prefeitura de São Luís, tal como a
presença dos vendedores ambulantes na via. “A Prefeitura tem um convênio com o
Iphan, que se compromete em liberar o espaço para que possamos trabalhar por
trechos, sendo que vamos executar as obras em dez etapas, e assim evitar parar
total o comércio”, frisou.
Ele disse ainda que, antes de dar início à obra, o Iphan se
reunirá com a Associação Comercial de São Luís (ACM) e com diretores lojistas,
para passar a forma de como será a execução. Conforme Maurício Itapary, cerca
de 75% dos projetos relacionados ao total de obras do PAC Cidades Históricas já
estão finalizados, havendo oito obras em andamento.
OBRA
No projeto urbanístico da Rua Grande está incluso a troca
do piso de
paralelepípedos por granito, sendo que a via será nivelada e não terá mais
calçadas. Também será feito o embutimento da fiação elétrica e telefônica; as
fiações aéreas comprometem a aparência estética do conjunto de casarões da via.
Também serão instalados postes de iluminação e equipamentos
urbanos (lixeiras, jardineiras, bancos colocados em pontos estratégicos para
não comprometer a visão das fachadas que ainda preservam as características
arquitetônicas originais, iluminação artística, acessibilidade, sinalização e
outros). Os equipamentos serão instalados de modo a permitir que em caso de
emergência ambulâncias e outros veículos do tipo possam se deslocar com
facilidade.
O PROGRAMA
O PAC foi laçado em 2009 no Brasil,
e implantado em setembro de 2013 em São Luís, com um valor total de R$ 134
milhões. Do montante, R$ 22,7 milhões já teriam sido disponibilizados para São
Luís, e R$ 11,5 milhões foram pagos nos serviços concluídos.
Ao todo, são 44 ações no total na
capital maranhense e, nos três anos do programa, apenas quatro obras foram
concluídas: a requalificação da Praça da Alegria, a restauração do sobrado da
sede da Fundação de Amparo a Pesquisa do Maranhão (Fapema), Restauração do
sobrado da Rua da Estrela - Faculdade de História, e a restauração da fachada
de azulejos do antigo Hotel Ribamar, localizado na Rua Afonso Pena.
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