Prefeitura entrega relatório dos Blocos Tradicionais ao MinC para título de Patrimônio Imaterial

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Prefeitura entrega relatório dos Blocos Tradicionais ao MinC para título de Patrimônio Imaterial

A entrega do documento aconteceu no auditório Reis Perdigão do Palácio La Ravardière com a presença de representantes dos Blocos Tradicionais e autoridades O prefeito de São Luís, João Castelo, entregou, no início da noite desta terça-feira (08), à superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), no Maranhão, Kátia Bogéa, representante do Ministério da Cultura (MinC), o relatório final do Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC) dos Blocos Tradicionais, oficializando a candidatura da manifestação popular ao título de Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. A solenidade aconteceu no Dia Municipal do Bloco Tradicional, instituído pelo Projeto de Lei nº 490/07. A entrega do documento aconteceu no auditório Reis Perdigão do Palácio La Ravardière com a presença de representantes dos Blocos Tradicionais, vereadores, secretários municipais e imprensa. O prefeito João Castelo destacou, em seu pronunciamento, a importância singular desta tradicional manifestação cultural e merecedora deste título pela sua peculiaridade. “Essa pesquisa é muito importante para os Blocos Tradicionais, pois retrata a importância da nossa cultura popular que só São Luís tem. Trata-se de uma manifestação tão rica e que impressiona a todos que a veem. Esperamos êxito nos critérios do Iphan para tornar os Blocos Tradicionais Patrimônio Cultural e Imaterial do Brasil”, destacou João Castelo. A superintendente do Iphan, Kátia Bogéa, descreveu os critérios pelos quais o relatório ainda vai passar pelos técnicos e conselheiros do órgão no Maranhão e em Brasília, no Distrito Federal, até a conclusão do título merecedor de Patrimônio Imaterial do país. “Iremos fazer uma avaliação do relatório final do INRC e, em seguida, encaminharemos para o Iphan em Brasília para ser analisado pelo conselho e presidência do órgão. É um procedimento demorado assim como foi com o Bumba Meu Boi e o Tambor de Crioula que já têm esse título, mas estamos juntos contribuindo para mais esta vitória da nossa cultura”, frisou Kátia Bogéa. Participaram da solenidade o presidente da Fundação Municipal de Cultura (Func), Euclides Moreira Neto, a coordenadora do relatório do INRC, Lenir Pereira, e o presidente da Academia dos Blocos Tradicionais, Josimar Rangel, que representou as demais agremiações maranheneses. Os vereadores Vieira Lima, Batista Matos, Gutemberg Araújo, Chaguinhas e Antônio Garcês, além de secretários municipais e auxiliares de governo também estiveram presentes à solenidade. “O Bloco Tradicional é uma manifestação cultural exclusiva de São Luís com identidade singular. Por isso, lançamos a proposta da candidatura ao título de patrimônio, disse, Euclides Moreira Neto. Patrimônio - O pedido de registro do Bloco Tradicional como patrimônio no Livro das Formas e Expressões foi entregue pela Func ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2009, quando se iniciou o Nacional de Referências Culturais (INRC). Desde então, uma intensa atividade girou em torno dos 49 blocos atuantes na cidade para ressaltar a importância de salvaguardar essa singular manifestação. Uma equipe de pesquisadores foi treinada por técnicos do Iphan para o desenvolvimento da metodologia própria do Instituto. A coordenação do Inventário ficou a cargo das pesquisadoras e assessoras técnicas da Func Michol Carvalho e Lenir Oliveira. Antes da entrega do documento um vídeo documentário produzido pelo cineasta maranhense Murilo Santos foi apresentado no evento. Concluído, o relatório apresenta um panorama da manifestação cultural popular sob o foco das formas de expressão, lugar, ofícios e modos de fazer e celebração. “Os métodos utilizados no processo foram a pesquisa bibliográfica e documental, as técnicas da etnografia e história oral e a aplicação de questionários sobre ofícios e modos de fazer”, destaca Lenir Oliveira. História e musicalidade – Os blocos são originários da década de 1950. Devido à sua cadência rítmica e seu principal instrumento de acompanhamento musical: os contratempos. Esses blocos são também chamados de blocos de ritmo e blocos de tambor grande. Os tocadores trazem os tambores presos ao corpo por uma correia larga, que vai de um lado a outro, usam as mãos espalmadas para tocarem esses tambores, com força e rapidez, ao mesmo tempo em que fazem uma coreografia saltitante. Sua musicalidade, além da marca peculiar dos tambores grandes, conta com a percussão de retintas, cabaças, reco-recos, agogôs, afoxés, maracás e rocas. Essa diversidade instrumental favorece a esses blocos tocarem vários ritmos musicais, dançados por seus tocadores e brincantes. Os Blocos Tradicionais têm no esmero com o figurino outra marca importante: apresentam-se com fantasias luxuosas, com golas, mantos, chapéus, camisões, cangas, perneiras, entre outros adereços. Na atual dinâmica do carnaval de rua maranhense, cada bloco escolhe anualmente um tema, que serve de inspiração para a composição de letras das músicas e para a criação das fantasias. Os temas são variados e servem de pano de fundo aos envolventes contratempos e paradas dos Blocos Tradicionais, ilustrando a sua característica saudação: “Vai Querer, Vai Querer?!”.

2 comentários:

Anônimo disse...

Joel, vc é um dos mais brilhantes confetes da nossa cultura, amado por muitos e odiado por outros.
kkkk

Bom São João! Como bom apreciador do nosso carnaval, não vejo a hora da chegada do período pré-carnavalesco e carnavalesco para ouvir vc apimentar as disputas, que ao meu ver torna o momento mais alegre e muito mais vibrante.

Forte Abraço!!

Daniel

joeljacintho disse...

Adorei amado e odiado. Valeu!

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