Dia Municipal do Bloco Tradicional será festejado nesta quarta-feira, 08 de maio

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Dia Municipal do Bloco Tradicional será festejado nesta quarta-feira, 08 de maio


Programação para comemorar o Dia do Bloco TradicionalPara comemorar hoje (8), o Dia Municipal do Bloco Tradicional, Associação Maranhense de Blocos Carnavalescos preparou programação especial no Shopping Rio Anil. Bloco Tradicional

Jornal O IMPARCIAL 
Os Feras também realiza um grande cortejo pelas ruas do bairro da Madre Deus.
Os Feras também realiza um grande cortejo pelas ruas do bairro da Madre Deus.
Vamos botar o bloco na rua? Se o dia é do bloco tradicional nada mais plausível que ele seja comemorado com quem faz com que a manifestação cultural aconteça: o povo. Oficialmente o Dia Municipal do Bloco Tradicional, comemorado a 8 de maio e instituído pela Câmara de São Luís por meio da Lei Municipal nº4.698/2006, não vai ter atividade específica. Segundo a coordenação da Casa do Bloco Tradicional, ligada à Fundação Municipal de Cultura, não vai haver programação específica, por conta da falta de tempo hábil para se organizar uma que pudesse fazer o diferencial. Mas se a manifestação é popular, é de lá que a comemoração tem que vir. 

Pensando nisso a Associação Maranhense de Blocos Carnavalescos (AMBC) estará realizando uma programação que vai acontecer no Shopping Rio Anil reunindo uma missa em ação de graças, exposição de fantasias, apresentação de cinco grupos e ainda entrega de troféus aos 48 blocos da capital. Além disso, o Bloco Tradicional Os Feras vai organizar um grande cortejo pelas ruas do bairro da Madre Deus. 

Para Brasa Santana, presidente da AMBC a ideia de levar os blocos para o shopping, é para fazer com que ele volte ao lugar em que surgiu e resgate o glamour da manifestação. “Isso é inédito. O bloco tradicional é nobre, é rico, por isso tem que ir para um lugar cheio de glamour como é o shopping. Ele nasceu dentro da riqueza e do luxo. Agora é aguardar que isso seja reconhecido pelo Iphan, como patrimônio imaterial”, comenta ele. 

A programação começa às 17h, com missa na Igreja da Sé. Às 19h, na Praça Portuguesa do Rio Anil Shopping acontece a apresentação dos grupos Os Vampiros, Os Tremendões, Os Apaixonados, Os Brasinhas e Os Foliões, seguida da entrega dos troféus aos blocos e autoridades. 

Já o cortejo do Bloco Os Feras, uma iniciativa independente, será uma forma de não deixar a data “passar em branco”. “Nós vamos percorrer as ruas da Madre Deus, onde há a sede do bloco e comemorar com a nossa comunidade. Eu acho que todos os blocos deveriam fazer o mesmo nas suas comunidades, nos seus bairros. Afinal, o bloco é de rua. Não é nem preciso sair de casa”, diz o presidente do Bloco Os Feras, Paulo Salaia. 

O bloco vai às ruas com todos os seus 107 integrantes fantasiados à caráter e reproduzindo o desfile do carnaval deste ano que teve o tema Tributo aos Mal Encarados, com composição de J. Júnior e Sílvio Freitas, e arranjo de Luzian Filho, João Eudes e Gigi Moreira. “A gente vai se concentrar às 21h no Ponto de Fuga, descer o Largo do Caroçudo e finalizar na Praça da Saudade. Esperamos todos pra estarem conosco. Foi a forma que a gente achou de lembrar a data, e fazer disso uma tradição anual”, afirma Salaia. Nascido há 17 anos no bairro de São Pantaleão, o grupo que já participou de diversos eventos e festivais no Brasil e no mundo representando o Maranhão, é um dos mais tradicionais do estado. 

Tradicionais – Atualmente 48 blocos tradicionais se apresentam no carnaval de São Luís. Os blocos são originários da década de 1930. Sua musicalidade, além da marca peculiar dos tambores grandes, conta com a percussão de retintas, cabaças, reco-recos, agogôs, afoxés, maracás e rocas. Essa diversidade instrumental favorece a possibilidade de tocar vários ritmos musicais, dançados por seus tocadores e brincantes. 

