Bolsonaro é chamado de ‘última ameaça da América Latina’ por revista inglesa
A capa desta semana da edição da revista britânica The Economist destaca
o candidato ao Palácio do Planalto pelo PSL, Jair Bolsonaro, como “a
última ameaça para a América Latina”. No artigo principal da publicação, um
possível governo do ex-militar seria “desastroso” para o Brasil e para o
continente.
A revista diz que
Bolsonaro conseguiu usar a combinação de aumento da violência, recessão
econômica e descrédito com a classe política com seus ideais conservadores e
uma proposta de economia pró-mercado. No texto, o avanço de Bolsonaro é
comparado ao avanço do populismo nos Estados Unidos, com Donald Trump, na Itália, com Matteo Salvini, e
nas Filipinas de Rodrigo Duterte.
Bolsonaro também foi
comparado ao ditador chileno Augusto Pinochet. “Os brasileiros não devem se
enganar. Bolsonaro tem uma admiração preocupante por ditaduras”, diz a
publicação. “A América Latina conheceu homens fortes de todo tipo e a maioria
dessas experiências foi horrorosa. Provas recentes disso são a Venezuela e a Nicarágua”, destaca.
Outro ponto
ressaltado foi que o futuro governista precisará de apoio no Congresso Nacional
e isso dificilmente acontecerá com Bolsonaro. “Para governar, Bolsonaro poderia
degradar o processo político ainda mais, potencialmente abrindo caminho para
algo ainda pior”, explica.
“Em vez de acreditar
nas promessas vãs de um político perigoso na esperança de que ele resolva todos
os problemas, os brasileiros precisam perceber que a tarefa de consertar sua
democracia e reformar sua economia não será rápida nem fácil”, finaliza o
texto.
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