Universal tira do ar vídeo que mostra 'gladiadores' em culto
FOLHA DE SÃO PAULO
As cenas do grupo, chamado Gladiadores do Altar, ganharam repercussão no domingo (1º) depois de terem sido republicadas nas redes sociais pelo deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ), que as considerou "chocantes".
Segundo ele, "o fundamentalismo cristão no Brasil está formando uma milícia". "Quando atentaremos de verdade para o monstro que emerge da lagoa? Quando começarem a executar os 'infiéis' e ateus e empurrar os homossexuais de torres altas como vem fazendo o fundamentalismo islâmico no Oriente Médio?", escreveu.
A Igreja Universal negou que esteja desenvolvendo práticas militares, se disse vítima de "ódio e preconceito" e afirmou que a polêmica criada é falsa. "Os vídeos foram retirados em virtude da absurda falta de compreensão e das inúmeras manifestações de ódio contra simples apresentações coreografadas de jovens dentro de igrejas", afirmou, em nota.
Os vídeos registrando os Gladiadores do Altar, que batem continência e gritam estar "prontos para a batalha", foram feitos para "marcar festivamente" a apresentação dos grupos em cada Estado, segundo a igreja. "Desde então, em cada localidade, tais eventos não se repetiram mais nem se repetirão."
De acordo com a Universal, 4.300 jovens de até 26 anos participam do projeto, criado em janeiro deste ano. "Todos assistem a aulas semanais com um bispo ou pastor, quando debatem e são convidados a refletir sobre aspectos do texto bíblico. Esta é a única atividade regular dos Gladiadores do Altar", disse.
A igreja afirmou ainda que o Exército de Salvação e o movimento dos escoteiros também usam analogias militares "de forma pacífica e positiva" e que, por isso, é "absurdo enxergar orientação fascista" nessas instituições.
O uniforme usado pelos Gladiadores do Altar, segundo a igreja, serve apenas para ajudar na identificação. "Tal camiseta não é utilizada fora dos templos da Universal em nenhuma atividade."
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