A última entrevista de Flor de Lys (2009) antes de sua aposentadoria como colunista
Mhário Lincon (http://www.mhariolincoln.jor.br) filho da colunista
A jornalista Flor de Lys trabalhou com afinco durante mais de 40 anos na imprensa do Maranhão. Foi uma das coordenadoras do Miss Brasil, no estado, e uma das primeiras a fazer programa social em um canal de TV. Assim foi Flor, minha mãe, a quem, neste 2 de janeiro de 2011, lhe presto essa homenagem.
Fui visitar minha mãe, um dia à tarde. Sua decisão de abandonar a atividade diária do colunismo social estava tomada. Encontrei-a de pé à porta da casa, acompanhando o por-do-sol por entre as palmeiras que o vento balouçava. Era um cenário multicolorido: verde-escuro sobre vermelho-verde-amarelo. Estacionei o carro e observei o seu semblante.
- Oi mãe!
- Deus te abençoe!(repetiu como sempre faz).
- O que se passa nessa cabecinha loira?
Riu contrita. Entramos em casa e nos sentamos próximo a velha maquina de escrever Olivetti e a uma cesta cheia de fotos.
- Quando estou triste, Mhário, venho para cá, olho estas fotos e converso com as pessoas que estão nelas. Então, não me sinto sozinha.
Recordei que até 2008 ela teimava em morar sozinha, até ceder ao convite de Orquídea para ir morar com ela, para receber melhor assistência. Ainda quando só recebia a visita das filhas Cristina (com as netas Gabriela e Rafiza), Dalva (com as filhas Roberta e Beatriz) e Orquídea (com a filhas Tereza e Samira). Eu e Veridiana já residimos há alguns anos em Curitiba-PR, embora vindo periodicamente a São Luis para vê-la.
Calamos por alguns momentos, observando o farfalhar do vento, o ocaso do sol, a chegada da noite, o doce movimento das plantas e o cenário do jardim que cercava o varandão onde estávamos. Naturalmente entabulamos a conversa que agora torno pública. Nela ouvi uma retrospectiva de sua vida ao longo dos 80 anos prestes a se completar, conheci sua nova maneira de encarar o mundo, recebi sua reforçada carga de amor aos filhos e netos e fui esclarecido do porque de sua decisão em diminuir suas atividades por conta do estado de saúde cada vez mais fragilizado. Foi uma conversa franca, verdadeira, com um toque de saudade dos grandes momentos do passado que não voltam mais. Sua justificativa para o novo momento: não dar motivo de preocupação aos amigos.
A Entrevista:
- Mas assim de repente?
Flor de Lys: Sou uma mulher que não paro. Trabalho e sempre trabalhei duro. Na época em que fiquei sozinha, sem o pai de vocês, tive que me sustentar. Trabalhava de manhã, de tarde e muitas vezes à noite. Quando assumi a coluna social trabalhava inclusive nos finais de semana. Dormia pouco mais de 4 horas por noite.
- Então, porque a decisão de parar?
Flor de Lys: Parar, não! Vou diminuir minhas atividades e vou orientando Orquídea para ir me substituindo devagar. O problema maior é com minha visão esquerda. Ela tem me dificultado ler e escrever. Mas estou sendo tratada e acho que tudo voltará ao normal. Mas não sei se devo ainda continuar com as festas sociais. Isso demanda muito tempo e organização e ainda ter que dirigir uma equipe de fotógrafos e cinegrafistas. Essa parte já está com minha filha. São vários eventos noturnos. Eu nunca deixei de comparecer onde fosse convidada. Agora fica mais difícil e eu não gosto de falhar com meus amigos e amigas que tanto me deram alegrias.
- Então, como a senhora se auto-define?
Flor de Lys: Indesistível. Não desisto nunca! Mas há momentos em que a razão supera o coração. Que se deixe claro que essa não é uma desistência de meu trabalho que eu amo. Mas um “mais devagar”, em razão do problema de minha visão.
- A senhora acha que ser Indesistível é qualidade. E seu maior defeito?
