Turma do Quinto promove duas eliminatórias nos dias 14 e 18
Com o enredo ‘Dos versos do Guriatã, a
Turma do Quinto canta as 27 aldeias de Upam Açú, a azul e branco da Madre Deus
promete realizar um grande desfile no carnaval vindouro. E para tanto está
acelerando os preparativos, com a escolha do enredo, produção do projeto do
desfile, e agora uma nova etapa, com início da definição do samba enredo, que
vai ser entoada na Passarela do Samba e em diversos pontos da folia momesca.
A direção de carnaval da escola optou
por alterar as datas de realização das duas eliminatórias, que foram agendadas
para os dias 14 e 18 de novembro. A grande final será dia 25, sábado. Os três
eventos vão acontecer na sede da escola, na Rua do Norte, Madre Deus.
Os compositores interessados em
participar do concurso de samba enredo têm até segunda-feira, dia 06 de
novembro, para entregar suas propostas na sede da escola, até às 21h.
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Para saber mais
Gersinho – 9 91456 8099/ 9 8801 6887/ 9
8442 4884/ Alessandra Loba 9 88637325
ENREDO DA TURMA DO QUINTO – CARNAVAL
2018
“Dos versos do
Guriatã, a Turma do Quinto canta as 27 Aldeias de Upaon-Açu.”
A proposta de Enredo da Sociedade
Recreativa e Cultural Escola de Samba Turma do Quinto para o Carnaval de 2018
intitula-se “Dos versos do Guriatã, a Turma do Quinto canta as 27 Aldeias de
Upaon-Açu.” que tem por objetivo homenagear a existência de cerca de 27 aldeias
de tribos indígenas que se distribuíam por todos os cantos da grande Ilha de
Upaon-açu, nome dado pelos Tupinambás que significa "Ilha Grande" e
que mais tarde foi chamada “Ilha de São Luís”.
Em 1612, a Ilha de São Luís, continha
cerca de 27 aldeias que se distribuíam por todos os cantos e se ligavam entre
si por caminhos ou pelos cursos dos rios Bacanga e Anil. As aldeias
consideradas pequenas tinham entre 200 a 300 moradores e as grandes de 500 a
600, hoje essas localidades ainda estão presentes no cenário geográfico da Ilha
de São Luís, muitas cresceram e se adequaram ao desenvolvimento do perímetro
urbano da cidade se caracterizando como bairros, e outros como povoados ou
comunidades rurais.
O interesse em desenvolver o referido
enredo sobre as 27 aldeias indígenas que existiam no entorno da Ilha da São
Luís, parte de vários aspectos relevantes, um deles pelo encantamento da toada
de bumba-meu-boi “Upaon-Açu” do mestre e grande ícone da cultura maranhense, o
cantador Humberto de Maracanã, que faz menção ao conjunto de povoados que
formaram as Aldeias da Ilha do Maranhão, e que hoje em alguns povoados moram os
descendentes da cultura indígena, a saber: Inhaúma, Taim, Tenda, Mojó,
Cumbique, Uarapirã, Juçatuba, Iguaí, Tajipuru, Araçagi, Miritíua, Turu,
Maracanã, Arapapa, Mapaúra, Itapicuraíba, Tibiri, Mocajituba, Itapera,
Pirandiba, Parnauaçu, Maioba, Pindaí, Ubatuba, Vinhais, Panaquatira, Igaraú.
Outro aspecto da importância do enredo
dar-se-á na tentativa de resgatar a memória dos povos tradicionais fundadas
pelos nossos antepassados, enaltecendo a resistência da cultura influenciada
pelos nossos descendentes.
Portanto, este enredo de cunho social e
antropológico aborda o respeito e a valorização dessas comunidades, com seus
feitos, realizações, crenças e tradições que ainda persistem diante do processo
de aculturação e inculturação no qual insiste em interferir na vida dessas
populações muitas vezes segregadas, discriminadas e excluídas.
Por outro lado é importante ressaltar
que este enredo artisticamente servirá de cenário contemplativo da arte, da
dança, da musicalidade e da indumentária rica e criativa dos povos indígenas
que irão compor nos quadros alegóricos a serem apresentados no desfile da
escola de samba madre divina que tem no seu perfil, sua marca e identidade com
tema desta natureza, pois Upaon-açu é São Luís presente que tem vinte e sete
aldeias presentes, hoje em alguns povoados, moram os seus descendentes e a
tribo TQ é o seu Morubixaba das aldeias da Ilha do Maranhão.
O desfile da Turma do Quinto demarca-se
assim, como uma tribo guerreira das manifestações culturais do nosso estado,
como uma das aldeias da resistência cultural, pois como afirmam os poetas “Os
guerreiros continuam vivos!”.
Washington Coelho
(Carnavalesco)

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