Desorganização marcou o debate da TV Maranhense.

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Desorganização marcou o debate da TV Maranhense.


Do BLOG MARRAPÁ

Publicado em por Leandro Miranda


Debate da TV Maranhense começou com uma hora de atraso.
Debate da TV Maranhense começou com uma hora de atraso.

Atrasos, mudanças de regras, desorganização e o agradecimento suspeito à apresentadora Paulinha Lobão marcaram o embate da TV Maranhense entre os candidatos a governador do estado, com a participação de Flávio Dino (PCdoB), Edinho Lobão (PMDB) e Luis Pedrosa (PSOL).

Iniciado com quase uma hora de atraso, o debate foi conduzido de forma a favorecer o candidato da oligarquia Sarney a governador. Ao final, descobriu-se pelo mediador Kim Lopes que a mulher de Edinho foi uma das organizadoras do encontro.

Marcado para às 22h, o debate começou quase uma hora depois, em razão do atraso da assessoria de Edinho Lobão, que chegou ao estúdios da TV Maranhense por volta das 22:15. Houve muita confusão nos bastidores. O marqueteiro Antonio Melo, da coligação Pra Frente Maranhão, insistia em tumultuar o sorteio das perguntas e desrespeitar as regras de posicionamento e de blocos.


Irônico e visivelmente alterado, Edinho se esquivou de responder todas as questões levantadas por Dino e Pedrosa. Fugiu de perguntas sobre a refinaria, clínica fantasma e sobre o caos na segurança pública. Zombando da cara dos maranhenses, ele chegou a dizer que a quantidade de homicídios no Maranhão ainda é pequena, mesmo diante da comprovação de que esse número triplicou nos últimos anos. Em outra fala, Edinho reafirmou seu compromisso de implodir a Penitenciária de Pedrinhas, com a justificativa de que a penitenciária está na área nobre de São Luís. Disse também que os finados ex-governadores Jackson Lago e Luis Rocha estão na coligação do “comunista”


Dino alfinetou o adversário por diversas vezes, fazendo referência a temas como grilagem e ética na vida pública. Seguro, o ex-presidente da Embratur foi bem avaliado por internautas e telespectadores ao responder sobre propostas, alianças e os recordes de sua gestão na área do turismo
No ponto alto do debate, ele cobrou insistentemente do adversário Edinho Lobão que devolva o dinheiro que recebeu do governo do Estado pelo aluguel de um prédio onde nada funcionou durante meses. É o edifício do que foi chamado de “clínica fantasma”
.
“Deixaram lá uma clínica fantasma que só passou a funcionar depois que a oposição denunciou. Correram e fizeram as obras necessárias. E nem sequer o candidato Edinho Lobão devolveu o dinheiro”.
Manoel Ribeiro (dono da emissora) e o colunista social Bruno Leone tietam Edinho Lobão.
Manoel Ribeiro (dono da emissora) e o colunista social Bruno Leone tietam Edinho Lobão.

Ex-funcionário da Difusora, o jornalista Kim Lopes mudou as regras do programa ao vivo, pautado por marqueteiros e assessores de Edinho. A manipulação da emissora em favor do candidato do grupo Sarney ficou nítida com a pergunta leviana do jornalista Bruno Leone. Orientado por Antonio Melo, o colunista social do Jornal Pequeno acusou o PCdoB de estar por trás das fugas de Pedrinhas e incitar os ataques a ônibus na capital.

No mesmo instante, explodiram nas redes sociais fotos de Leone tietando e participando de atos de campanha do dono da Difusora. Os dois são velhos conhecidos da high society de Brasília. A direção da TV Maranhense também tentou rifar, sem explicações, o jornalista Jorge Vieira do bloco de perguntas destinado à imprensa. A intenção era substituí-lo pelo tendencioso Linhares Junior. Vieira, porém, cobrou satisfação da diretora-geral da emissora, Katia Ribeiro, e foi mantido no posto.

No bloco das considerações finais, no entanto, foram expostas as reais intenções da emissora. Luis Pedrosa foi o primeiro a participar. Na sequência, Dino foi censurado por mencionar o caso da clínica fantasma. Sem explicar o motivo, o mediador cortou o microfone e diminuiu o tempo de oposicionista, o que provocou reações do candidato e de sua assessoria.

Próximo a se manifestar, Edinho zombou da censura ao adversário e continuou a atacá-lo covardemente. Em seguida, Kim finalizou o programa. Não sem antes agradecer a mulher de Edinho pelo apoio logístico que possibilitou a realização do debate.

A TV Maranhense pertence ao deputado estadual Manoel Ribeiro, aliado do governo Roseana Sarney na Assembleia Legislativa e amigo pessoal do oligarca José Sarney.

Nas redes sociais, Flávio Dino comentou o ocorrido. “O debate absurdo aconteceu em uma TV ligada e sob comando do grupo Sarney. Compareci porque acredito na democracia. A frase que foi censurada pela TV Maranhense (Band) era apenas um pedido para Edinho Lobão devolver o dinheiro que recebeu ilegalmente”.

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