Obras de revitalização da Rua Grande começarão em setembro deste ano

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Obras de revitalização da Rua Grande começarão em setembro deste ano


Serviços devem acontecer por um ano e meio, conforme informou a Superintendência do Instituto de 
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

09/04/2015 - Cidades - Jornal O Estado do Maranhão 
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As obras de revitalização da Rua Grande - considerada o principal centro comercial da capital maranhense e cuja ordem de serviço foi assinada no mês passado - deverão começar em setembro deste ano e devem durar um ano e meio. A estimativa é da Superintendência do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Maranhão, que informou a data em reunião realizada ontem na sede da Câmara dos Dirigentes Lojistas de São Luís (CDL), entre os representantes da instituição, além de empresários do setor terciário e membros da Prefeitura de São Luís, do Governo do Estado e de empresas de telecomunicações.

Durante o encontro, foram acertados pontos a serem tratados para a execução plena das obras, entre eles, a garantia de carga e descarga dos estabelecimentos comerciais na via, durante os serviços, além da manutenção dos serviços de coleta de lixo, de policiamento e, principalmente, a retirada dos vendedores ambulantes da via.
Camelôs - Presentes à reunião, o subprefeito do Centro Histórico de São Luís, Fábio Henrique Carvalho, e o superintendente de Fiscalização e Postura da Blitz Urbana do Município, Márcio Aragão, garantiram que uma ação, a ser realizada no dia 15 deste mês, retirará os camelôs instalados na Rua Grande. Ainda segundo os gestores, inicialmente os trabalhadores permanecerão dispondo seus produtos nas transversais. "É uma medida que, além de ajudar no aspecto urbanístico da cidade e dar sequência a uma série de ações feitas pelo poder público na reestruturação do espaço urbano da cidade, também garantiremos uma etapa importante da obra da Rua Grande", disse.
A superintendente do Iphan no Maranhão, Kátia Bogéa, afirmou ainda que, além da retirada dos vendedores ambulantes da via, também é necessário que os órgãos, como a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), Companhia Energética do Maranhão (Cemar) e empresas de telecomunicações (como a Oi, Tim, Net e Vivo) apresentem seus projetos de remanejamento da rede sanitária (no caso da Caema), de retirada da estrutura de fiação dos postes (Cemar) e dos fios da rede óptica. "Isso é necessário, já que, com a assinatura da ordem de serviço, precisamos acelerar esse ponto para, elaborando o projeto, possamos iniciar as obras no tempo estimado", explicou.
Ficou acertado ontem que os órgãos e empresas citados terão encontros específicos com o Iphan. No dia 13 deste mês, às 15h, o Iphan deliberará sobre a retirada da estrutura óptica com as empresas de telecomunicações. No dia 15, será a vez da Cemar, e no dia 20, a reunião será entre o Iphan e a Caema.
Além de garantir a retirada dos vendedores ambulantes, o Iphan também conseguiu, no encontro de ontem, que durante as obras da Rua Grande nenhuma loja será fechada. "Isso é de comum acordo com os lojistas, até mesmo para não prejudicar as vendas", frisou Kátia Bogéa.
Os lojistas demonstraram preocupação com a queda no faturamento diário no período dos serviços. A superintendente do Iphan rebateu o argumento, sob a justificativa de que as obras serão feitas por quadra, garantindo o funcionamento pleno dos estabelecimentos. "Haverá transtornos, sem dúvida, no entanto sem essa situação não teremos essa importante via da cidade recuperada", afirmou Kátia Bogéa.
O argumento do Iphan satisfez a direção da CDL. "Precisamos pensar no faturamento futuro das lojas, já que se as obras seguirem o planejamento esperado, teremos um importante ponto turístico na cidade", disse o presidente da CDL, Fábio Ribeiro. Ele citou que, por enquanto, ainda não há como mensurar as perdas no faturamento.
Por fim, os presentes à reunião reforçaram o compromisso de criação de um comitê gestor, para que faça o acompanhamento das obras na Rua Grande (que deverão durar, ainda com base em estimativa do Iphan, um ano e meio).
Mais
Segundo o Iphan, as obras da Rua Grande estão no projeto PAC Cidades Históricas. Das 44 obras previstas para a cidade, por meio de iniciativa do Governo Federal, duas já foram entregues (Praça da Alegria e Sobrado dos Belfort). Todas as obras incluídas no PAC já foram licitadas. Somente na Rua Grande, serão aplicados R$ 28.589.157,91.
Entre os serviços executados na principal rua do comércio da cidade, estão a reestruturação da rede elétrica (que passará a ser subterrânea), além de readequação das fachadas dos prédios e remodelação do calçamento.
Números
R$ 28.589.157,91 é o montante, segundo o Iphan, que será aplicado durante as obras na Rua Grande
1 ano e meio é o prazo dado pelo Iphan para a execução dos serviços

