Banda Baré de Casco entra na folia com vários ritmos do brega ao sertanejo

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Banda Baré de Casco entra na folia com vários ritmos do brega ao sertanejo

A banda Baré de Casco preparou um repertório de canções populares, consideradas do gênero brega, para animar a folia de Momo.


O Carnaval é uma festa popular que permite diversas experimentações de ritmos. Nesse conceito, a banda Baré de Casco se prepara para a folia de Momo, com um repertório inusitado, transformando canções bregas e românticas em músicas carnavalescas. O grupo tem duas apresentações confirmadas. Uma sábado, no Chez Moi (Praia Grande), e outra dia 10 de fevereiro, na Praça Maria Aragão.
Formada por Thierry Castelli (bateria e voz), Jhoie Araújo (voz e violão), Rafael Bravim (baixo), Gabriel Macau (guitarra), João Vitor Carvalho (teclado), Paulinho e Anderson Moura (percussão), Elder Ferreira, Ramon Pinheiro e Cleiton Maia (metais), a Baré de Casco costuma se apresentar pelo menos uma vez por mês no pub Chez Moi (Praia Grande). As músicas tocadas abordam temáticas sentimentais, principalmente na questão do desamor.
O principal gênero tocado pelo grupo, segundo definem os próprios integrantes, é o Chifre Music, uma forma bem-humorada de homenagear grandes nomes do brega, como Odair José, Reginaldo Rossi e Léo Magalhães. Mas a proposta é fazer uma miscelânea de ritmos. Além do brega, há influência do afoxé, blues, rock, jazz e elementos da cultura popular, como bumba meu boi, cacuriá, coco, reggae, entre outros. A banda apresenta também músicas autorais, entre elas Neguinho, Hoje não quero nem saber e Amores tecem dores.
Seguindo esta perspectiva, para o Carnaval 2013, o grupo explora músicas conhecidas da Chifre Music em ritmo de marchinhas, como Leviana (Reginaldo Rossi) e Espumas ao vento (Fagner) e outras experimentações como Essas emoções (Bumba Meu Boi de Axixá), Vira, vira (Mamonas Assassinas) e O Vira (banda Secos e Molhados). “O público pode esperar surpresa e muita diversão para cada noite de apresentação”, promete o vocalista Jhoie Araújo.
Histórico – O grupo foi formado por integrantes da Companhia Letrado de Arte e Cultura, da Universidade Federal do Maranhão, que se reuniram para fazer uma apresentação no Encontro Nacional dos Estudantes de Letras, em Goiânia, em julho de 2011.
Em junho de 2012, eles iniciaram a gravação de um DVD e no repertório incluíram canções como Evidências (José Augusto), Primeiro de Abril (Léo Magalhães), Em Nós (Tião Carvalho) e Carcará (João do Vale), fundida com Maracatu (Jorge Mautner). O DVD já está pronto e tem previsão de lançamento para abril, período em que pretendem lançar também o primeiro disco da banda, um EP (álbum curto) com três faixas.
A Baré de Casco promoveu em novembro de 2012 o evento Com a Baré do Rock, espécie de baile a fantasia inspirado no show Cabaret do Rossi, de Reginaldo Rossi. A segunda edição do evento está prevista para abril deste ano e tem como temática Com a Baré: A Vingança. “Corno bom é aquele que se vinga”, brinca Jhoie Araújo.
Além de Goiânia, o grupo já se apresentou em Salvador, pegando carona em festivais universitários.
Ícones – No Brasil, a lista dos ícones da música brega é razoavelmente extensa e também inclui nomes como Waldick Soriano, Altemar Dutra, Aguinaldo Timóteo, Lindomar Castilho, Márcio Greick, Fernando Mendes, Evaldo Braga e Falcão. O Maranhão, por sua vez, foi um dos maiores produtores de música brega nos últimos 30 anos, segundo a pesquisa do historiador maranhense Bruno Azevêdo, que em 2012 defendeu dissertação de Mestrado em Ciências Sociais sob o título Em Ritmo de Seresta.
De acordo com Bruno Azevêdo, foi o teclado o instrumento responsável pelo fortalecimento da música brega produzida em nível local no fim dos anos 1980. Foi nessa época que se destacaram nomes como Adelino Nascimento, Raimundo Soldado, Júlio Nascimento (autor da famosa canção Leidiane), Zé Ray, entre outros. Adelino Nascimento, aliás, vendeu milhões de discos e até hoje mexe com a imaginação dos fãs.
O teclado, por ser um instrumento de fácil acesso, possibilitou a entrada de outros artistas e culminou, ao fim dos anos 1990, com a ascensão do cantor Lairton (Lairton e Seus Teclados), que estourou nas rádios com a música Morango do Nordeste. “O Maranhão entrou nesse cenário certamente graças ao teclado”, considera Bruno Azevêdo.
Atualmente, o movimento brega continua firme nas chamadas serestas, onde estrelam cantores semianônimos que embalam as noites em bares como Cabão (Aterro do Bacanga) e Choperia Marcelo (Forquilha). Uma das novidades é a curiosa mistura de um ritmo surgido na Bahia, o arrocha, com o sertanejo, que segue a mesma vertente do brega, embora com nova roupagem. O mesmo pode-se dizer do trabalho emplacado pela banda Baré de Casco, que fugiu do lugar comum para repaginar um ritmo que nunca deixou de existir no Brasil e no Maranhão.
Fonte: http://imirante.globo.com/oestadoma/noticias/2013/01/29/pagina238680.asp



1 comentários:

zenoalhadef disse...

Com a Baré do "Rossi", rs.

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