Flor de Lys: Não! Tenho outra qualidade que é fundamental em mim. A Doação. Já o defeito, esse, é simplesmente inevitável: o Perfeccionismo.
- Ser perfeccionista foi o maior desafio até hoje?
Flor de Lys: Recomeçar a minha vida várias vezes foi grande desafio. Por isso o caso de falha em minha visão também será superada. É só uma questão de tempo. Vou continuar orientando minha filha a dar continuidade ao meu trabalho de mais de 45 anos, tanto na TV quanto nos jornais que trabalhei.
- Como foi trabalhar para vários jornais?
Flor de Lys: Minha melhor experiência. Comecei no Jornal Pequeno. Seu Bogéa era rigoroso. No começo de minha carreira ele lia a coluna e saia cortando os parágrafos. Chegou até a rasgar uma coluna inteira. Aí ele mechamava para saber porque eui havia escrito aqueles parágrafos. Aprendi muito. Por outro lado discutíamos sobre posicionamentos políticos meus. Mas seu Bogéa era simplesmente genial. Mesmo tendo uma linha diferenciada da minha, ele acabava aceitando alguns nomes que eu começava a divulgar na sociedade.
- Dentre esses milhares de personagens que pontificaram em sua coluna qual realmente lhe acompanhou mais?
Flor de Lys: - Fiz centenas, milhares de amigos. Gosto de todos. Uns já se foram. Outros envelheceram. Alguns continuam acompanhando meu trabalho. Mas um deles merece minha atenção. O empresário Luiz Noronha. Ele era mais que um amigo. Tirou-me de situações difíceis – na época das grandes promoções sociais como Noite de Destaques. Seus conselhos eram simplesmente inexplicáveis. Às vezes quando lhe procurava em seu amplo gabinete de trabalho, ele podia estar ocupado, mas nunca me deixou esperando. Dizia, “o que essa flor me há de querer agora, meu Deus?”. Sempre atencioso. No dia em que ele morreu eu disse para a imprensa: “ Ali vai um pedaço de meu coração de amiga e admiradora de um homem simples com uma alma rica e inteligente”. Noronha às vezes tropeçava no português, mas nunca tropeçou ou enganou ou desconheceu seus amigos.
- Uma imagem do passado que não quer esquecer no futuro?
Flor de Lys: Eu sempre tive muitas dificuldades na vida. Como sou uma pessoa aberta, alguns tentaram me enganar. Ganhar-me pelo coração. No dia em que consegui superar essa coisa de só coração e passei a pensar e agir com a razão, praticamente tudo mudou em minha vida. Uma coisa simples, mas que, por pura razão, aconteceu. Enquanto usava o coração, pessoas incautas me vendiam veículos velhos. Eu passava vergonha no meio das ruas de São Luís. Porém ao conhecer o empresário Almir Moraes Correa, esposo de Genu Moraes Correa, ele me disse: “Flor, com essas economias eu consigo lhe vender um carro zero quilômetro com rádio”. Foi uma festa para mim. Alguns dias depois, em um coquetel na loja do seu Almir, lá estava eu tomando champanhe e recebendo o primeiro Aero Willis Itamaraty vendido no Maranhão. Eu sempre gostei de carro. Sempre tive meu som para ouvir Roberto Carlos. Mas no Itamaraty, o rádio automático (dentro de minha garagem) era sintonizado na Difusora (pela manhã) e à noite no programa da Timbira, “Tudo Dentro da Noite”, do inesquecível Elberth Teixeira.
- A senhora se arrepende de algum momento em sua vida?
Flor de Lys: Não! Tudo que fiz está assinado com meu sangue. Tudo que ganhei foi com muito sacrifício. Tudo que construí foi ultrapassando barreiras provincianas. Sou uma mulher que realizou todos os sonhos. (dois deles inéditos em nossa São Luís mais antiga: dirigir automóvel sem um homem ao lado e tocar corneta numa banda escolar de 7 de Setembro, só de meninos). E eu nunca pensava que fosse conseguir. Mas desde aquela época em que eu dançava e cantava num teatrinho que minha mãe Biluca fazia antes de distribuir as marmitas para distrair os tropeiros que levavam mantimentos para a quitanda de meu pai, em Rosário, pensava sempre alto. Em alcançar algo que pudesse valorizar minha vida. Consegui! Hoje, aos 79 anos (entrevista concedida em janeiro de 2009) posso dizer. Sou Feliz!