Em busca do título de Patrimônio Imaterial 
Está completando um ano que a Prefeitura de São Luís entregou o relatório final do Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC) ao Ministério da Cultura, representada pela Superintendente do Iphan Kátia Bogéa. 

O inventário composto por três volumes está sendo analisado pelo Iphan, que após emitir parecer encaminhará ao Conselho Federal da Câmara Técnica do órgão, para a concessão do título ou não. Segundo a técnica em Ciências Sociais do Iphan e responsável pela análise do inventário, Izaurina Nunes, é provável que sua análise seja concluída dentro três meses. 

“O inventário foi entregue diretamento ao Departamento de Patrimônio Imaterial, em Brasília, que encaminhou ao Iphan para que a gente analisasse. Nessa análise estamos verificando se a fundamentação do inventário está de acordo com o que é pedido pelo DPI. Depois de encaminhado ao Departamento eles fazem a análise deles, dão o parecer, para só então abrir o processo de registro que dura em torno de um ano e meio”, explica Izaurina. 

A manifestação Bloco Tradicional é uma exclusividade de São Luís. O pedido de registro do Bloco Tradicional, como Patrimônio no Livro das Formas e Expressões, foi entregue ao Iphan pela Func em 2009, quando foi iniciado o inventário. 

Se for registrado, o Bloco Tradicional vai figurar ao lado do Tambor de Crioula e do Bumba-meu-boi que receberam os títulos em 2007 e 2011, respectivamente. Paralelo ao inventário do Bloco Tradicional, o Iphan já vai receber o do Divino Espírito Santo, pela Secretaria Municipal de Cultura de Alcântara, para que o mesmo também seja registrado como Patrimônio Imaterial. 

Memória – A Casa do Bloco Tradicional foi um instrumento criado quando da pesquisa para o inventário, em 2009. Na época a coordenação do Inventário ficou a cargo das pesquisadoras e assessoras técnicas da Func, Michol Carvalho e Lenir Oliveira. 

Agora, no aguardo do resultado do pedido de registro, a Casa do Bloco tem funcionado como um local de memória e preservação das fantasias, instrumentos e indumentárias dos blocos. “Nós estamos aguardando o resultado da análise e aí sim, de posse do resultado, que com certeza será favorável, nós vamos fazer uma grande programação para comemorar. Nós estávamos pensando em trazer agora para este ano uma pessoa do Iphan em Brasília para dar uma palestra, falar sobre o processo, mas não tivemos tempo para organizar”, afirma a coordenadora da Casa, Lenir Oliveira. 

Lenir substitui Michol Carvalho, falecida em 2012, na coordenação das pesquisas sobre o Bloco. Segundo ela, a intenção é de que a Casa funcione como um museu. “Nós estamos recebemos materiais para que a gente possa fazer um memorial, para servir de registro, de fonte de pesquisa e para mostrar à nossa sociedade. Todo o material que foi entregue no inventário está sendo reproduzido para que tenhamos esse banco de dados”, diz Lenir. 

Saiba mais 
Os Blocos Tradicionais nasceram como antigas turmas de sambas, eram grupos familiares e de amigos os primeiros blocos que saíram a brincar pelas ruas e praças de São Luís desde meados da década de 1930, quando se afirma no Brasil definitivamente o carnaval como ciclo mais forte de festas e manifestações efusivas do riso na cultura nacional. Estes blocos de ritmo tinham uma tradição entre si: a visitação casa a casa, dos brincantes, e às famílias mais abastadas da cidade no início do século passado, além de irem a algumas entidades de acesso público e aos grandes bailes dos clubes sociais. 

Hoje, na cadência dolente do samba em canção, existe só no Maranhão esta tradição singular dos ritmos carnavalescos do Brasil. Os blocos tradicionais são uma das principais referências do carnaval de São Luís do Maranhão. 

SERVIÇO 
O quê? Dia Municipal do Bloco Tradicional 
Quando? Hoje, às 19h e às 21h 
Onde? Rio Anil Shopping e Ruas da Madre Deus 
Quanto? Aberto ao público

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