O que me importa agora tanto é uma obra urbana e ao mesmo tempo expõe os escapismos preferenciais de Félix Alberto. “Do ócio ao cio, dos girassóis de setembro aos amores lisonjeiros, elementos que dão ao livro uma leveza quase bucólica”, delineia o jornalista.
O poeta tece paisagens ligeiras, situações aparentemente irrelevantes, ora risíveis, ora provocadoras, que crescem e ganham a forma solta e desinibida do poema. Para o também poeta Salgado Maranhão, no prefácio da obra, os poemas contidos no livro não se pretendem confrontar com o mundo e seu turbilhão das grandes causas. “Trata-se de uma poética de sutis deslocamentos da percepção, onde o olhar e as palavras registram vieses que, muitas vezes, só os poetas conseguem recolher, pelos filtros de sua irreverência”, escreveu Maranhão, para quem do Romantismo para cá, a poesia maranhense não para de brotar frutos promissores, uma geração após a outra.
Esboços - O autor conta que aprecia poesia desde os tempos em que fazia ligeiros esboços e debruçava-se sobre letras de músicas, inclusive algumas já gravadas por artistas maranhenses, e também prosas, que sempre o levavam a desaguar em mar poético. No primeiro poema do livro, que flerta com o título, o autor incita a desconfiança na arte polaroide, no monumento ao momento, no poema hermético, irrevelável.
O cantor e compositor Zeca Baleiro, na orelha, diz que a poesia de Félix Alberto apresenta um frescor nunca dantes visto. “Félix escreve com aquela pulsação breve e urgente que nos remete aos ares setentistas da chamada geração mimeógrafo de Cacaso, Geraldo Carneiro, Nicolas Behr e Chico Alvim – não por acaso cita Chacal em um de seus poemas -, ou com a contundência desencantada e livre de um beatnik no pós-guerra. Mas tudo é dito (e bem dito) com uma dicção muito atual, fluente e líquida como estes tempos ainda desencantados, tempos de guerra e incomunicabilidade, e da sociabilidade fake das redes sociais”.
Os poemas fogem às convenções, escolas e modismos literários, aparentados das mensagens econômicas e certeiras da internet e do mundo publicitário, com ressonância na poesia marginal dos anos 1970, valiosos recortes carregados de alta dosagem de lirismo. Conforme assinala Domício Proença Filho, em um dos textos de apresentação do livro, as composicões centralizam-se em aspectos confessionais vinculados aos conflitos com o cotidiano da vida.
Felix Alberto Lima é também publicitário e autor dos livros Guajá, a odisseia dos últimos nômades (Edufma, 1998), Almanaque Guarnicê (Clara Editora/Edições Guarnicê, 2003) e Chagas em pessoa (Edições Func, 2006). Como letrista, tem músicas gravadas por Betto Pereira, Alessandra Queiroz, Anna Torres, Thiago Paiva, Alê Muniz e Luciana Simões (Criolina).
Serviço
• O quê
Lançamento do livro O que me importa agora tanto
• Quando
Hoje, às 19h
• Onde

Livraria Argumento (Leblon), no Rio de Janeiro

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