- De que mais a senhora se orgulha?
Flor de Lys: De minha Honestidade, mesmo tendo convivido profissionalmente com algumas pessoas desonestas, infiéis, más, ciumentas e invejosas. Isso eu fiz questão de passar para vocês, meus filhos.
- Sabe, mãe, a senhora sempre foi leal. Como define realmente, a lealdade?
Flor de Lys: A lealdade passa por uma grande reflexão. Como você mesmo escreveu Mhário, “a lealdade não é uma virtude fácil, nem uma questão de emoções nem de sentimentos. A lealdade configura-se no equilíbrio das ações e no respeito, principalmente. Completa-se com o amor e a confiança mútua”. Li essa sua resposta naquela entrevista que você deu a um grande blog português. É isso mesmo?? (Risos).
- A senhora cultiva algum amor?
Flor de Lys: Claro. Primeiro o amor a minha família. Meus filhos são maravilhosos (sinto muitas saudades sua, que mora fora daqui. De minha nora, meus netos Angelo e Mariana e meu bisneto). Depois cultivo meus amigos que ao longo desses 45 anos de colunismo em São Luís sempre estiveram perto de mim. E por último, meus gatos. Agora se você me perguntar se esqueci de incluir Deus entre meus amores posso explicar. Deus é Fé. Tenho Fé em Deus. Acho a Fé muito maior que o Amor. Quem tem Fé, ama muito. Por isso Deus tem me dado tantos presentes maravilhosos nesses 79 anos de vida e de energia positiva. Meu filho, juro que ano que vem ou nos anos que Ele quiser que eu viva mais (pois tudo agora é lucro), você não me verá reclamando de nada. Apenas agradecendo a Deus pela oportunidade de ver, por exemplo, Lorenzo, meu bisneto.
A jornalista Flor de Lys trabalhou com afinco durante mais de 40 anos na imprensa do Maranhão. Foi uma das coordenadoras do Miss Brasil, no estado, e uma das primeiras a fazer programa social em um canal de TV. Assim foi Flor, minha mãe, a quem, neste 2 de janeiro de 2011, lhe presto essa homenagem.
Fui visitar minha mãe, um dia à tarde. Sua decisão de abandonar a atividade diária do colunismo social estava tomada. Encontrei-a de pé à porta da casa, acompanhando o por-do-sol por entre as palmeiras que o vento balouçava. Era um cenário multicolorido: verde-escuro sobre vermelho-verde-amarelo. Estacionei o carro e observei o seu semblante.
- Oi mãe!
- Deus te abençoe!(repetiu como sempre faz).
- O que se passa nessa cabecinha loira?
Riu contrita. Entramos em casa e nos sentamos próximo a velha maquina de escrever Olivetti e a uma cesta cheia de fotos.
- Quando estou triste, Mhário, venho para cá, olho estas fotos e converso com as pessoas que estão nelas. Então, não me sinto sozinha.
Recordei que até 2008 ela teimava em morar sozinha, até ceder ao convite de Orquídea para ir morar com ela, para receber melhor assistência. Ainda quando só recebia a visita das filhas Cristina (com as netas Gabriela e Rafiza), Dalva (com as filhas Roberta e Beatriz) e Orquídea (com a filhas Tereza e Samira). Eu e Veridiana já residimos há alguns anos em Curitiba-PR, embora vindo periodicamente a São Luis para vê-la.
Calamos por alguns momentos, observando o farfalhar do vento, o ocaso do sol, a chegada da noite, o doce movimento das plantas e o cenário do jardim que cercava o varandão onde estávamos. Naturalmente entabulamos a conversa que agora torno pública. Nela ouvi uma retrospectiva de sua vida ao longo dos 80 anos prestes a se completar, conheci sua nova maneira de encarar o mundo, recebi sua reforçada carga de amor aos filhos e netos e fui esclarecido do porque de sua decisão em diminuir suas atividades por conta do estado de saúde cada vez mais fragilizado. Foi uma conversa franca, verdadeira, com um toque de saudade dos grandes momentos do passado que não voltam mais. Sua justificativa para o novo momento: não dar motivo de preocupação aos amigos.
A Entrevista:
- Mas assim de repente?
Flor de Lys: Sou uma mulher que não paro. Trabalho e sempre trabalhei duro. Na época em que fiquei sozinha, sem o pai de vocês, tive que me sustentar. Trabalhava de manhã, de tarde e muitas vezes à noite. Quando assumi a coluna social trabalhava inclusive nos finais de semana. Dormia pouco mais de 4 horas por noite.
- Então, porque a decisão de parar?
Flor de Lys: Parar, não! Vou diminuir minhas atividades e vou orientando Orquídea para ir me substituindo devagar. O problema maior é com minha visão esquerda. Ela tem me dificultado ler e escrever. Mas estou sendo tratada e acho que tudo voltará ao normal. Mas não sei se devo ainda continuar com as festas sociais. Isso demanda muito tempo e organização e ainda ter que dirigir uma equipe de fotógrafos e cinegrafistas. Essa parte já está com minha filha. São vários eventos noturnos. Eu nunca deixei de comparecer onde fosse convidada. Agora fica mais difícil e eu não gosto de falhar com meus amigos e amigas que tanto me deram alegrias.
- Então, como a senhora se auto-define?
Flor de Lys: Indesistível. Não desisto nunca! Mas há momentos em que a razão supera o coração. Que se deixe claro que essa não é uma desistência de meu trabalho que eu amo. Mas um “mais devagar”, em razão do problema de minha visão.
- A senhora acha que ser Indesistível é qualidade. E seu maior defeito?
Flor de Lys: Não! Tenho outra qualidade que é fundamental em mim. A Doação. Já o defeito, esse, é simplesmente inevitável: o Perfeccionismo.
- Ser perfeccionista foi o maior desafio até hoje?
Flor de Lys: Recomeçar a minha vida várias vezes foi grande desafio. Por isso o caso de falha em minha visão também será superada. É só uma questão de tempo. Vou continuar orientando minha filha a dar continuidade ao meu trabalho de mais de 45 anos, tanto na TV quanto nos jornais que trabalhei.
- Como foi trabalhar para vários jornais?
Flor de Lys: Minha melhor experiência. Comecei no Jornal Pequeno. Seu Bogéa era rigoroso. No começo de minha carreira ele lia a coluna e saia cortando os parágrafos. Chegou até a rasgar uma coluna inteira. Aí ele mechamava para saber porque eui havia escrito aqueles parágrafos. Aprendi muito. Por outro lado discutíamos sobre posicionamentos políticos meus. Mas seu Bogéa era simplesmente genial. Mesmo tendo uma linha diferenciada da minha, ele acabava aceitando alguns nomes que eu começava a divulgar na sociedade.
- Dentre esses milhares de personagens que pontificaram em sua coluna qual realmente lhe acompanhou mais?
Flor de Lys: - Fiz centenas, milhares de amigos. Gosto de todos. Uns já se foram. Outros envelheceram. Alguns continuam acompanhando meu trabalho. Mas um deles merece minha atenção. O empresário Luiz Noronha. Ele era mais que um amigo. Tirou-me de situações difíceis – na época das grandes promoções sociais como Noite de Destaques. Seus conselhos eram simplesmente inexplicáveis. Às vezes quando lhe procurava em seu amplo gabinete de trabalho, ele podia estar ocupado, mas nunca me deixou esperando. Dizia, “o que essa flor me há de querer agora, meu Deus?”. Sempre atencioso. No dia em que ele morreu eu disse para a imprensa: “ Ali vai um pedaço de meu coração de amiga e admiradora de um homem simples com uma alma rica e inteligente”. Noronha às vezes tropeçava no português, mas nunca tropeçou ou enganou ou desconheceu seus amigos.
- Uma imagem do passado que não quer esquecer no futuro?
Flor de Lys: Eu sempre tive muitas dificuldades na vida. Como sou uma pessoa aberta, alguns tentaram me enganar. Ganhar-me pelo coração. No dia em que consegui superar essa coisa de só coração e passei a pensar e agir com a razão, praticamente tudo mudou em minha vida. Uma coisa simples, mas que, por pura razão, aconteceu. Enquanto usava o coração, pessoas incautas me vendiam veículos velhos. Eu passava vergonha no meio das ruas de São Luís. Porém ao conhecer o empresário Almir Moraes Correa, esposo de Genu Moraes Correa, ele me disse: “Flor, com essas economias eu consigo lhe vender um carro zero quilômetro com rádio”. Foi uma festa para mim. Alguns dias depois, em um coquetel na loja do seu Almir, lá estava eu tomando champanhe e recebendo o primeiro Aero Willis Itamaraty vendido no Maranhão. Eu sempre gostei de carro. Sempre tive meu som para ouvir Roberto Carlos. Mas no Itamaraty, o rádio automático (dentro de minha garagem) era sintonizado na Difusora (pela manhã) e à noite no programa da Timbira, “Tudo Dentro da Noite”, do inesquecível Elberth Teixeira.
- A senhora se arrepende de algum momento em sua vida?
Flor de Lys: Não! Tudo que fiz está assinado com meu sangue. Tudo que ganhei foi com muito sacrifício. Tudo que construí foi ultrapassando barreiras provincianas. Sou uma mulher que realizou todos os sonhos. (dois deles inéditos em nossa São Luís mais antiga: dirigir automóvel sem um homem ao lado e tocar corneta numa banda escolar de 7 de Setembro, só de meninos). E eu nunca pensava que fosse conseguir. Mas desde aquela época em que eu dançava e cantava num teatrinho que minha mãe Biluca fazia antes de distribuir as marmitas para distrair os tropeiros que levavam mantimentos para a quitanda de meu pai, em Rosário, pensava sempre alto. Em alcançar algo que pudesse valorizar minha vida. Consegui! Hoje, aos 79 anos (entrevista concedida em janeiro de 2009) posso dizer. Sou Feliz!
- De que mais a senhora se orgulha?
Flor de Lys: De minha Honestidade, mesmo tendo convivido profissionalmente com algumas pessoas desonestas, infiéis, más, ciumentas e invejosas. Isso eu fiz questão de passar para vocês, meus filhos.
- Sabe, mãe, a senhora sempre foi leal. Como define realmente, a lealdade?
Flor de Lys: A lealdade passa por uma grande reflexão. Como você mesmo escreveu Mhário, “a lealdade não é uma virtude fácil, nem uma questão de emoções nem de sentimentos. A lealdade configura-se no equilíbrio das ações e no respeito, principalmente. Completa-se com o amor e a confiança mútua”. Li essa sua resposta naquela entrevista que você deu a um grande blog português. É isso mesmo?? (Risos).
- A senhora cultiva algum amor?
Flor de Lys: Claro. Primeiro o amor a minha família. Meus filhos são maravilhosos (sinto muitas saudades sua, que mora fora daqui. De minha nora, meus netos Angelo e Mariana e meu bisneto). Depois cultivo meus amigos que ao longo desses 45 anos de colunismo em São Luís sempre estiveram perto de mim. E por último, meus gatos. Agora se você me perguntar se esqueci de incluir Deus entre meus amores posso explicar. Deus é Fé. Tenho Fé em Deus. Acho a Fé muito maior que o Amor. Quem tem Fé, ama muito. Por isso Deus tem me dado tantos presentes maravilhosos nesses 79 anos de vida e de energia positiva. Meu filho, juro que ano que vem ou nos anos que Ele quiser que eu viva mais (pois tudo agora é lucro), você não me verá reclamando de nada. Apenas agradecendo a Deus pela oportunidade de ver, por exemplo, Lorenzo, meu bisneto.
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